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quinta-feira, abril 18, 2024

PSICOMOTRICIDADE

Procedimento:

Devido a uma indisponibilidade por parte da escola, optamos dar continuidade ao estudo de caso na residência de uma das investigadoras sob o consentimento e apoio dos responsáveis da criança.

Nosso encontro foi alegre e receptivo, pois nos dedicamos ao máximo para que a mudança de ambiente não influenciasse o desenvolvimento do estudo de caso, antes de iniciarmos a avaliação exploramos o espaço onde iríamos realizar as atividades para que a criança se familiarizasse com o mesmo. Ela se mostrou tímida, mas este comportamento não se justifica pela mudança de ambiente, pois o mesmo já foi apresentado em outros encontros. Sanadas todas as dúvidas e explicações partimos para a avaliação propriamente dita.

Explicamos a ela que naquele dia faria algumas atividades físicas, parecidas com atividades das aulas de educação física. Pedimos a ela que nos contasse o que costumava fazer nas aulas de educação física, com suas informações contextualizamos as atividades a serem realizadas. Novamente demos ênfase que não existia certo ou errado, o importante era a realização bem como sua participação nas atividades.

Condutas adquiridas

A) Coordenação global

Andar- dissociação dos membros

Correr – dissociação dos membros

Observação: andou com precisão harmonia dos movimentos, com controle do ritmo das passadas a distância sem desequilibro e com postura ereta. Não houve perturbação na coordenação dos movimentos, ou seja, movimentos de forma voluntária. E a execução foi de forma independente, sem mexer outras partes do corpo.

B) Coordenação fina

Diadococinesia – não executa

Pianotagem – executa

Coordenação óculo-manual – executa

Observação: não executou os movimentos alternados em sucessão rápida e de modo particular sem sincronização bilateral com rotação dos punhos.

A pianotagem deu seqüência pelo dedo mínimo, anular, médio, indicador e polegar, voltando à seqüência na inversa houve ritmo porque ficou atenta aos movimentos para não errar, as expressões no rosto foram de tranqüilidade porque acompanhou os movimentos com atenção e descontração. A amplitude dos movimentos foram pequenos e lentos a mão que executou melhor foi à direita.

Não houve movimentos voluntários. E executou os movimentos alternados das pontas dos dedos com vigilância visual excessiva sem sinais de inibição não saltando os dedos. No desenho representou ela sentada na frente do piano tocando com as duas mãos no teclado, no centro da folha inferior.

C) Equilíbrio estático

Imobilidade – pouca mobilidade

Um pé só de olhos fechados – procura apoio dos braços

Observação: dificuldade de equilíbrio com os olhos fechados, rigidez corporal, contrações dos músculos e tendões, tensões dos punhos e dos dedos, não flexionou os ombros, bloqueio respiratório e desvios de simetria. Os pés unidos, joelhos para frente, tronco ereto, braços e os dedos das mãos semi-flexionados. As mímicas faciais com gesticulação com a boca. Não houve movimentos involuntários. Nos movimentos apresentou instabilidades, oscilações, reequilibração abruptas e ansiedade.

D) Equilíbrio dinâmico

Saltar com um pé só – escolha do lado esquerdo – cai com as pontas dos pés

Saltar com os pés juntos- rapidez – cai com as pontas dos pés – participação dos braços- sincinesias

Observação: ao executar a atividade teve o domínio do equilíbrio dinâmico com desvios de direção depois que fechou os olhos. Sem reequilibrações, tremores e movimentos involuntários. Os saltos com um dos pés e com os dois juntos não houve discrepâncias nos saltos tanto com os olhos abertos como fechados.

Ao pular não apresentou dificuldades nos movimentos e na postura do corporal, sem bloqueios, alteração do ritmo e pressão no solo com o apoio plantar e poucas pausas. As expressões faciais foram de risos

E) Esquema corporal

Conhece as partes do corpo

Desenho da figura humana – boa qualidade do traçado e estruturação do desenho. (anexo1)

Observação: representou a figura humana à imagem mental colocando todas as partes do corpo cabeça, tronco e membros, mas na cabeça faltaram as orelhas, no tronco o pescoço e ombro, nos membros as mãos, pés e dedos. A pressão do lápis é leve com controle da mão sem crispações de punho e dedos e sem morder a língua ou franzir a testa enquanto desenhou.

F) Lateralidade

Aponta partes e lado do próprio corpo apresenta dificuldade

Indica partes e lado do corpo de outra pessoa apresenta dificuldade

Observação: não apresentou dificuldades na estabilidade corporal com os olhos fechados e nomeou todas as partes do corpo. No reconhecimento de direita e esquerda, a lateralidade no conhecimento do corpo em termos simbólicos apresentou dificuldade.

G) Orientação espacial

Responde a posição no espaço

Responde a relação perto/longe

Responde a noção de tamanho
(anexo 2)

H) Orientação temporal

Conhece noção de antes e depois

Observação: reconheceu todas as imagens do quadro apresentado com noção de tempo e espaço. A organização funcional da lateralização e da noção do corpo teve dificuldade.

I) Linguagem

Ditado – acréscimos

Leitura – dificuldades

Observação: dificuldade na escrita e leitura. Na escrita, confundiu a orientação das letras, não respeitando a ordem das letras na palavras e das palavras na frase, respeita a direção da escrita da esquerda para a direita, ou mesmo, a direção horizontal do traçado, assim como os limites da folha.

Omitiu, inverteu, trocou, substituiu, acrescentou letras. Na leitura, conseguiu locomover os olhos no sentido esquerdo-direito, sem pular linhas, com problemas de pronúncia e má concordância verbal. Está em processo de alfabetização e não freqüentou a pré-escola.

Conclusão:

Analisando os resultados num contexto geral consideramos o desenvolvimento psicomotor da criança adequado a sua faixa etária. Vale ressaltar que os resultados obtidos vão ao encontro de comentários da professora onde a mesma também não percebe dificuldades ou deficiência no desenvolvimento psicomotor da aluna.

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