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sábado, outubro 12, 2024

Fatores Determinantes no Setor Industrial

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
3 JUSTIFICATIVA 
4 ABORDAGEM GERAL DO PROBLEMA 
5 OBJETIVO GERAL 
6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
7 DESENVOLVIMENTO 
8 REVISÃO DE LITERATURA 
9 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
10 RESULTADOS ESPERADOS
11 REFERÊNCIAS

INTRODUÇÃO

O trabalho objetiva mostrar aos leitores, um breve histórico de como se formaram as economias e deseconomias de aglomeração, também chamados de fatores aglomerativos e desaglomerativos, onde determinadas regiões alcançaram grande potencial em receber investimentos, sendo este fator determinante à época.

Passado esse período (economias e deseconomias de aglomeração), estudaremos as políticas governamentais e questões regionais que influenciaram no desenvolvimento de regiões através da industrialização e incremento na Infraestrutura possibilitando um maior desenvolvimento para as mesmas provocando a atração de investimentos.

Conheceremos a visão empresarial direcionada ao período de 1997 a 2008 que identificará a evolução dos investimentos, os fatores determinantes, os indicadores obtidos no período e toda forma utilizada para demonstrar os estímulos e as dificuldades em determinar o grau de investimento.

Iremos regionalizar o estudo, analisar as potencialidades e os gargalos enfrentados pelo setor industrial. Identificaremos as regiões onde se encontram instaladas as indústrias bem como, seu produto e através das potencialidades veremos os fatores determinantes voltado para Mato Grosso do Sul.

Didaticamente faremos uma exposição de fatores e variáveis determinantes para o investimento nas indústrias brasileiras, do ponto de vista interno e externo.

Na análise global, o foco passará a ser a indicação e a demonstração dos fatores determinantes. Com as potencialidades já analisadas, buscaremos o esclarecimento dos empresários na alavancagem do setor industrial no estado de Mato Grosso do Sul.

2 – DELIMITAÇÃO DO TEMA.

Trabalharemos sobre os “Fatores determinantes da atração de investimento no setor industrial” e direcionaremos o tema e o estudo para o estado de Mato Grosso do Sul. Além dos fatores já mencionados, buscaremos outras fontes de pesquisa de modo a consolidar o estudo.

3 – JUSTIFICATIVA.

Com a expectativa de surgimento de novas indústrias no estado, os fatores determinantes devem estar bem embasados e com alto índice de confiabilidade de modo a estimular novos empreendedores a investir no potencial de Mato Grosso do Sul.

4 – ABORDAGEM GERAL DO PROBLEMA.

Apesar da expectativa de abertura de novas indústrias, o fato ainda não está consolidado. Com o advento do “Pré-Sal” poderemos sofrer concorrência nos investimentos? Que determinantes poderiam influenciar na concretização dos mesmos? Qual será o impacto financeiro causado pela copa e as olimpíadas em nosso Estado? Os programas de crescimento em infraestrutura serão mantidos em caso de derrota nas eleições do candidato do governo?

5 – OBJETIVO GERAL.

Apresentar os fatores determinantes e disponibilizar aos empresários a viabilidade de investimentos no estado de Mato Grosso do Sul.

6 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS.

1º – Mostrar a incidência de fatores aglomerativos e desaglomerativos nas regiões.
2º – Descrever as potencialidades e os gargalos no que se refere a implantação de novas indústrias no estado.

7 – DESENVOLVIMENTO

Seção 1 – Cidades Médias Brasileiras: Características e Dinâmicas Urbano-Industriais.

De acordo com o texto, existe uma tendência à concentração espacial da indústria. Isso ocorre devido às economias de aglomeração. Entretanto, à medida que ocorre o processo de concentração, existe a percepção das deseconomias de aglomeração. À medida que o fenômeno se manifesta, notam-se o surgimento de novos centros urbanos potenciais para receberem investimentos e fluxo populacional causados pelas economias e pouca incidência das deseconomias de aglomeração.

