24.5 C
Sorocaba
quinta-feira, abril 11, 2024

ESQUIZOFRENIA

A Esquizofrenia caracteriza-se por um estado mental patológico cujo carácter essencial e evolutivo consiste numa progressiva dissociação dos elementos constitutivos da personalidade, o que leva à ruptura dos contactos com o ambiente e à desadaptação.

O significado etimológico de esquizofrenia valeu para sublinhar a essência da psicose (desagregação da personalidade), e, por outro, para abandonar o conceito de evolução crónica e fatal para a deterioração afectiva e psíquica; permitiu, todavia, uma extensão excessiva do seu uso a propósito de outros inúmeros distúrbios mentais, desde os síndromas confusionais à epilepsia, das neuroses obsessivas à histeria.
O termo esquizofrenia deve ser utilizado somente para indicar um grupo de psicoses de evolução diferente, que surgem precocemente (em geral, dos 15 aos 30 anos) e que, por um complexo de perturbações como a incoerência, o autismo, os fenómenos psico-sensoriais e ideativos anormais (alucinações e delírios), entre outras, se configuram em quadros psicopatológicos particulares.

Entre estes, os mais importantes são:

    • •o quadro hebefrénico, caracterizado por uma fatuidade e por uma incoerência que rapidamente descambam numa desagregação massiva da personalidade;
    • •o quadro catatónico, caracterizado pela prevalência de perturbações de psicomotricidade;
    • •o quadro paranóide, caracterizado fundamentalmente por perturbações psico-sensoriais e ideativas.
    A estes devem juntar-se os quadros de esquizofrenia simplex, espécie de evolução lenta e progressiva de uma personalidade esquizóide para o esmorecimento da afectividade, com o aparecimento de bizarrias comportamentais incompreensíveis e de esquizofrenia pseudoneurótica, também ela de evolução muito lenta.

Entre os sintomas da esquizofrenia, podem distinguir-se sintomas essenciais constantes e sintomas inconstantes.

Entre os primeiros, observam-se a ruptura da harmonia e da continuidade de toda a actividade psíquica, com inibições, bloqueios interiores, negativismo; actividade impulsiva ou então estereotipada, passividade, mimetismo, sugestionabilidade. Além disso, verifica-se a dissociação entre o eu e o mundo exterior, a polarização exclusiva sobre o próprio eu interior (autismo), resultando daí a inércia, a falta de iniciativa e a perturbação profunda da vida afectiva.

O segundo grupo de sintomas é do tipo catatónico, mas referidos ao campo psicomotor e o delírio, que é sintoma polimorfo e móvel.

Na maioria dos casos, a esquizofrenia é uma afecção de adolescência, que aparece depois da puberdade e se desenvolve durante a juventude e a idade madura. A variabilidade da sintomatologia acompanha-se de uma grande variabilidade na evolução desta doença.

Habitualmente, como já foi referido, os primeiros sintomas da esquizofrenia aparecem entre os 15 e os 30 anos; depois de uma primeira fase aguda, tem-se um período de remissão que se manifesta com menor vivacidade intelectual, com entorpecimento dos sentimentos, diminuída capacidade de contacto social; seguem-se fases de retomada da doença, que acaba por se tornar numa condição permanente.

Outros trabalhos relacionados

HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL

Severino Rodrigues de Figueiredo Sangramento que geralmente ocorre nos extremos da vida reprodutiva da mulher:Menarca e pré-menopausa. Nestes dois parâmetros , menarca e pré-menopausa, ocorrem modificações...

DESIDRATAÇÃO

A desidratação é um grave estado patológico, caracterizado pelo empobrecimento do património hídrico do organismo. A desidratação pode ser provocada pela diminuição da entrada de...

OBESIDADE INFANTIL

Autor: Douglas David Deccker A obesidade não é mais apenas um problema estético, que incomoda por causa da "zoação" dos colegas. O excesso de peso...

NEUROPLASTICIDADE

Autor: Glauber Carlos Liberato "Existem evidências anatômicas e funcionais de que a plasticidade é potencializada pela atividade assim como por manipulação." Raineteau e colaboradores (2001). 1. Introdução A...