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domingo, março 24, 2024

Iluminismo

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1.O ILUMINISMO
1.1 As bases ideológicas do iluminismo: os filósofos
1.2 O Iluminismo e o caminho para o realismo empírico no processo educativo: John Locke
1.3 Do realismo ao naturalismo, a educação natural: Jean-Jacques Rousseau
1.4 Reflexos do pensamento de Rousseau no processo educativo
2. VOCABULÁRIO
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa abordará o tema sobre o Iluminismo, onde procuraremos entender o início, suas bases ideológicas, seu caminho para o realismo empírico no processo educativo. 
No iluminismo houve um ponto de diversas correntes ativadas na Renascença, na Reforma e na Revolução Cientifica. Ele foi considerado ousado representando a reação contra o autoritarismo religioso e político, fazendo distinções de classe. 
Os pensamentos Rousseau no processo educativo tiveram impacto profundo no mundo. Ele formulou teoria do processo educativo de acordo com as  idéias do Iluminismo.
Abordaremos também o pensamento do filósofo John Locke no processo educativo. Onde ele afirma que Todo o conhecimento vem da experiência e está fundamenta-se principalmente nos sentidos, embora outra forma do conhecimento possa vir das operações internas da mente. Trata-se da sensação e da reflexão. As coisas materiais externam são objetos da sensação e as operações internas objetos da própria mente, ou seja, objetos da reflexão. Estes são os únicos originais dos quais as idéias podem provir.

1. O ILUMINISMO

No século XVII, predominava na Europa a cultura grego-romana e as escrituras. Houve um enfoque no processo educativo na Renascença, onde a cultura grego latina tentava-se ressuscitar. Por sua vez, a reforma enfatizava a autoridade absoluta das escrituras. Teve também o aumento na indiferença religiosa e nas criticas á tradição humanista. Porem a civilização ocidental estava em uma nova época caracterizada pelo otimismo, confiança, acreditando-se que, enfim a humanidade se libertava dos preconceitos do passado.
Na metade do século XVIII, muitos esforços filantrópicos entram em declínio, o sistema educacional não tinha uma visão conceptual e fundamentava-se na rígida estrutura de classes sociais. No ocidente as mudanças intelectuais, econômicas, sócias e políticas pedem perspectivas no processo educativo.
Neste processo há duas características que se sobressaem, são o aumento na participação ativa por parte dos governos e a formulação de novos conceitos sobre o homem e a sociedade. Trata-se de fatores interdependentes que se desenvolvem concomitantemente, fatores que são manifestações do século do Iluminismo. O surgimento do iluminismo não significa a quebra radical com o passado, mas sim o ponto de diversas correntes ativadas na Renascença, na Reforma e na Revolução Cientifica. O iluminismo foi considerado um passo ousado onde representa a reação contra o autoritarismo religioso e político, fazendo distinções de classe. 
Três pilares em que o iluminismo se fundamenta, são a natureza, a razão e o progresso.
Quando o homem aprender a entender os métodos das ciências naturais á sociedade e, sobretudo ao processo educativo, então descobrira que a autopia está ao seu alcance.

1.1. As bases ideológicas do iluminismo: os filósofos

A revolta contra o antigo regime inicia-se no país onde o absolutismo se manifesta de maneira radical, o absolutismo assume forma extremada.
No movimento de protesto de propaganda, o movimento dos filósofos radicais rejeitam todas as formas de abscurantismo e assume uma postura de questionamento implacável diante de toda a realidade, a opinião publica desperta e torna-se hostil ao antigo regime. Para os filósofos o maior obstáculo à perfeição do homem é o antigo regime e tudo que ele representa. Os iluminados reduzem a religião ao nível de impostura, de instrumento utilizado para dominar e manter as massas, o controle de tiranos, pois uma vez que as ideais do homem são os únicos meios para descobrir a verdade, consiste nos princípios da moral comuns a ração humana.
Deus existe, porém a sua intervenção em prol do funcionalismo ordeiro do universo é mínima. Posicionamento quase unanimemente assumido pelos filósofos. A religião natural é a religião universal, uma vez abandonadas as antigas crenças, trata-se de combater os males da sociedade em nome da razão. O conhecimento contra o dogma, o progresso através do processo educativo contra aceitação passiva da ordem estabelecida.
A História da Educação XVII é dominada pelo esforço de tornar os ideais do iluminismo realidade, graças aos filósofos.

