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quinta-feira, abril 25, 2024

MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES: IMPRESCINDÍVEIS E DESAFIADORAS

AMILTON BRASIL
MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES: IMPRESCINDÍVEIS E DESAFIADORAS.
SALVADOR
2009
UNIJORGE
AMILTON BRASIL

INTRODUÇÃO

É notório que o ambiente de negócios está cada dia mais complexo. Cada vez mais há uma necessidade de garantir vantagem competitiva diante dos concorrentes.
O advento da globalização da economia direciona as organizações a antecipar-se às mudanças, para desta forma enxergar as oportunidades, buscando alternativas a fim de sobreviver ao mundo dos negócios. Isto implica em avaliações permanentes que venham apontar em quais áreas e processos da organização precisam sofrer mudanças, as quais trazem a capacidade de formular e implementar estratégias organizacionais que geram vantagens diante de seus concorrentes, valorizando seus recursos humanos, diferenciando seus produtos produzidos e/ou serviços prestados.
Na Era da Qualidade em que vivem as organizações, as mudanças são imprescindíveis, porém desafiadoras, pois tais mudanças sempre são fontes geradoras de insatisfação e resistência.
Mas, como introduzir mudanças minimizando a resistência a fim de que este processo seja natural e continuo?
As mudanças planejadas seriam uma opção, pois permitem a organização adaptar-se melhor, porém é impossível planejar tudo, como por exemplo, a troca súbita de líder, uma fusão ou aquisição.
A mudança organizacional é uma realidade em todo cenário mundial, e o que as empresas devem espera mais mudanças no futuro em um ritmo cada vez mais acelerado.
Introduzir novos processos, procedimentos e tecnologias, talvez desconhecidos, que constituem uma abordagem diferente daquilo que as pessoas envolvidas geralmente consideram como a forma tradicional de realizar seu trabalho, trazem emoções e reações que vão do otimismo ao medo. Estas mudanças na verdade procuram melhorar as atitudes, as qualificações e os conhecimentos das pessoas que trabalham na organização, porém a resistência destas pessoas às mudanças é bastante acentuada, o que em alguns casos implica em um resultado negativo para a organização.
“Resistência à mudança” é qualquer conduta que objetiva manter o status quo (estado atual), em face da pressão para massificá-lo e é apontada como uma das principais barreiras à transformação bem-sucedida.
A expressão é geralmente creditada a Kurt Kewin, que afirmava que as organizações poderiam ser consideradas como um sistema sujeito a um conjunto de forças. Sendo assim, as mudanças ocorreriam quando uma das forças superasse a outra em intensidade, deslocando o equilíbrio para um novo patamar. Assim, a resistência seria o resultado da tendência de um indivíduo ou de um grupo a se opor às forças que objetivam conduzir o sistema para um novo nível de equilíbrio.
Por estas razões o gerenciamento da mudança organizacional é o processo que reconhece, guia e administra essas emoções e reações humanas, de modo a minimizar a inevitável queda de produtividade que geralmente acompanha as mudanças. Novas soluções técnicas requerem o envolvimento de pessoas, em uma organização, que estejam dispostas a alterar seus comportamentos e formas de pensar. Para alcançar isto é preciso tempo, motivação, habilidades e prática.
De acordo com Tavares (1991), as características próprias de cada organização nascem das estratégias adotadas por seus dirigentes a fim de manter a empresa. As pessoas têm que estar de acordo com estas características, e estes pressupostos vão se internalizando, formando uma posição a respeito de “como as coisas são”.
O grande dilema de toda esta transformação é a questão do gerenciamento das contradições entre cultura e mudança organizacional. Enquanto a primeira enseja uma sedimentação lenta, mais definida pela passagem do tempo, a segunda pede a adaptabilidade instantânea para responder aos desafios que este mesmo tempo lhe impõe. Faz-se mister, portanto, aprender a mudar, o que significa aprender e apreender o que pode e deve ser feito com os instrumentos e técnicas disponíveis do planejamento e do controle do processo, pois, embora não possamos realmente prever o futuro, parece claro que este mesmo futuro não será alcançado a menos que tentemos ir até ele.
Devemos salientar que as forças responsáveis pelas mudanças, sempre estarão presentes e se as organizações não se adequarem as novas tendências ficarão atrasadas, pois não poderão competir no mercado, não terão ferramentas e conhecimentos necessários para cumprir novas leis e regulamentações, sua tecnologia ultrapassada a impedirá de acompanhar e atender as preferências dos seus consumidores e parceiros, ocasionando até sua falência.

CONCLUSÃO

Enfim, mudar trata-se de um processo continuo que deve ser incorporado ao modo de operação das organizações, com a finalidade de inserir na dinâmica das transformações que caracterizam o atual cenário do mundo moderno.
Mudar é estar sempre almejando o melhor, aprendendo com os erros, numa busca perene pelo sucesso da organização e de seus profissionais.
Verdadeiramente, as mudanças planejadas podem vir a melhorar a capacidade da organização em se adaptar melhor e mais rápido no seu ambiente e no comportamento de seus funcionários, mas como podemos observar ao longo de texto não impede a resistência e nem o insucesso das tais mudanças.
Observa-se então que as empresas devem estar sempre prontas para responder às mudanças. Para isso é necessário estimular a inovação, adotar o trabalho em equipe e programar uma certa autonomia aos seus funcionários.
Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta ás mudanças. Charles Darwim.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 7.ed. São Paulo: Campus. 2004.
HANDY, Charles. Deuses da Administração: como enfrentar as constantes mudanças da cultura organizacional. São Paulo: Vértice, 1987.
TAVARES, Maria das Graças de Pinho. Cultura organizacional: uma abordagem antropológica da mudança. São Paulo: Qualitymark, 1991.

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