24.7 C
Sorocaba
domingo, abril 28, 2024

O ENIGMA DE KASPAR HAUSER

A linguagem e identidade demonstram ter ligações inquestionáveis, quando se pensa o que a fala pode revelar do falante. Desde o grau de conhecimento do idioma, que pode determinar a aparência social, até mesmo às reações psicológicas que passa pelo modo de como se usa a língua e a fala.

Kaspar Hauser apareceu pela primeira vez numa praça contendo em sua mão uma carta anônima direcionada ao capitão da cavalaria, pedindo para que o fizesse um cavaleiro como fora seu pai.

Ele não sabia falar, entender o que lhe diziam e nem andar direito. Sendo visto na sociedade como “selvagem” por não corresponder aos padrões de comportamento tidos ou esperados como “normais” dentro da cultura da época em que vivia.

Kaspar foi acolhido por uma família onde passou um processo de socialização sendo mais tarde apresentado à sociedade como um “ser civilizado”. Por mais que estivesse passando por um processo de socialização, de interação com a linguagem, o mesmo ainda não conseguia distinguir sonho de realidade.

Podemos ressaltar a sociedade como elemento condicionante da linguagem, em que um indivíduo não aprendizado do uso comum da linguagem imposta à sociedade que vive; sendo outros, os métodos de tradução da realidade pela língua que ele utiliza, diferentes dessa sociedade, ele não pode pertencer à mesma.

Outros trabalhos relacionados

Os Maias – Eça de Queiroz

Os Maias - Eça de Queiroz Em junho de 1888, os livreiros portugueses começaram a vender os primeiros dos cinco mil exemplares da primeira edição...

MEMÓRIAS DE UM SUICIDA

MEMÓRIAS DE UM SUICIDA A história do livro (Memórias de um Suicida) começa no século XVII, quando nasce um jovem em terras portuguesas numa família...

Cinco Minutos – José de Alencar

Cinco Minutos - José de Alencar Cinco Minutos, assim como "A Viuvinha", foram escritos no início da carreira do autor. Assim como os outros romances...

O Juca Mulato – Menotti Del Picchia

O Juca Mulato - Menotti Del Picchia Provavelmente uma reação ao Jeca-Tatu de Monteiro Lobato, como aponta Paulo Rónai, é um poemeto sertanista de comunicabilidade...