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sábado, dezembro 14, 2024

DEPOIS DAQUELA VIAGEM

Análise do contexto histórico

Na linguagem dos jovens, a autora retrata com bom humor as farras da turma; o despertar para a sexualidade, a angústia diante do vestibular e muitas outras coisas que atormentam os adolescentes. Tudo isso seria normal se não fosse por um grande detalhe. A autora, pegou AIDS aos 16 anos. Nesse livro ela retrata as mudanças em sua vida.

Como a AIDS mexeu com sua cabeça e seus sentimentos. Quando a leitura terminada fica claro a sua vontade de continuar a viver. Este livro relata a coragem desta mínima de querer continuar vivendo depois da AIDS.

Valéria Piassa Polizzi, nascida em São Paulo foi infectada com o vírus do HIV aos 16 anos. Aos 18, descobriu que estava doente. Aos 26, escreveu um livro contando às barras que enfrentou e a conclusão a que chegou: o importante é ser feliz e aproveitar o presente. Faz vestibular na PUC de São Paulo para jornalismo e sonhava em fazer cinema a ser artista cineasta.Tornou-se escritora por conta de uma tragédia pessoal.

O livro começa no ano de 1986 onde todos acreditavam que o vírus da AIDS só infectava homossexuais, que havia pouca informação de como evitar a doença e também havia um grande preconceito com quem era infectado pela doença. Esse preconceito hoje também é bem grande mais diminuiu pelo fato das pessoas saberem mais como não serem infectadas pela doença. Na época não havia remédio para evitar que os sintomas aumentassem. Só a partir de 1990 é que inventaram o remédio para diminuir os sintomas da AIDS. E o livro termina em 1994 com a doença no mundo aumentando cada vez mais.

História

Valéria era uma jovem de 15 anos normal como qualquer outra jovem, que com seu pai foi a uma viagem de navio para Argentina, quando conheceu um garoto de 25 anos. Começou a conviver com ele e quando percebeu estava perdidamente apaixonada por ele.

Começaram a namorar, mas aos seis meses ele queria ter relações sexuais com ela. No começo ela não queria, mas no final ela acabou transando com ele sem camisinha. Depois disso ele começou a agredi-la e ela terminou o namoro com ele, um dia ela foi ao seu médico para uma consulta de rotina e o médico achou alguns sintomas estranhos, pediu alguns exames e comprovou que ela tinha AIDS.

Depois disso sua vida mudou completamente, ela viu o preconceito que tinham por ela mas ela percebeu que as pessoas que a amavam continuaram do seu lado dando força para ela não desistir. Valéria decidiu escrever esse livro, pois havia prometido aos seus amigos que um dia ela ia escrever um livro sobre eles, e até hoje ela está viva e muito bem casada.

Resumo

Esta obra,que foi produzida por Valéria Piassa Polizzi, é um livro que diz como é a vida de uma pessoa que tem AIDS, que é uma doença que provoca muitos preconceitos, como diz a autora, ela convivia normalmente como outras pessoas que não tinham essa doença.

Valéria era uma menina normal de classe média alta, que tinha os pais separados. Até que um dia ela conheceu uma pessoa em uma viagem de navio, que marcou sua vida inteira. Ela dizia que ele seria o homem com quem viveria o resto de sua vida. Porém ele tinha AIDS e os dois transaram sem camisinha, o que a fez contrair a doença.

Entretanto ela não sabia e continuou sua vida até que começaram a aparecer algumas doenças no esôfago e ela foi ao médico, que a mandou fazer uns exames de sangue, nos quais ela acabou descobrindo que tinha AIDS. Isso foi um choque para ela porque, imaginem uma menina de 16 anos, de classe média alta com AIDS que naquela época era conhecida como doença dos gays.

Depois dessa descoberta o seu médico indicou um infectologista para tratar da AIDS. O relacionamento com este médico não foi muito bom, ela dizia que ele só mandava fazer exames e tomar remédios.

Valéria continuou sua vida, fez um curso de inglês e foi visitar seus tios que moravam nos Estados Unidos. Esses tios eram muito atenciosos e sabiam que ela tinha AIDS. A sua tia recomendou outro infectologista para ela. Valéria foi descobrindo que ele era mais flexível, e não mandava ela ficar fazendo exames e tomando remédios. Ele primeiro perguntava se ela queria.