Recordando o processo de desenvolvimento no Brasil, podemos verificar o fenômeno ocorrido na década de 1970 na área metropolitana de São Paulo.

Para Diniz (1993), uma segunda etapa de reconcentração industrial ocorreu no polígono geográfico delimitado por Belo Horizonte – Uberlândia – Londrina/Maringá – Porto Alegre – Florianópolis – São José dos Campos – Belo Horizonte.

Essa movimentação causada pelos fatores aglomerativos e desaglomerativos urbanos constituíram características nos aspectos gerais da estrutura de demanda e oferta de fatores das cidades, como poder de compra, nível de pobreza e capacitação da força de trabalho, e ainda em aspectos específicos de capacitação produtiva, como grau de industrialização, oferta de serviços produtivos, escala de tamanho das empresas e especialização produtiva industrial.

A espacialização desses fatores origina a teoria da localização que define as forças que agem no sentido de concentrar as atividades econômicas e outras que agem em sentido contrário, de dispersá-las no espaço.

Para Weber (1929), três fatores locacionais influenciam a escolha da região onde se efetivará o empreendimento:

1 – Custo de transporte.
2 – Forças de aglomeração.
3 – Forças de desaglomeração.

Diniz (1983) cita que o custo de transporte (específico para o caso brasileiro) vem perdendo importância relativo a localização industrial portanto os fatores aglomerativos e desaglomerativos passa a explicar a localização da atividade econômica.

Além dos fatores citados temos o trabalho de Losch (1954) onde mostra que o produtor apresenta economias de escala no momento em que aumenta a capacidade de produção, e que a região de produção central se forma porque nele existe aglomeração de fatores que levam ganhos de escala.

A contextualização tem a finalidade de mostrar as variáveis utilizadas no estudo e explicar as polarizações ocorridas em cidades da região Sul e Sudeste.

Essas polarizações podem vir a ser fatores decisórios no investimento, dando as regiões grandes oportunidades de crescimento com o processo de forças de aglomeração citadas, promovendo o desenvolvimento urbano e regional a partir de uma cidade pólo.

2 – A questão regional e as políticas governamentais no Brasil.

No pós-guerra, a questão do desenvolvimento econômico foi tema central de governos e de instituições de coordenação econômica no mundo capitalista. Foram desenvolvidas diversas políticas de desenvolvimento econômico tais como desconcentração industrial na Inglaterra, planos de distribuição territorial e pólos de desenvolvimento na França, etc…

Para CEPAL, na América Latina, baseado no conceito de “centro e periferia”, o atraso relativo da Região decorria das relações de troca onde o “centro” exportava bens industrializados se beneficiava com relação à “periferia” que exportava bens primários cujos preços não subiam com o aumento da demanda e sempre caíam quando a demanda reduzia.

Esse processo, segundo a CEPAL, criou um processo de deteriorização das relações de troca com a “periferia”. A saída proposta era a industrialização. (CEPAL, 1950: Prebish, 1950).

As experiências de industrialização substitutiva de importações enfatizaram a importância dos planos de desenvolvimento nacionais com ênfase na industrialização e na construção de infraestrutura.

No Brasil, ocorreram a criação da Comissão do Vale do São Francisco (CVSF) e da Cia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), na década de 1940 posteriormente criação da SUDENE e da SUDAM.

O Nordeste brasileiro recebeu toda essa atenção como forma de compensação já que vinha ocorrendo fato semelhante ao processo de troca existente entre “centro e periferia”, sendo “centro” a região Centro-Sul e a “periferia” o Nordeste brasileiro onde ocorreram casos de verdadeira pobreza na população da região por conta da incapacidade do Nordeste ampliar suas exportações com consequente aumento de renda para a região Centro-Sul do Brasil.

Analisaremos no tópico, a importância das políticas governamentais em que o incentivo fiscal, fator importante, alavancou, em algumas regiões, o crescimento do investimento em infraestrutura física e social.

