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quinta-feira, abril 18, 2024

IMC – Índice de Massa Corporal

Autor: Andreza Cristina Ferreira

Introdução

Muitos problemas de saúde estão aparecendo em vários países do mundo e tornando-se tema de importantes estudos científicos. Entre eles, estão a obesidade e a hipertensão arterial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde — OMS —, a obesidade é um problema de saúde pública. Para fazer o diagnóstico dessa doença, são usados vários instrumentos e analisados alguns dados, e um deles é o IMC (Indice de Massa Corporal), que é muito utilizado para determinar a faixa de peso considerada ideal para a altura e idade de uma pessoa e classificá-la como sendo de baixo peso, normal, com sobrepeso ou obesa. É um instrumento simples, rápido e de fácil compreensão. Ele se baseia na relação entre o peso e altura do indivíduo. É uma medida que leva em consideração o peso em excesso da pessoa e os riscos que esse sobrepeso pode trazer. Sua fórmula foi elaborada no final do século XIX pelo matemático belga Lambert Adolph Jacques Quetelet, que se baseou em dados estatísticos. E, desde a década de 1990, esse índice foi amplamente divulgado por causa de sua facilidade de manuseio e interpretação.

Como calcular o IMC?

Ele é demonstrado pela seguinte fórmula:

Dando um exemplo: uma pessoa de 20 anos que mede 1,70 m e pesa 61 kg tem um IMC de 21,10 kg/m². Veja como calcula – lo:

Exemplo de como calcular o Índice de Massa Corporal (IMC):

80kg / 1,80m x 1,80m = 24,69 (Normal)

IMC = Peso
(Altura X Altura)

Existem diferentes faixas de classificação: valores que vão de 18,5 a 25 são considerados normais, ou seja, os esperados para a altura; já os situados entre 25 e 30 são classificados como sobrepeso — o que já representa um risco de o indivíduo ter doenças degenerativas como hipertensão, altas taxas de colesterol, diabetes e a própria obesidade — e valores acima de 30 determinam obesidade.

Veja na tabela abaixo um resumo:

Apesar de esse índice ser muito interessante, ele também gera problemas, como o de se superestimar o resultado em alguns casos. Por exemplo: se um indivíduo tem 20 anos, como a pessoa do exemplo anterior, e mede 1,70 m, mas é um atleta e tem uma massa muscular mais desenvolvida, pesando em torno de 78 kg, terá um resultado de sobrepeso, o que não corresponde à realidade.

Então, é preciso ter bom senso na hora de usar esse instrumento para esse tipo de população (os chamados atletas de hipertrofia).

Devemos lembrar que esses valores de referência só são usados para pessoas maiores de 18 anos. Em crianças e adolescentes de 2 a 18 anos, as faixas consideradas normais são diferentes. Conforme a idade e o sexo da

criança/adolescente, os valores mudam.

Índices do IMC

IMC abaixo de 20:

Seu peso está abaixo da faixa considerada normal. É possível que seu biotipo seja do tipo longilíneo, e nesse caso seu percentual de gordura corporal pode estar normal. Em todo caso, procure um Nutricionista para uma orientação mais específica.

IMC entre 20 e 25:

Seu peso está dentro da faixa considerada normal. Normalmente isto corresponde às mais baixas taxas de mortalidade em relação ao peso. Se você não sofre de diabetes, hipertensão arterial ou excesso de colesterol e triglicerídeos e ainda assim deseja emagrecer, provavelmente o motivo é de ordem estética. Cuidado, portanto, para não submeter-se a riscos desnecessários.

IMC entre 25 e 30 com cintura até 89 cm:

Você está na faixa chamada de “excesso de peso”. Como sua medida de cintura está abaixo de 90 cm, você provavelmente não apresenta um excesso de tecido adiposo no interior do abdome. Este tecido adiposo, chamado de gordura visceral, é o que mais acarreta riscos para a saúde. Portanto você se situa em um grupo de menor probabilidade de complicações como diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Mesmo assim é aconselhável que procure seu Nutricionista.

IMC entre 25 e 30 com cintura igual ou maior que 90 cm:

Você está na faixa chamada de “excesso de peso”. Como sua medida de cintura está acima dos 90 centímetros, provavelmente você está acumulando um excesso de tecido adiposo no interior do abdome. Este tecido adiposo, chamado de gordura visceral, é o que mais acarreta riscos para a saúde. Portanto você se situa em um grupo de maior probabilidade de complicações como diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolemia.

IMC entre 30 e 35:

Você está na faixa chamada de obesidade leve. Você se situa, portanto, em um grupo de maior probabilidade de complicações como diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Procure seu Nutricionista para que ele o ajude a perder peso. Mesmo perdas moderadas, como 10% do seu peso atual, podem reduzir significativamente seu risco de complicações metabólicas.

