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sexta-feira, abril 19, 2024

LIDERANÇA EMPRESARIAL = ADMINISTRAÇÃO NO SÉCULO XXI

UCB – UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
GESTÃO DE PROCESSOS GERENCIAIS

TÓPICOS GERENCIAIS CONTEMPORÂNEOS

A ADMINISTRAÇÃO NO SÉCULO XXI

Dircéia Rodrigues César
Pólo: Venda Nova/BH/MG

Belo Horizonte

2º Semestre de 2010

TEMA
“Administração no Século XXI”
TÍTULO
Tópicos Gerenciais Contemporâneos
OBJETIVO
Objetivo do presente trabalho é buscar os fatores condicionantes do desempenho dos líderes, que atingem um grau de aprovação, na visão dos subordinados. Também buscar os aspectos comportamentais e funcionais que diferenciam o líder empresarial da figura tradicional do gerente, levando-o do desempenho de suas atividades de forma eficaz estabelecendo um modelo de líder no século XXI.
JUSTIFICATIVA
A justificativa da elaboração deste trabalho é servir aos profissionais interessados no aprimoramento das organizações, do compromisso corporativo, da gestão do clima organizacional, na consecução e alcance dos objetivos estratégicos, missão, visão e metas. Poderá ser útil aos gestores, consultores, professores e estudiosos que tenham o compromisso de aprimorar, continuamente, sua postura, habilidades, práticas e atributos na gestão de pessoas, especialmente neste ambiente impreciso e complexo dos dias atuais. Sua principal contribuição reside na apresentação de estudos distintos sobre atributos de liderança que definem, na personalidade do líder, um diferencial que conduz os liderados ao comprometimento em relação às metas propostas e aos líderes à eficácia, ao saber, a integridade.
INTRODUÇÃO
O entendimento da função de liderança talvez seja uma das principais buscas da sociedade. E por razões óbvias: o destino de uma família, uma empresa, uma comunidade, um país, está diretamente associado à capacidade de sua liderança. Vivemos em uma época em que a tecnologia contribui para que o líder tenha a informação necessária à tomada de decisão mais rápida e precisa. Bastante diferente de épocas passadas cujos principais recursos foram o capital, a força física ou a terra. Nesta nova era discute-se sobre a liderança ser ou não resultado de traços de personalidade, estilos de condução de indivíduos e grupos, ou marca de nascença torna-se irrelevante e até deixa de fazer sentido. O que se quer são pessoas abraçando uma causa que mobilizem outras a fim de que o conteúdo desta causa se torne realidade. Há pessoas que nascem líderes e outras que aprendem a desenvolver sua capacidade de liderança ao longo de décadas. Por outro lado, certamente há um grande número de pessoas que, por herança genética, possuem limitações em relação ao que podem fazer na vida. Mas, se levarmos em conta aquelas com algum potencial de liderança, o verdadeiro desafio será desenvolver esse potencial, uma vez que o cenário atual apresenta-se com excesso de gerentes e com carência de líderes. Hoje em dia, as qualidades de liderança são reconhecidas universalmente como um elemento-chave em administração. Um bom administrador deve ser por definição, um líder. Basicamente, o líder deveria além de servir de exemplo, possuir e, talvez, até mesmo personificar as qualidades esperadas ou requeridas em seu grupo de trabalho. De qualquer forma, o líder nato ou experiente deverá conduzir seus liderados de forma ética e positiva fazendo com que eles contribuam para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.

DESENVOLVIMENTO

Segundo Chowdhury (2003), as organizações do século XXI se empenharão em conseguir o entusiasmo do cliente, e não apenas a sua satisfação. Esse entusiasmo significa a empolgação e a fidelidade do cliente, alimentada pelos serviços e produtos disponíveis para ele e que excedem às usas expectativas. Para manter os clientes entusiasmados as empresas precisam superar as expectativas em qualidade e preço de seus produtos em um ambiente de extrema competitividade global. A dinâmica globalizada das organizações tem gerado aspectos de mudanças na busca de eficácia e eficiência, especialmente, nas relações capital trabalho e gestão/subordinação, verificam-se cada vez mais a importância do desempenho nos resultados e a importância do desempenho nos resultados e o desenvolvimento da competência individual e em equipe. Neste cenário ganha importância teorias e metodologias de gestão organizacional, em especial, dos fatores relacionados às pessoas, dos fatores de desempenho e desenvolvimento do capital humano das organizações.
Excelência de desempenho associado a excelência de desenvolvimento das pessoas e das equipes deve estar na base das estratégias organizacionais. Chowdhury (2003) propõe que a educação para todos é a estratégia fundamental para a administração. Recomenda treinar toda a equipe, sem discriminação, desde o chairman até o operário de fábrica. Uma empresa pode ter o melhor produto, mas empregados insatisfeitos ou desmotivados podem causar sérios danos em sua imagem.