Com a recriação da SUDECO, buscaremos o estudo no aspecto industrialização para a região onde mostraremos que através de políticas bem desenvolvidas, poderemos nos tornar pólo de investimentos seguros.

3 – Investimento na Indústria Brasileira. 1998 – 2002.

Segundo a pesquisa, no triênio 1998/2000, o valor total dos projetos de investimento representava, em média, 6,9% do faturamento das empresas amostradas. Para o biênio 2001/2002, indicavam crescimento para 8,6% de investimentos.

A mudança quantitativa no investimento industrial é outro aspecto relevante a ser citado visto um expressivo aumento na participação de projeto com o objetivo de aumento de plantas existentes, abertura de novas plantas e criação de novos produtos.

Um grande entrave registrado foi à disponibilidade de financiamento para a grande maioria das empresas industriais brasileiras. Mais de 70% dos investimentos realizados na época foram realizados com recursos próprios inviabilizando maiores projetos. A deficiência do sistema financeiro privado no que se refere à provisão de fundos para investimento também é um entrave a ser destacado uma vez que, geralmente, são financiamentos de curto prazo.

A diversificação espacial dos investimentos diretos estiveram ligados aos benefícios fiscais estaduais, a proximidade do mercado consumidor, o acesso a matérias primas, e estes foram os principais fatores determinantes do processo.

Por fim, os requisitos de competitividade e as condições de mercado estiveram entre os principais fatores favoráveis à decisão de investir.

Nossa proposta será identificar os principais fatores e mostrar, estatisticamente, a evolução dos empreendimentos aqui realizados bem como as projeções de crescimento.

4 – A Infraestrutura e o crescimento industrial de Mato Grosso do Sul.

Através do estudo realizado pelo autor, poderemos conhecer as potencialidades e gargalos enfrentados pelos empresários e identificar a melhor forma de contornar os estrangulamentos e maximizar as potencialidades.

Segundo o estudo, Mato Grosso do Sul tem grande potencial de produção de minério de ferro, produção de madeira, produção de carnes, grãos, biocombustíveis, etc…

As condições climáticas, as regularidades pluviométricas, a topografia, técnicas empregadas são fatores importantes a serem consideradas, pois favorece o retorno do investimento minimizando os riscos no empreendimento.

A logística como gargalo deve ser trabalhada como prioridade pois possibilitaria menor custo de produção, melhor qualidade do produto o que nos colocaria em condições de maior competitividade no mercado nacional.

Estudos demonstram totais condições na atração de diversas indústrias pelos fatores naturais citados promovendo desenvolvimento harmônico e sustentável no estado.

O maior desafio será efetuar um levantamento, um mapeamento das potencialidades, dos gargalos e procurar soluções, alternativas para os entraves e evidenciar as potencialidades de modo a possibilitar investimentos no estado.

5 – Os determinantes do investimento das firmas industriais.

Decisão de investir. Observaremos através do texto, que diversas variáveis são determinantes para a tomada decisão do investidor.

Melo e Rodrigues Jr. (1998) desenvolveram estudo mostrando variáveis como: a) taxa real de juros, b) produto interno bruto, c) investimentos do governo, d) taxa de inflação. Importante frisar que são indicadores explicativos e significativos para o investimento.

Frischtak e Cavalcanti (2005) mostram outros determinantes como: a) nível de utilização da capacidade de instalação, b) o preço corrente dos produtos do setor em relação ao dos bens de capital, c) o investimento realizado na firma no período anterior.

Kalecki (1971, cap 10) constrói os determinantes de investimento privado ao princípio de demanda efetiva que envolve relações intersetoriais da economia. Em dado período, determinadas por certos fatores operantes, são seguidas pelo investimento efetivo com defasagens. Isso é devido ao período de construção de novos bens de capital, porém essa defasagem reflete fatores como reação empresarial.

