24.9 C
Sorocaba
quarta-feira, abril 24, 2024

Prevalência de Sintomas Músculo-esqueléticos

A proposta deste artigo foi de estimar a prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em estudantes de violão da Faculdade de Música de uma Universidade Particular de Salvador, Bahia, no período de agosto a setembro de 2007. Foram selecionados todos os estudantes de violão, totalizando 32 pessoas, que responderam a um questionário adaptado do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, contendo os seguintes aspectos: dados pessoais, atividades profissionais, sintomatologia relacionadas ao ato de tocar, tratamento utilizado e conseqüências da sintomatologia. A análise foi feita no programa SPSS 15.0, utilizando os Teste de Qui-quadrado com correção de Yates ou o Teste de Fisher, com nível de significância de 5%. Foram verificados características gerais e específicas da população. Todos os estudantes responderam ao questionário. A prevalência de sintomatologia dolorosa foi alta, 28 (87,5%) dos 32 estudantes apresentavam dor no ato de tocar o instrumento. O presente estudo encontrou uma elevada prevalênci queléticos freqüentes, com referência aos últimos 12 meses, principalmente na região cervical em 14 (43,8%) indivíduos e região dorsal em 16 (50,0%). Quando questionados sobre sintomatologia no ato de tocar 13 (40,6%) desses entrevistados apresentaram sintomas músculo-esqueléticos freqüentes em região de punho e mãos. Esses sintomas podem estar associados às cargas físicas e emocionais da atividade. Diante dos resultados encontrados faz-se necessária à elaboração e implantação de estratégias para amenizar a carga de esforço e evitar agravos.

SUMARIO

Agradecimentos 
Dedicatória 
Folha de Rosto
Introdução 
Material e Métodos 
Resultados 
Discussão 
Conclusão 
Referências Bibliográficas
Projeto da Pesquisa

INTRODUÇÃO

A música está sempre associada ao momento de prazer, algo que causa bem estar e traz equilíbrio emocional. Porém são crescentes as evidências de que músicos estão sujeitos a fatores de risco do próprio trabalho, o que acarreta no aparecimento de sintomas músculo-esqueléticos. A dor como consequência de um processo inflamatório é um dos sintomas que surgem, podendo assumir característica de doença crônica e levar o músico a afastar-se de suas atividades.

Os sintomas músculo-esqueléticos variam desde um desconforto que pode persistir, piorar e levar a lesões sérias. Essas lesões podem se apresentar de várias formas, como afecções músculo-tendíneas, compressões nervosas ou disfunções motoras e são passíveis de tratamento efetivo quando iniciado precocemente.

Os músicos podem apresentar sintomas músculo-esqueléticos por realizar movimentos repetitivos em posturas inadequadas e vivenciar situações de estresse, independente da idade16. No Brasil, pesquisa sobre o nível de estresse em instrumentistas de cordas feita em 13 estados brasileiros, detectou que 88% dos músicos apresentavam desconfortos relacionados ao tocar, sendo a dor o sintoma predominante em 30% deles.

Os estudantes de violão geralmente ingressam na faculdade com o intuito de se tornarem profissionais. Muitos deles já estudam o instrumento por conta própria há vários anos, além de desempenharem outras profissões. Os sintomas músculo-esqueléticos afetam as atividades dos músicos e se tornam doenças ocupacionais freqüentes nesta população6. Vários estudos mostram que a dor contínua ou intermitente causa desconforto físico e é fator de risco para esta população.

A prática do instrumento sem o devido condicionamento físico, aliado a posturas incorretas pode vir a causar disfunções, para evitá-las prevenir é a melhor opção8. O condicionamento físico é necessário para a prática do instrumento, sem o mesmo, ela será prejudicial. O uso de antiinflamatórios, relaxantes musculares, fisioterapia e acupuntura não evitarão fato o progresso da doença. A assistência precoce e intervenção nestes sintomas fazem parte do tratamento de reabilitação ocupacional8.

Existem muitos estudos sobre sintomas músculo-esqueléticos em músicos profissionais, porém não foi encontrado até o momento nenhum estudo que aborde o tema envolvendo estudantes de violão. Instrumento este, popular e de fácil acesso, devendo ser tema de estudo para profissionais da área de saúde.

A proposta deste estudo foi estimar a prevalência de sintomas músculo-esqueléticos nos estudantes de violão da Faculdade de Música de uma Universidade Particular de Salvador, Bahia, Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal realizado com 32 estudantes de violão da Faculdade de Música de uma Universidade Particular localizada em Salvador, Bahia, Brasil. Os indivíduos foram escolhidos por conveniência, indicados por professores e outros alunos, sendo estes apenas os estudantes do curso de graduação da Universidade Particular devidamente matriculados. Foram excluídos estudantes que praticavam outros instrumentos. As entrevistas foram realizadas no período de agosto a setembro de 2007 e realizadas face a face com a aplicação de questionário semi-estruturado para o entrevistado sempre nos intervalos das aulas e efetuadas na biblioteca da Faculdade de Música.