Ela não aceitou tomar os remédios, quer eram o AZT e o DDI, mas fez uns exames lá nos Estados Unidos. O primeiro exame ficou meio duvidoso, depois ela fez outro que comprovou que ela estava com AIDS.

Após isso ela voltou para o Brasil e prestou vestibular mas não passou. Ela fez um curso de teatro, porque desde criança ela queria ser cineasta ou atriz. Mas quando estava no fim do curso ela desistiu e resolveu fazer outro curso de inglês de uma universidade de San Diego.

Quando chegou em San Diego, ela ficou pensando como que ia encontrar o campus da universidade. Ela pegou uma lotação tipo táxi que a levou junto com as outras pessoas que estavam no aeroporto. Ela foi à última a ser entregue, porque a universidade era o lugar mais longe. Quando chegou na universidade ela ficou admirada com o que tinha lá, porém também encontrou um problema, ela não sabia em que ela dormitório tinha reservado o quarto. O motorista da lotação a ajudou a encontrar seu dormitório e ela ficou muito grata a ele.

Quando chegou no dormitório, Valéria recebeu uma notícia de que tinha que fazer um teste para saber em qual nível ela faria o curso, e logo se dirigiu a secretaria para fazer o primeiro teste, ficou num quarto sozinha por opção, por causa de sua doença.

E assim foi seguindo sua vida, fazendo novos amigos e estudando muito, passou de ano no curso e mudou de dormitório, era um dormitório maior, moderno, entretanto tinha que dividir o banheiro com outra pessoa. Esta pessoa era uma negra, mais como Valéria era alvo de preconceito, ela não ligou muito para isso. Valéria e Alrica (sua companheira de quarto) se tornaram boas amigas.

Até que um dia Valéria começou com uma tosse que não parava o que a fez se consultar com um médico da universidade. Ele era um médico muito legal, bem diferente dos médicos brasileiros. Ele fez o mesmo interrogatório que todos os outros médicos fazem para novos pacientes, no final deste interrogatório ela disse que tinha AIDS. O médico mandou ela trazer uns exames para medir o CD4 e um teste de tuberculose.

O teste de tuberculose não deu em nada, mas os seus CD4 estavam meio baixos, não podiam baixar muito mais que 400. O médico recomendou que ela começasse a tomar AZT, que controla o CD4. Ela se recusou a tomar o remédio.

Ela conheceu um suíço na universidade que era um cara muito legal, que tinha um bom senso de humor, porém ele não sabia que Valéria tinha AIDS, eles gostavam muito de meditar e fazer trilhas em montanhas.

Valéria estava já não estava com muita vontade de continuar nos Estados Unidos, então resolveu ir morar com uma amiga em uma casa alugada. Valéria contou para sua amiga que tinha AIDS, ela nem ligou muito, esta amiga já ia voltar para seu país e Valéria, apesar de ter planos de ver a neve resolveu voltar também.

Valéria estava meio mal quando saiu dos Estados unidos. Quando chegou em casa ela piorou e seus pais resolveram levá-la ao médico, que por sinal era um amigo do doutor que ela não gostava.

Ela ficou internada, tendo vários problemas de saúde causados pela AIDS, a tuberculose que a derrubou, também tinha umas dores nos rins, que depois os médicos descobriram que era tuberculose renal. Seus CD4 também estavam baixos, Valéria até teve que fazer transfusão de sangue.

Depois eles fizeram uma coleta de material de seu rim, logo depois o doutor deu alta para ela. Ela voltou para casa, muito cansada e vomitando tudo que comia à noite ela começou a ir ao banheiro várias vezes seguidas e nem mesmo acendia a luz, a sua mãe estranhou o agito no quarto, viu que Valéria urinava sangue.

E lá foi ela ao hospital de novo, tiveram que fazer nova transfusão porque ela havia perdido muito sangue. Com o tempo ela descobriu que tinha uns “caroços” no seu pescoço, eram os gânglios. Ela teve que fazer uma coleta para examinar esses gânglios mas o resultado não deu nada, é que esses gânglios são comuns em pessoas que têm AIDS.

Com o tempo ela foi melhorando, e reencontrou seus amigos, ela resolveu contar a todos que havia contraído AIDS por causa de uma relação sexual na qual não havia usado camisinha, para que outras pessoas não cometessem o mesmo erro.

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