O novo líder precisa inspirar confiança e manter a perspectiva de futuro, liderar deixou de ser uma atividade concentrada na produção eficiente de bens e serviços, afirma Warren Bennis (2001). Hoje a tarefa dos líderes é desenvolver relacionamentos com diversas pessoas para criar uma comunidade que produza riqueza. Há quatro fatores que se destacam no momento de identificar quem é um líder exemplar, segundo Bennis: direção e significado; confiança; otimismo e busca de resultados.
Stephen Covey (Peter Drucker Foundation, 1995), em “Três funções do líder no novo paradigm”, sugere que a liderança seja desmembrada em três funções ou atividades básicas: explorar, alinhar, e dar autonomia.
1) EXPLORAR
Relaciona-se com o planejamento, com a visão estratégica de futuro das organizações.
2) ALINHAR
Significa entender a organização, os papéis das equipes e das pessoas, e saber distribuir as ações para implementar a visão e a estratégia.
3) DAR AUTONOMIA
É construir a motivação, o senso de responsabilidade, descentralizar e engajar as pessoas e as equipes em um objetivo maior destas e da organização.

Essas funções permitem o desenvolvimento do processo de liderança e gestão tanto em um enfoque metodológico como o apresentado no filme “O Talento”, ou em um enfoque natural e intuitivo de discussão das funções da liderança como apresentado em “Três Funções do Líder no Novo Paradigma”.

Portanto, está claro que o administrador do século passado está mudando bastante rumo ao novo século. O perfil dos administradores desse novo milênio, pois, é de: rígidos limites éticos, de um envolvimento cada vez maior em trabalhos em equipe, de constante atualização e aperfeiçoamento, planejamento estratégico, responsabilidade social. Tudo isso, para a sobrevivência em um mundo cada vez mis globalizado e, portanto, sempre suscetível a turbulências econômicas que afetam o rumo dos mais diversas empresas e países.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vivemos numa época de competição acirrada pelo grande aumento de empresas do mesmo ramo. Isso sem contar que a globalização trouxe também empresas de outros países, oferecendo os mesmos produtos com custo mais baixo. As empresas precisam de produtividade, diferencial, eficiência, eficácia entre outros atributos que a tornarão competitiva. A partir daí, os empresários precisam de funcionários que atuem como líderes, capazes de acompanhar e controlar todo o planejamento estratégico da empresa para alcançar novos mercados, lucratividade, ou seja, qualquer que for sua meta. Esses líderes devem ter um perfil de gestor, devem ser técnicos e metodológicos, por outro lado, os gestores precisam, além de técnicos e metodológicos, precisam ser líderes. A liderança e gestão precisam caminhar juntas nas organizações, não podem ser dissociadas.
É perfeitamente possível aprimorar as características de líderes em potencial que convivem conosco no dia-a-dia através de programas de desenvolvimento e treinamento. Uma liderança real poderá ser a diferença que fará as mudanças de fato acontecerem ou não na empresa. Os líderes em todos os níveis hierárquicos precisam estar à frente da mudança e fazê-la acontecer. Espera-se de um líder a capacidade de atuar em cenários nos quais a convivência da ordem e do caos se faz sentir. Para isso, o profissional denominado líder do século XXI está preparado para “liderar a mudança” liberando o poder cerebral de cada pessoa que faz parte de sua equipe.
A eficácia do líder íntegro está mais preparado para compartilhar valores, a visão, os objetivos estratégicos e as metas aos liderados.

BIBLIOGRAFIA

CHOWDHURY, Subir. Administração no século XXI (o estilo de gerenciar hoje e no futuro). São Paulo: Pearson Education, 2003
BENNIS, Warren. A invenção sobre Liderança e Mudança. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

COVEY, Stephen R. Liderança baseada em princípios. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

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