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quinta-feira, abril 25, 2024

CASCATEAMENTO E EMPILHAMENTO DE HUBS

Conhecidos genericamente como concentradores, os hubs são equipamentos de rede muito fáceis de instalar e gerenciar e sua principal vantagem é o baixo preço para aquisição, levando em conta o custo por porta.

Largamente utilizados na maioria dos projetos de redes de computadores, os hubs são elementos de conexão que atuam como repetidores, concentrando as conexões físicas em redes locais mas também podem ser considerados como adaptadores de rede usados em topologia estrela. Por exemplo, nas redes Ethernet, cada estação da rede é ligada ao hub através de um cabo de pares trançados, (normalmente UTP).

Entre os motivos para se usar os hubs está a criação de um ponto de conexão central para os meios físicos de conexão (cabeamento) que facilita a instalação e manutenção dos pontos de rede e o aumento da confiabilidade da rede, permitindo que a falha de um ponto não afete o restante da rede. Isso difere da topologia em barramento onde, se houver uma falha no cabo, toda a rede será afetada.

Os hubs são considerados dispositivos da camada 1 do modelo OSI porque apenas geram novamente o sinal e o transmitem para suas portas (conexões da rede). Suas velocidades podem variar de 10, 10/100 ou 1000Mbps e a maioria dos modelos possibilita a interligação dos equipamentos sob duas formas básicas: o empilhamento e o cascateamento.

Vários hubs podem ser interligados em uma configuração hierárquica caracterizando o que se chama de cascateamento. Em interligações com mais de dois hubs, especificam-se os hubs terminais que ficam nas pontas do conjunto como HHub (Header Hub) e os hubs intermediários como IHubs (Intermediary Hubs). Os hubs terminais utilizam uma de suas portas para se conectar ao hub vizinho, já que fazem o papel de terminadores do conjunto. Os hubs intermediários utilizam duas de suas portas para se comunicar com os vizinhos, funcionando como uma ponte para os demais hubs do segmento.

No cascateamento, a interligação se dá através de uma porta de um equipamento com a outra porta de outro equipamento, sendo a largura de banda limitada à velocidade da porta (10/100/1000Mbps).

As regras para o cascateamento dependem das especificações dos dispositivos porque neste tipo de ligação, à medida que vai se “cacasteando”, a performance da rede vai caindo. Alguns fabricantes limitam em cinco metros o comprimento máximo do cabo UTP que conecta os hubs com velocidades até 100Mbps. Também dentro das limitações impostas por cada fabricante, é possível interligar equipamentos distintos e de marcas distintas, obedecendo-se à regra 5-4-3 para hubs. Esta regra limita em distância o número de segmentos ponto a ponto de uma rede em 5 (100 metros por segmento e um máximo de 500 metros), o número de repetidores existentes (no máximo 4), sendo um repetidor para cada par de segmentos e apenas 3 segmentos podem conter hosts.

Normalmente utilizam-se portas frontais que podem ser específicas para este fim, chamadas de portas Up-Link. Essas portas utilizam cabeamento comum, dispensando a utilização de cabo cross-over. Convém observar que em alguns modelos é necessária a ativação desta porta especial, o que obriga ao instalador conhecer o manual de operação do equipamento.

O cascateamento é muito prático e barato, mas pode ocupar portas que poderiam ser usadas para conectar outros equipamentos da rede. O número de portas utilizadas para o cascateamento pode ser obtido pela seguinte expressão: 2n-2, onde n é o número de hubs usados no cascateamento.

Já no empilhamento, a interligação ocorre através de uma porta específica para empilhamento (stack) e cada fabricante possui um tipo de interface própria a qual possui velocidade transmissão maior que a velocidade das portas de conexão. Nesse caso, o empilhamento pode ser feito apenas entre equipamentos de um mesmo fabricante e não ocorre a incidência da regra 5-4-3 na pilha de hubs. Desta forma, os hubs assim empilhados tornam-se um único repetidor.

O empilhamento é mais eficiente do que o cascateamento porque não ocupa as portas frontais para conexão, aumentando com isso a quantidade de portas disponíveis para os equipamentos da rede. Pode-se empilhar até quatro equipamentos, sempre considerando as observações e limitações de cada fabricante.

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