1.2. O Iluminismo e o caminho para o realismo empírico no processo educativo: John Locke

O século XVIII mostra pronunciadas tendências para a crítica de todo o sistema.
Quanto ao processo educativo, à crítica se levanta contra o classicismo decadente que perderá toda relevância social, os reformadores exigem três mudanças básicas à introdução de técnicas pedagógicas, um programa de estudo muito mais rico e maior acesso ao processo educativo sem distinção de classe social. Este contraste só tende alarga-se, pois a maioria do povo falta acesso ao ensino formal.
Quanto à metodologia, enfatiza-se a memorização.
Enfim, os mestres eram mal preparados para o desempenho de suas tarefas. O conteúdo do ensino era desprovido de relevância em relação às necessidades reais dos alunos.
É dentro desse quadro que Locke faz contribuições enormes a reforma do processo educativo.
Desde o princípio, Locke rejeita o conceito das idéias inatas, proposta por Descartes.
Todo o conhecimento vem da experiência e está fundamenta-se principalmente nos sentidos, embora outra forma do conhecimento possa vir das operações internas da mente. Trata-se da sensação e da reflexão. As coisas materiais externam são objetos da sensação e as operações internas objetos da própria mente, ou seja, objetos da reflexão. Estes são os únicos originais dos quais as idéias podem provir.
Para Locke, a educação é um valor que todo cavalheiro de vê desejar apara seus filhos. Porém, não se trata de limitar o aluno a o conhecimento livresco.
Diferente dos humanistas, Locke insiste em que a virtude, principal objetivo do processo educativo, não depende tão-somente de um sistema de educação baseado em conceitos religiosos, pois a virtude pode ser ensinada através de um sistema de educação secular e cívico.
Essencial para o cultivo da virtude é a consciência das tendências naturais da criança. Porém, há limites no alcance da educação em termos de modificar estas tendências, pois Deus imprimiu certos caracteres na mente do aluno.
Locke distingue-se também dos seus contemporâneos quando insiste que a criança tema a capacidade de raciocinar. 
Quanto à disciplina, esta deve ser forte, a ponto de levar o aluno abnegar os próprios desejos, a contrariar as próprias inclinações, para poder seguir aquilo que a razão dita, mesmo quando os desejos atraem em sentido contrário. A criança deve habituar-se a esta disciplina através da prática.

