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segunda-feira, outubro 14, 2024

Principais Filósofos – Vai cair no Enem!

1. René Descartes (1596 – 1650)

Descartes foi um filósofo e matemático francês. Ele nasceu em 31 de março de 1596 e viveu até 11 fevereiro de 1650.

Conhecido como o pai da Filosofia Moderna, uma de suas obras mais famosas foi “Discurso sobre o Método”. René Descartes, um da lista dos filósofos  famosos ,era conhecido por seu ceticismo, tanto que foi o autor da frase “penso, logo existo”.

Nas últimas 5 edições do Enem, o filósofo apareceu 4 vezes – uma em 2016, outra em 2014, outra em 2013 e em 2012. Por isso, fique muito atento e revise as principais teorias do autor.

(ENEM 2016) Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da:

a) investigação de natureza empírica.
b) retomada da tradição intelectual.
c) imposição de valores ortodoxos.
d) autonomia do sujeito pensante.
e) liberdade do agente moral.

Resolução

Descartes vive um momento de transição, em que a razão e o raciocínio estão muito presentes. O sujeito precisa usar sua própria mente. Antes de Descartes, na Idade Média, o conhecimento era centralizado. A partir do liberalismo o conhecimento e o raciocínio podem ser comuns.

Lembre-se que Descarte formulou a máxima:

“Penso, logo existo”

Só essa máxima já nos permite ver o grau de importância dada à autonomia do sujeito pensante.

Resumo método da dúvida cartesiana – método dedutivo 

A dúvida cartesiana também é conhecida como ceticismo cartesiano, dúvida metódica, ceticismo metodológico, Dúvida Universal ou dúvida hiperbólica.

A dúvida cartesiana é um processo sistemático de ser cético (ou duvidar) sobre as crenças de alguém, que se tornou um método característico na filosofia.

Este método de dúvida foi amplamente divulgado na filosofia ocidental por René Descartes, que procurou duvidar da verdade de todas as suas crenças, a fim de determinar quais as crenças que ele poderia estar certo serem verdadeiras.

A dúvida cartesiana é metodológica. Seu objetivo é usar a dúvida como uma rota para um certo conhecimento, encontrando aquelas coisas que não poderiam ser dúvidas. A falibilidade dos dados sensoriais em particular é um assunto de dúvida cartesiana.

Existem várias interpretações quanto ao objetivo do ceticismo de Descartes. Entre estes destaque é um relato fundacionalista que afirma que o ceticismo de Descartes visa eliminar todas as crenças de que é possível duvidar, deixando apenas Descartes com crenças básicas (também conhecidas como crenças fundamentais).

A partir dessas crenças básicas indubitáveis, Descartes tenta obter mais conhecimento.

Passo a passo do método da dúvida hiperbólica de Descartes:

  1. aceitar apenas informações que você conhece serem verdadeiras
  2. quebrar essas verdades em unidades menores
  3. resolver os problemas simples primeiro
  4. fazer listas completas de outros problemas

O conhecimento, no sentido cartesiano, significa conhecer algo além não de qualquer dúvida, mas além de todas as dúvidas possíveis.

LETRA D

2. Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.)

Outro pensador que costuma cair com bastante no Enem é o filósofo Aristóteles – ele apareceu 3 vezes nos últimos 5 anos (2014, 2013 e 2012). Ele nasceu na Macedônia em 384 a.C., foi discípulo de Platão, tornou-se tutor de Alexandre Magno e faleceu em 322 a.C.

 

Um dos pensamentos mais importantes do filósofo foi o conceito de Metafísica. Para Aristóteles, existem dois mundos: o mundo sensível e o mundo metafísico (onde você va encontrar a origem de todas as coisas).

(ENEM 2013) A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.

Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:

a) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
b) plenitude espiritual e ascese pessoal.
c) finalidade das ações e condutas humanas.
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.

Ora, qualquer um que já tenha lido pelo menos o começo do tratado “A Política” ou da “Ética a Nicômaco” certamente está farto de saber que o interesse de toda filosofia prática de Aristóteles é teleológico, ou seja, pergunta pelo fim (finalidade) das ações e condutas humanas.

