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quarta-feira, abril 17, 2024

COMO USAR, INTERFERIR E MODIFICAR ESPAÇOS

COMO USAR, INTERFERIR E MODIFICAR ESPAÇOS

– Estudo de composição.

– Como usar, interferir, modificar espaços.

• Princípios de design

Os seguintes princípios do design são considerados como recursos visuais que permitem que as formas e espaços variados e diversos de uma ambientação coexistam dentro de um todo ordenado, unificado e harmonioso:

EQUILÍBRIO

Alcançamos o equilíbrio quando a capacidade dos elementos em chamar nossa atenção e seus respectivos pesos visuais (elementos arquitetônicos ou mobiliários) neutraliza-se. Chamamos de peso visual o impacto psicológico causado por um elemento.

Tipos de equilíbrio:

1. Equilíbrio simétrico: É uma forma passiva e formal de equilíbrio. Ocorre quando um lado de um elemento é exatamente igual ao outro. É simples, fácil e rápido de reconhecer, pois, ao vermos um lado igual ao outro, lemos imediatamente essa solução como sendo correta e equilibrada. É usada em ambientes mais clássicos e formais. Essa forma de equilíbrio coloca toda a atenção no elemento central da composição, ao mesmo tempo em que reduz visualmente sua dimensão. Portanto, devemos usá-la quando objetivamos atrair a atenção para um elemento específico. Uma fachada em que a porta de entrada é centralizada entre duas janelas idênticas é um clássico exemplo desse tipo de solução. Se quisermos tirar a atenção do centro da composição, devemos agregar de modo criativo os elementos compositivos, abusando de suas formas e cores. No caso anterior da fachada, cores mais viva nas janelas tirariam à atenção da porta de entrada.
2. Equilíbrio assimétrico: É mais informal, dinâmico e espontâneo. Nessa forma de equilíbrio, um lado de um elemento é equivalente ao outro no peso, mas não na forma. Não existe uma fórmula para alcançá-la, pois é totalmente livre e flexível. Deve ser usado quando se deseja amplitude e informalidade. É muito utilizado em paisagismo e no design contemporâneo. Sugere movimento, por ser menos óbvia do que o equilíbrio formal. Numa fachada principal, podemos ter a porta centralizada entre uma grande janela, de um lado, e, de outro, duas janelas menores, porém com a mesma força visual da janela grande.
3. Equilíbrio radial: a característica principal é o movimento circular que se direciona para ou se expande de um foco central. Pode ser estático (por exemplo, em um desenho central de piso num hall) ou ativo, onde o ponto central recebe menos ênfase e é menos óbvio (por exemplo, uma escada em caracol). Menos importante do que os anteriores, o equilíbrio radial acrescenta um componente diverso na composição, sendo um contrapeso à retangularidade.
4. O desequilíbrio proporciona uma sensação de instabilidade. Não é repousante e causa intranqüilidade.

RITMO

A repetição de uma forma, de um elemento, ajuda a garantir coerência ao projeto. O ritmo pode se definido como um movimento organizado, contínuo.

• Crie ritmo repetindo as cores ou as formas que dão caráter ao projeto.
• Repita de modo planejado, a fim de criar movimento e evitar que muita repetição torne o ambiente monótono. É óbvio que o pouco uso desse recurso não dá necessariamente unidade ao projeto.

Bom senso e vontade de dar ao projeto um caráter particular conduzem ao uso equilibrado do ritmo. Repita para surpreender, dar movimento, unir os espaços.

HARMONIA

Num projeto é importante manter a harmonia entre seus vários centros de interesse. O projeto não deve parecer uma junção de elementos unidos ao acaso, que competem entre si. Deve ser um todo, um conjunto de formas, cores, texturas, que se relacionam e interagem.

ESCALA E PROPORÇÃO

São princípios relacionados com a forma e o tamanho dos elementos.

Escala: Refere-se ao tamanho absoluto de um elemento comparado a outros tamanhos absolutos (por exemplo, grandes móveis devem estar distribuídos em grandes espaços e ter grã dês estampas). A escala que devemos considerar na arquitetura de interiores é a escala humana. A casa deve ser projetada para o homem, e na escala desse homem.

Proporção: É relativa, pois estabelece a relação entre as partes de um todo, uma parte e o todo, ou entre um todo e outro todo.

CONTRASTE

Uma lareira de tijolos aparentes, tendo como fundo uma parede lisa, chamará muito mais a atenção. Um elemento de inox será mais visível se o plano de fundo for de cor escura. O contraste, entre liso e texturizado, claro e escuro, brilhante e opaco, etc., deve ser explorado para se obterem resultados mais ricos e menos tradicionais.

ÊNFASE E CENTROS DE INTERESSE

É fundamental a presença de elementos que sobressaiam no contexto geral do projeto. O espaço será muito mais diversificado com centros de interesse que chamem nossa atenção e atraiam nossos olhos. Pode ser uma lareira, uma parede redonda, uma escada de forma particular, uma janela que mostre um jardim, etc.

Para que uma forma ou um espaço sejam articulados como sendo importantes ou significativos para uma organização, é preciso torná-los singularmente visíveis. Tal ênfase visual pode ser conseguida ao se adotar uma forma ou figura de:

– Um tamanho excepcional;
– Um formato único;
– Uma localização estratégica.

EIXO

O eixo constitui talvez o meio mais elementar de organizar formas e espaços em um ambiente. É uma reta estabelecida por dois pontos no espaço, em relação às quais formas e espaços podem ser dispostos de uma maneira regular ou irregular. Embora imaginário e não visível, exceto na nossa imaginação, um eixo pode constituir um recurso poderoso, dominante e regulador. Embora implique simetria, exige equilíbrio.

• Escolha de materiais:

A escolha correta depende principalmente de nosso conhecimento quanto ao universo de materiais que existam no mercado e se adaptam ao ambiente em questão. Na maioria das vezes, por total desconhecimento da tecnologia e dos materiais disponíveis, utilizamos soluções antigas e ultrapassadas, caindo m resultados poucos criativos e repetitivos. É importante que ao escolher um material para determinada superfície, se efetue uma minuciosa pesquisa entre todas as soluções possíveis. Analisar as características de cada material é indispensável para uma escolha correta e que atenda às necessidades básicas e gerais dos ambientes.

Características dos materiais:

• Funcionais: durabilidade, resistência, manutenção, aspectos térmicos, acústicos e antiderrapantes.
• Estéticas: forma, dimensões, cores, texturas, padrões e acabamento.
• Econômicas: custo e relação custo-benefício.

Fonte: GURGEL, Miriam. Projetando Espaços

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