1.3. Do realismo ao naturalismo, a educação natural: Jean-Jacques Rousseau

A preparação para o próximo passo na evolução do processo educativo deve-se à publicação da polêmica Encyclopédie ou Dictionnaire Raisonné dês Sciences,des Arts et des Métiers (Enciclopédia ou Dicionário Racional das Ciências,das Artes e das Profissões),conhecida como Enciclopédia,em trinta e oito volumes.
Em meio a intervalos de supressão, de censura e de perseguição, período que se inicia em 1746, foi publicada entre 1751 e 1765. A enciclopédia reflete o novo espírito intelectual e educacional da época. Baseia-se na idéia de que mesmo quando aumenta o conhecimento, este continua a refletir a unidade.
Para realizar-se este objetivo, os filósofos Denis Diderot (1713-84),Jean Le Rond d´Alembert(1717-85) e Etienne Bonnet de Condillac(1715-80) seguem o esquema da árvore do conhecimento,proposto por Bacon em termos da memória ,da razão e da imaginação.Seguem também outra idéia de Bacon,quando este afirma que todo o conhecimento pode reduzir-se àquilo que percebemos através dos sentidos, e que a verdade é fruto das primeiras idéias ocasionadas pelas sensações.
Para Rousseau, o processo educativo não só faz parte integral da reforma social, mas é a condição anterior e necessária para essa reforma.
Toda a formação do homem deriva de três fontes, a saber, a natureza, os demais homens e as coisas. Trata-se de harmonizar, na seqüência correta, essas três influencias formativas.
Conforme Rousseau, antes do Iluminismo todo o processo educativo foi ineficaz, porque derivava de duas fontes apenas, ou seja, os homens e as coisas. Ignorava aquela base que é primeiríssima, a saber, a natureza.
Como passo prático, Rousseau propõe que toda a educação seja pública, conforme o modelo elaborado por Platão em A República e rejeita explicitamente o modelo seguido pelos jesuítas.
Para mostrar como seguir a ordem natural e construir, portanto, uma sociedade como deve ser Rousseau mostra como o processo educativo deve realizar-se, conforme a seqüência: a natureza, as coisas e o homem.
Na primeira fase da infância, que deve passar-se sob a supervisão da mãe, com o pai só acompanhado de longe, deve-se deixar a criança livre, na medida do possível, só orientada pelas forças fundamentais do prazer e da dor.
A criança deve acumular a experiência sensorial mediante encontros diretos, enquanto os pais e outros adultos permanecem discretamente afastados.

1.4. Reflexos do pensamento de Rousseau no processo educativo.

Quanto ao programa de estudos, Rousseau deixa a solução para o futuro e fala que a fonte a objetivo do processo educativo que consistem em formar uma pessoa boa. Sendo inata, a convivência independente do condicionamento social; é ela a fonte do juízo independente e que capacitam homem a criar boas leis, procurando o bem e consequentemente a estabelecer uma sociedade boa.
O processo educativo é um direito de homens livres que compartilham um interesse comum na regra da lei. Portanto, o objetivo de todos os processos é preço pela lei e o correlato crescimentos moral da pessoa.  
Os pensamentos Rousseau no processo educativo, tiveram impacto profundo no mundo. Ele formulou teoria do processo educativo de acordo com as  idéias do Iluminismo.
Os ideais de Rousseau espalham-se par toda Europa e o programa de estudos consistia no Alemão, matemática ciências naturais, historia e geografia e ensinava-se o latim e os ideais.
Quando a metodologia, segue-se o preceito Rousseauniano, conforme o qual a seqüência é de primeira importância. Insiste também em que o aluno esta em condição de aprender o que deve aprender e que os professores devem fazer de tudo para que a aula seja interessante e agradável.

2. VOCABULÁRIO

Iluminismo ’ Doutrina filosófica e religiosa do século XVIII.
Hostil ’ O que é contrário ou se opõe a algo.
Perfectibilidade ’ Que se pode aperfeiçoar.
Monopólio ’ Privilégio de exploração exclusiva de negócios.
Holocausto ’ Sacrifício judaico em que as vitímas eram queimadas.
Filantrópico ’ Sentimento que leva ao homem a ajudar os demais.
Obscurantismo ’ Estado do que se incompleta ignorância, esforço sistemático de oposição a todo progresso material, moral ou intelectual.
Humanismo ’ Corrente do pensamento que coloca o homem e os valores humanos acima dos demais valores.
Concomitantemente ’ Que se verifica ao mesmo tempo em que outro.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que o Iluminismo é uma doutrina filosófica e religiosa do século XVIII. Os três pilares em que o Iluminismo fundamenta-se são a natureza, a razão e o progresso. 
Para os filósofos da época afirma que Deus existe, porém a sua intervenção em prol do funcionamento ordeiro do universo é mínima, ou seja, para eles a religião natural é a religião universal.
Entendemos assim que o Iluminismo na forma singular justifica-se, contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas idéias de progresso e perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais. 
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estivessem em condição de tornar este mundo um mundo melhor – mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo? Descreveu de maneira rápida a mencionada atitude: 
O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento, mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! – esse é o lema do Iluminismo”.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GILES. Tomas Ransom. História da Educação. São Paulo: EPU, 1987.

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