O instrumento de coleta utilizado foi o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) traduzido e validado para a população brasileira17 contendo as variáveis: sexo, estado civil, idade, semestre em curso, anos de prática do instrumento, atividade profissional, horas de prática do instrumento por dia, hábitos e estilo de vida, dominância, presença de patologias pregressas e utilização de medicamentos.

Foi questionado também a presença de dor nos últimos 12 meses, sete dias e no momento do estudo do instrumento e qual a intensidade da dor sendo esta indicada na escala analógica de dor (EAD) formulada com variação de zero (nenhuma dor) a dez (máxima dor). Além disso, questionou-se sobre a dor, desconforto ou dormência sendo indicados em figura humana contendo nove locais anatômico para referida sintomatologia (pescoço, ombros, braço, cotovelo, antebraço, punhos/mãos/dedos, região dorsal, região lombar, quadril/membros inferiores). A freqüência de dor (não há, raramente, com freqüência e sempre), também foi uma variável estudada e marcada em um quadro anexo a figura.

Para o tratamento estatístico dos dados, foi utilizado o programa SPSS 15.0 for Windows e o software Access da Microsoft para criar o banco de dados. Para análise das variáveis os Testes de qui-quadrado com correção de Yates e o Teste de Fisher nos casos em que ocorreram freqüência esperada menor que cinco. O nível de significância adotado foi de 5%.

Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, onde estavam expostos os objetivos do estudo, sendo garantidos a confidencialidade dos dados e o direito de se retirar da pesquisa a qualquer momento sem qualquer ônus, de acordo com os aspectos éticos concebidos pela resolução 196/96 do Conselho nacional de Ética e Pesquisa envolvendo seres humanos. Vale salientar que o presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Católica do Salvador.

RESULTADOS

A população estudada constitui-se predominantemente por estudantes do sexo masculino. Dos 32 estudantes de violão, 26 (84,4%) foram indivíduos do gênero masculino e cinco (15,6%) do gênero feminino. A idade variou de 20 a 33 anos (Figura 1). Em relação ao estado civil observou-se que 26 (84,4%) eram solteiros e 5 (15,6%) eram indivíduos casados.

Em relação ao uso de tabaco, apenas 6 (18,8%) faziam uso de algum tipo de fumo e 26 (81,3%) não. Dos entrevistados, 24 (75,0%) não realizavam atividades profissionais e apenas oito (25,0%) trabalhavam como professores de violão ou tocavam em bandas. Do total de entrevistados 16 (50,0%) praticavam algum tipo de atividade física regular e 16 (50,0%) relataram levar uma vida sedentária.

O semestre dos alunos variou do 1º ao 9º semestre, não foram encontrados alunos do 8º semestre (Figura 2). Do total, 87,5% relataram ter algum tipo de sintoma músculo-esquelético nos últimos 12 meses, 84,4% nos últimos sete dias e 87,5% no momento do estudo. As regiões anatômicas mais acometidas nos últimos 12 meses foram as regiões cervical (43,8%) e dorsal (50,0%). Nos últimos sete dias não houve região com notável acometimento sendo a sintomatologia sendo a maior em 31,3% em região de punho, mãos e dedos. No momento do estudo do instrumento a região anatômica com maior acometimento foi a de punho, mão e dedos (40,6%) (Figura 3).

Em relação à presença de dor nos últimos 12 meses, quando solicitados para classificarem sua dor de acordo com a escala de dor, as notas variaram de zero a dez, sendo apenas um (3,1%) indivíduo a responder com nota dez. As notas com maior significado foram quatro (18,8%), cinco (18,8%) e sete (18,8%). Nos últimos sete dias a classificação variou de zero a dez, sendo o mesmo entrevistado (3,1%) a relatar nota dez. A nota com maior significância foi cinco (28,1%) seguida de zero (15,6%). No momento do estudo as notas variam de zero a oito, sendo seis (21,9) a de maior freqüência seguida da nota sete (18,8%) (Figura 4).

Destes estudantes, quatro (12,5%) relataram realizar algum tratamento para os sintomas de dor, onde dois (6,25%) deles optaram por tratamento médico e dois (6,25%) por tratamento fisioterapêutico. Ainda nesta população, oito (25,0%) afirmaram possuir patologias relacionadas com o ato de tocar, dentre elas: tenossinovite, escoliose e hérnia discal. A porcentagem de estudantes que reduziram o tempo de estudo devido à dor foi de 16 (50,0%). Quando questionados sobre a prática de atividades físicas, 16 (50,0%) dos entrevistados afirmaram realizar atividades como: corrida, musculação, surf, ginástica entre outros. Também foi perguntado sobre o uso de tabaco sendo 81,3% o número de não usuários.