Kalecki considera três grandes grupos de mudanças que influenciam nos investimentos: a) acumulação de capital bruto pelas firmas fora dos lucros correntes, b) mudanças nos lucros, c) mudanças no estoque de bens de capital fixo.

Podemos observar diversos fatores que contribuem para a decisão em investir. Completando o estudo, pesquisaremos os diversos fatores / variáveis com a finalidade de apresentar a forma mais adequada de investimento na região.

8 – REVISÃO DA LITERATURA

Nosso trabalho estará voltado para identificarmos os fatores determinantes de atração de investimentos no setor industrial onde teremos como foco, o estado de Mato Grosso do Sul.

Fez-se necessário conhecermos alguns dos fatores e, através das leituras dos artigos já publicados (ver referências), poderemos formatar alguns deles que podem vir a ser aplicados no trabalho adequando a realidade do estado sendo fonte de informações para futuros empreendimentos.

Diversas definições foram citadas nos artigos e, compartilhando com as informações dos autores dos textos, teremos nossa conclusão sobre os fatores de atração que podem vir a ser o diferencial no investimento visto estarmos vinculando-os ao estudo das melhores regiões no estado para aplicação do recurso.

Incentivos fiscais, fatores aglomerativos, mão-de-obra, taxa de crescimento da região, políticas governamentais, condições climáticas e topografia são alguns dos fatores que constarão no estudo favorecendo a percepção das potencialidades do estado.

Conheceremos também gargalos que minimizam os investimentos porém buscaremos informações sobre o que está sendo feito para atenuar os riscos de se investir em Mato Grosso do Sul.

9 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A consolidação do trabalho se dará pela utilização de matérias já editadas como monografias, artigos, publicações onde constam levantamentos através de métodos estatísticos e definições didáticas de vários autores.

Na próxima fase buscaremos revistas especializadas, sites na internet, levantamentos estatísticos, entrevistas e consultas para uma maior confiabilidade no trabalho e também apontar quais fatores de atração foram determinantes para a decisão de investir em Mato Grosso do Sul.

10 – RESULTADOS ESPERADOS.

Mapear as potencialidades do estado. Demonstrar cientificamente a interação entre os fatores determinantes estudados para possibilitar o investimento. Proporcionar segurança ao investidor que mesmo com as incertezas demonstradas na abordagem geral do problema, é possível obter crescimento com harmonia, sustentabilidade e consolidar posição em Mato Grosso do Sul.

11 – REFERÊNCIAS

• Revista Pesquisa e Planejamento Econômico | PPE | v.33 | n.1 | abr 2003.

Dissertação de mestrado, com bolsa concedida pelo CAPES.

– Cidades Médias Brasileiras: Características e Dinâmicas Urbano Industriais.

Lemos, Mauro Borges – Professor de Cedeplar / UFMG

Pereira, Fabiano Maia – Da Secretaria do Tesouro Nacional

• Centro de Desenvolvimento de Planejamento Regional – CEDEPLAR

Texto para discussão nº 159.

– A questão regional e as políticas governamentais no Brasil.

Diniz, Clélio Campolina – Professor titular do Departamento de Economia e diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Minas Gerais.

• Publicação da Confederação Nacional da Indústria – CNI.

– Investimentos na Indústria Brasileira: 1998 – 2002.

CNI; CEPAL – Brasília, 2001 – 103 p.

• Artigo: A Infraestrutura e o crescimento industrial do Mato Grosso do Sul.

Lázaro, Benedito Mário – Engenheiro agrônomo – Diretor executivo da Associação Sul-matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas – REFLORE-MS. 2003 a 2005 – Superintendente de Agricultura e Pecuária de MS – SEPROTUR.

• Publicação: As empresas brasileiras e o comércio internacional.

– Os determinantes do investimento das firmas industriais brasileiras – cap. 8.

Bahia, Luiz Dias – Pesquisador do IPEA.

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