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quarta-feira, julho 24, 2024

GANGRENA

A Gangrena é um grave processo de degenerescência que termina na necrose (morte) de tecidos orgânicos, como consequência da ação de variados factores (contusões, fracturas, geladura, arteriopatias, etc…) que comprometem gravemente o estado de vitalidade de uma zona do corpo, geralmente por insuficiência da irrigação sanguínea e, mais raramente, devido a lesões dos troncos nervosos.

São, pois, causas de gangrena todas as situações patológicas que provoquem uma interrupção ou uma redução acentuada do fluxo arterial numa zona do corpo (arteriopatias obliterantes de natureza diversa, tromboses ou embolias, oclusão ou ruptura traumática de troncos arteriais) ou uma profunda alteração da realização das funções vitais das células como resultado de uma regulação nervosa incongruente (nevrites, radiculites, doenças prolongadas da medula espinhal).

A gangrena dos tecidos é, desta forma, um fenómeno final de alterações progressivas que podem surgir, quer em órgãos internos (pulmões, apêndice, vesícula biliar, intestino), quer, mais frequentemente, nos membros e que, segundo a situação clínica e a eventual concomitância de infecção, pode assumir diferentes aspectos.

Com efeito, distinguem-se vários tipos de gangrena: a seca, a húmida e a gasosa, detectáveis a olho nu quando o processo se localiza num dos membros.

As formas seca e húmida estão relacionadas com a humidade presente no ar, que permite uma maior ou menor evaporação da serosidade produzida, mas também, e sobretudo, com a quantidade de líquido intersticial, dependente da circulação local.

Pelo contrário, para que ocorra a gangrena gasosa, é necessário a presença de determinados germes anaeróbios, que se desenvolveram na ausência do ar e que, nas suas funções vitais, produzem gases que detectam à palpação porque evidenciam uma crepitação característica.

A gangrena é, sem dúvida, uma situação grave em que é necessário intervir drasticamente, a maior parte das vezes mediante a extirpação cirúrgica imediata da parte lesada e terapêutica antibiótica controlada com o fim de limitar e circunscrever a acção bacteriana à região já irrecuperável.

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