DISCUSSÃO

O presente estudo encontrou uma elevada freqüência de sintomas músculo-esqueléticos nestes estudantes de violão. Os dados condizem com a literatura. Joubrel et al. (2001) verificaram entre 141 músicos instrumentistas franceses que 76,6% apresentavam sintomas músculo-esqueléticos, principalmente em coluna, punho e mãos. Siemon e Borisch (2002) observaram também elevado número (74%) de sintomas em pescoço, lombar e mãos. Toledo et al. (2004) refere que os membros superiores são locais mais afetados. Lockwood (1986) refere que mãos, ombros e cabeça são regiões comumente acometidas.

Na maioria da população a região mais acometida eram as regiões cervical e dorsal e de punho, mãos e dedos, o que nos leva a pensar nos possíveis fatores de riscos relacionados com essas dores. Bejjani, Kaye e Benham (1996) afirmam que os sintomas músculo-esqueléticos nos músicos estão associados aos movimentos repetitivos ao tocar associado à postura inadequada durante prolongado período de tempo, o autor também faz referência ao peso do instrumento. Além disso, os músicos não estão expostos somente a cargas físicas, mas também emocionais em decorrência da própria atividade, como tocar em público, sob um olhar crítico e a cobrança de perfeição de si próprio.

A população formada na maioria por homens 26 (84,4%), não condiz com outros estudos onde as mulheres são maioria, ou estão em mesmo número que os homens. Devido à escassez de estudos com instrumentistas de violão não se pode basear-se adequadamente em relação ao gênero, além do que esses estudos são feitos com uma grande variedade de músicos e a maioria de outros países.

Outros fatores de risco a que o estudante de violão está exposto é o fator psicológico, tanto em relação às performances ao vivo, quanto a possíveis cobranças de familiares. Ribeiro (1997) e Sato (2001) referem existir uma forte associação entre sintomas músculo-esqueléticos e sofrimento psíquico. A maioria dos estudos mostra uma associação entre pelo menos um fator psicossocial relacionado à atividade e o aparecimento de sintomas. Além disso, para atingir uma performance excelente, necessitam de uma rotina diária de treinamento constante e cuidado com a alimentação e descanso.

Observou-se no estudo que poucos são os músicos acometidos por agravos músculo-esquelético que vêm a procurar assistência às suas dores quatro (12,5%), o que poderá elevar as chances de afastamento das atividades por estes agravos. Segundo Dupuis (1993), muitos músicos só procuram assistência médica em casos já bem avançados e o tratamento nessas situações requer um afastamento prolongado do instrumento, fato não facilmente aceito. Nourissat, Chamagne e Dumontier (2003), observaram que dos 277 músicos que procuraram serviços de saúde mais da metade apresentavam queixas de dores, 18% perceberam quando estavam tocando.

Devido à falta de estudos focados no instrumentista de violão, torna-se difícil transcorrer sobre os dados avaliados neste estudo, tornando-se isto um possível viés. Acreditando que, por se tratar de um estudo inovador, há a necessidade de um maior aprofundamento sobre os fatores de risco associados e um estudo de intervenção em uma população maior.

CONCLUSÃO

Foi demonstrado neste estudo que os estudantes pesquisados apresentavam elevada prevalência de sintomas músculo-esqueléticos. Esses sintomas podem estar relacionados às cargas físicas e emocionais da própria atividade. Diante dos resultados encontrados, faz-se necessária à elaboração e implantação de estratégias para amenizar a carga de trabalho e evitar maiores agravos, além de orientação e encaminhamento para tratamento neste estudantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Andrade, EQ; Fonseca, JGM. Artista-atleta: reflexões sobre a utilização do corpo na performance dos instrumentos de cordas. Per musi vol.2.Belo Horizonte:Escola de Música da UFMG,2000; p.118-128.

2. Amadio, PC.; Russotti,G M. Evaluation and treatment of hand and wrist disorders in musicians. Hand Clinics, Philadelphia, 1990; v.6, n.3, p.405-416.

3. Bejjani, FJ; Kaye GM; Benham M. Musculoskeletal and neuromuscular conditions of instrumental musicians. Archives of Physical Medicine Rehabilitation, Philadelphia, 1996; n.77, p.406-413.