Segundo Aristóteles, a felicidade está ligada à virtude intelectual, o bem maior, sendo necessário, para alcançá-la, levar uma vida prazerosa, política e filosófica. Trata-se de um bem perfeito alcançado no agir, objetivando o que todos desejam.

LETRA C

3. Friedrich Nietzsche (1844 – 1900)

Nietzsche é um pensador que vem aparecendo frequentemente no Enem. Nos últimos 5 anos, ele caiu tanto em 2016 quanto em  2015. O filósofo alemão nasceu em 15 de outubro de 1844 e viveu até 25 de agosto de 1900.

Friedrich Nietzsche fez grandes críticas ao pensamento clássico de Platão e Sócrates, principalmente em relação ao mundo das ideias. O intelectual alemão defendeu que a “verdade”, como conceito, não existe.

(ENEM 2015)  A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas, em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.

O que, de acordo com Nietzche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais.
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

Resolução:

Veja o começo do texto de Nietzche: “A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda”. Em seguida ele mostra a ideia da água como matriz de todas as coisas, e explica a razão desse pensamento estar correto. Ou seja, ele mostra que o início da filosofia grega se deu com a necessidade de buscar a causa primeira das coisas, principalmente sem usar mitologia ou ideias religiosas.

Letra C

4. Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)

Maquiavel foi um filósofo, historiador e político italiano durante o período conhecido como Renascimento. Ele nasceu em Florença em 3 de maio de 1469 e morreu em 21 de junho de 1527.

Sua obra mais famosa chama-se “O Príncipe” e foi escrita em 1513 (porém, sua publicação só aconteceu depois de sua morte, em 1532). Maquiavel defendia que é melhor um governante ser temido do que amado por seu povo. No livro, o autor mostra como um príncipe deveria agir diante de seus subordinados.

No Enem, Maquiavel caiu duas vezes durante as últimas 5 edições – uma em 2013 e outra em 2012. 

(ENEM 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao

a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.

Resolução:

O texto extraído da obra “O Príncipe”, de Maquiavel, refletindo sobre o exercício do poder em seu tempo, apresentou a relação existente entre o pensamento político e o humanismo próprio do renascentismo. Assim, afirma a confiança na razão autônoma quando aborda a questão do livre-arbítrio. A sorte não pode decidir sozinha nossos atos, deve ser corroborada pela razão

O que o autor quis falar nesse trecho é que a confiança na razão autônoma é um dos fundamentos da ação humana no mundo.

Maquiavel, enquanto acredita que uma parte dos acontecimentos em nossas vidas vem ao acaso, ele também acredita e afirma que possui confiança na própria razão humana como força de mudança, independentemente dos valores religiosos e relacionados a sorte.

LETRA C

5. Immanuel Kant (1724 – 1804)

Assim como Maquiavel, Kant também marcou presença duas vezes durante esse período no Enem – em 2013 e 2012. O filósofo alemão nasceu em 23 de abril de 1724 e faleceu em 12 de fevereiro de 1804.

Kant era muito interessado em estudar temas como a epistemologia, moral e limites da razão. Uma de suas principais obras foi “Crítica a Razão Pura”, de 1781. Para ele, nós trazemos conceitos que não são originados apenas pelas nossas experiências.

(ENEM 2013) Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafisica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que:

a) Assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) Defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) Revelam a relação de interdependência os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) Apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
e) Refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.

Resolução:

A questão fala sobre duas formas de interpretação do conhecimento, a tradicional – em que existe uma primazia dos objetos em relação as ideias e a proposta pelo filósofo alemão Imannuel Kant – primazia das ideias em detrimento dos objetos.
No livro Crítica da Razão Pura, o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), faz uma crítica à real natureza do conhecimento. Acreditava que em uma primazia das ideias sobre os objetos para a produção do conhecimento, como é demonstrado no texto.

LETRA A

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