IMC entre 35 e 40:

Você está na faixa chamada de obesidade moderada. Seu excesso de peso já pode estar provocando um risco muito elevado de complicações metabólicas, como diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolemia, além de predispor a doenças osteoarticulares diversas. Procure logo seu médico e inicie um tratamento sério para emagrecer. Mesmo perdas moderadas, como 10% do seu peso atual, podem reduzir significativamente seu risco de complicações metabólicas. Se você não conseguir emagrecer com uma orientação adequada sobre modificações dietéticas e prática de atividades físicas, justifica-se o uso de medicamentos, desde que devidamente supervisionado por um Nutricionista.

IMC maior que 40:

Você está na faixa chamada de obesidade mórbida. Ela corresponde a um risco muito aumentado de diversas doenças. Seu tratamento em geral é muito difícil, mas assim mesmo qualquer esforço é válido. Mesmo perdas moderadas, como 10% do seu peso atual, podem reduzir significativamente seu risco de complicações metabólicas. Se você não conseguir emagrecer com uma orientação adequada sobre modificações dietéticas e prática de atividades físicas, justifica-se o uso de medicamentos, desde que devidamente supervisionado por um médico. Procure urgentemente o seu Nutricionista ou seu médico.

Quais são os pontos fracos do I.M.C.?

Há alguns problemas em usar o I.M.C. para determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem tem um Índice de Massa Corporal alto e não serem gordas. O I.M.C. também não é aplicável para crianças.

Outro problema é a impacto, ainda não suficientemente estudado, que as diferenças raciais e étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal. Por exemplo, um grupo de assessoramento à Organização Mundial de Saúde concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23.

Qual é o método mais preciso para definir se uma pessoa está gorda?

O Índice de Massa Corporal, apesar de conter alguns pontos fracos, é um método fácil no qual qualquer um pode obter uma indicação, com um bom grau de acuidade, se está abaixo do peso normal, acima do peso ideal, ou obeso. Porém, o método mais preciso para determinar se a pessoa está gorda é a medição do porcentual de gordura corporal. Tal medição deve ser feita por profissional qualificado utilizando um medidor de dobras cutâneas.

Relação Cintura Quadril

Quando a gordura corporal está depositada mais na região abdominal, há maior risco à saúde, em relação ao acúmulo em outra parte do corpo, como na região do quadril. Por exemplo, as pessoas com maior acúmulo de gordura em torno dos órgãos viscerais aumentam o risco de doenças cardíacas, devido às células de gorduras que dificultam o bom funcionamento dos órgãos.

A caminhada, por ser uma atividade aeróbica de fácil acesso, praticada pela maioria das pessoas, e quando realizada sob orientação, poderá proporcionar benefícios importantes para as diversas idades. Este trabalho visa, portanto, avaliar o perfil dos praticantes de caminhada, em relação ao índice de massa corporal (IMC) e à relação cintura/quadril (RCQ). Estudos têm demonstrado que a atividade física induz adaptações favoráveis no peso corporal, por intermédio das reduções da quantidade da gordura corporal, enquanto preserva a massa magra. A caminhada destaca – se por ser uma das atividades físicas mais comuns, utilizadas nos programas de exercícios físicos direcionados ao controle do peso corporal,bem como na manutenção da saúde.O consumo de energia durante a caminhada deverá ocorrer em razão da velocidade empregada, da distância percorrida e do peso corporal do indivíduo.

A caminhada é provavelmente o mais seguro e o mais fácil dos exercícios para indivíduos que apresentam sobrepeso.

A tabela abaixo mostra a relação cintura/quadril, que é um preditor para diagnosticar risco de doença coronariana.

Alguns autores sugerem que a medida da cintura seja considerada no nível do umbigo, enquanto outros mencionam que se considere como cintura a circunferência entre a última costela e a espinha ilíaca ântero superior, enquanto o quadril é a medida realizada na região de maior perímetro no nível da região glútea.

Como a medida RCQ revela a distribuição da gordura no indivíduo, é um fator importante para verificar onde há maior localização de gordura. Quanto maior a quantidade de gordura abdominal, maior a probabilidade de desordens metabólicas e elevado risco de doenças cardiovasculares.

Podemos dizer que as gorduras localizadas em torno dos órgãos viscerais não podem ser medidas com compasso de dobras cutâneas, pois, estas se localizam embaixo dos músculos abdominais,e, devido a isso, pesquisadores estão analisando o índice de circunferência cintura/quadril.

O IMC é muito utilizado na prática fazendo uma considerada correlação com o percentual de gordura corporal na população em geral, mas esta classificação não se aplica ao desporto, pois, os desportitas apresentam grandes massas musculares.

O IMC é um método antropométrico, facilmente calculado, de procedimento rápido, simples e de baixo custo que se correlaciona bem com a gordura corporal e algumas incidências de doenças.

O IMC na Fisioterapia

O Índice de massa corporal na Fisioterapia é importante, pois, podemos atuar nos diversos tipos de patologias

Úlceras de pressão
Imobilidade, dependência, limitações para as atividades diárias
Câncer e seus tratamentos
AIDS
Complicações gastrointestinais
Condições de catabolismo ou hipermetabolismo (trauma, cirurgia, infecção)
Doença renal, hepática ou cardíaca crônica
Doença pulmonar obstrutiva crônica

Veja também: ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL X ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

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