4. Berque, P.; Gray, H. The Influence of Neck-Shoulder Pain on Trapezius Muscle Activity among Professional Violin and Viola Players: An Electmyographic Study. Medical Problems of Performing Artists, 2002; vol. 17, nº 2, p. 68-75.

5. Brito, AC.; Orso, M. B; Gomes, E. Lesões por esforços repetitivos e outros acometimentos reumáticos em músicos profissionais. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, 1992; v.32, n.2, p. 79-83.

6. Corrêa, LO; Franco, MR. Prevalência de Sintomas músculo-esqueléticos em músicos de trio elétrico do carnaval de Salvador, Bahia. 2006. 15p. Artigo Científico (Graduação em Fisioterapia) – Faculdade de Enfermagem, Universidade Católica do Salvador, Salvador.

7. Costa, CP. Quando tocar dói: Análise Ergonômica do Trabalho de Violistas de Orquestra. 2003. 147 p. Tese (Mestrado) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília.

8. Coker et al. Postural sway of Percussionists: a preliminary investigation. Medical Problems of Performing Artists, Mar. 2004; vol. 19, nº 1, p. 34-38.

9. Dupuis, M. Pathologies of the musculo-skeletal system in musicians. Union Medicale du Canada, Montreal, 1993; v.122, n.6, p.432-436.

10. Fetter, D. Life in the orchestra. Maryland MedicalJournal, Baltimore, 1993; v.42, n.30, p.289-292.

11. Joubrel, I.; Robineau, S.; Pétrilli, S.; Gallien, P. Musculoskeletal disorders in instrumental musicians: epidemiological study. Annales de Réadaptation et de Médecine Physique, Paris, 2001; v.44, n.2, p.72-80.

12. Liu, S; Hayden, G. Maladies in musicians. Southern Medical Journal, Birmingham, 2002; v.95, n.7, p.727-734.

13. Lianza, S. Medicina de Reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

14. Lockwood, AH. Medical problems of musicians. The New England Journal of Medicine, Boston, 1989; v.320, n.4, p.221-227.

15. Nourissat, G.; Chamagne, P.; Dumontier, C. Reasons why musicians consult hand surgeons. Revue de Chirurgie Orthopedique et Reparatrice de L’ AppareilMoteur, Paris, 2003; v.89, n.6, p.524-531.

16. Parasuraman, S; Purohit, YS. Distress and boredom among orchestra musicians: the two faces of stress. Journal of Occupational Health Psychology, Baltimore, 2000; v.5, n.1, p.74-83.

17. Pinheiro, FA; Tróccoli, BT; Carvalho, CV. Validação do Questionário Nórdico de sintomas osteomusculares como medida de morbidade. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2002; v.36, n.3, p.207-212.

18. Ribeiro, HP. Lesões por Esforços Repetitivos (LER): uma doença emblemática. Cadernos de Saúde Pública,Rio de Janeiro, 1997; v.13, supl. 2, p.85-93.

19. Sato, L. LER: objeto e pretexto para a construção do campo trabalho e saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2001; v.17, n.1, p.147-152.

20. Siemon, B.; Borisch, N. Problems of the musculoskeletal system in amateur orchestra musicians under special consideration of the hand and wrist. Handchirurgie Mikrochirurgie Plastishe Chirurgie, Stuttgart, Mar. 2002; v.34, n.2, p.89-94.

21. Sternbach, ACSW. Adressing stress-related ilness in professinal musicians. Maryland Medical Journal, Baltimore, 1993; v.42, n.3, p.283-288.

22. Toledo, SD.; Akuthota, V.; Drake, DF.; Nadler, SF. et al. Sports and performing arts medicine. 5. Issues relating to musicians. Archives of Physical Medicine Rehabilitation, Philadelphia, 2004; v.85, n.3, suppl. 1, p.72-74.

Outros trabalhos relacionados

Inseminação Artificial Homóloga

Trata-se de estudo dirigido sobre os efeitos do reconhecimento da paternidade presumida nos casos de inseminação artificial homóloga após a morte do pai e...

Os Inibidores de Bombas de Prótons e suas influências sobre a digestão, absorção e metabolismo de nutrientes

Os inibidores de bombas de prótons são bastante utilizados no tratamento de distúrbios relacionados à secreção ácida. Pelo seu próprio mecanismo de ação (inibição...

Histórico sobre a identidade das Células

Introdução Do final do século XIX até a primeira metade do século XX acreditava-se que o cérebro de mamíferos adultos permanecia constante estruturalmente (Gross CG...

Os Benefícios da Drenagem Linfática

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3 HIPÓTESES 4 METODOLOGIA 4.1 Métodos de Pesquisa 4.2 População e Amostra 4.3 Local do Estudo 4.4 Período 4.5 Critérios de Inclusão 4.6 Critérios de...