20.2 C
Sorocaba
sábado, maio 4, 2024

Vidas Secas de Graciliano Ramos

O Romance Vidas Secas do autor Graciliano Ramos constitui e colabora muito para nosso estudo sobre diversas formas, de interpretarmos o nordestino. O escritor sempre preocupado com o aspecto social fez parte da geração de 30 com diversos escritores preocupados também com essa questão “social” de analisar o homem.

Observando o Romance dividido em 13 capítulos com seus personagens centrais: Sinhá Vitória, Fabiano, Menino Mais Novo, Menino Mais Velho e Baleia, notamos a existência da falta de comunicação e linguagem por parte da família, que se torna um processo constante de grunhidos, gestos e vários monólogos como a melhor atitude de expressão em busca de uma colocação existencial como seres humanos, que na verdade ocorriam falsas esperanças porque não se sentiam pessoas e sim bichos, vivendo em constante desentendimento sem um entender o outro, com o narrador onisciente integrando-se ao leitor através da tradução verbal, no contexto em que se encontram as personagens, sem metas de vida e fugindo da seca e desgraça.

Estas, vivendo no plano social e existencial, levando em consideração o seu psicológico nos mostrando a verdadeira realidade da região do Nordeste, onde muitos tentam a vida na sorte e muitos não conseguem se integrar na sociedade por não terem diálogos e boa comunicação na forma de se expressar pela língua; tornando-se uma verdadeira critica social a nós, o escritor no Romance demonstra claramente que o Nordeste continuará a mandar pelo Brasil principalmente, a cidades grandes: Muitos homens bichos, pessoas brutas e fortes.

Biografia:

Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico “Infância”, assim se referia a seus pais: “Um homem sério, de testa larga (…), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (…), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura”.

Outros trabalhos relacionados

VIAGENS NA MINHA TERRA – Almeida Garret

VIAGENS NA MINHA TERRA - Almeida Garret Ação principal: O autor resolve fazer uma viagem de Lisboa a Santarém de comboio, com a intenção de...

Cidades Mortas – Monteiro Lobato

Cidades Mortas - Monteiro Lobato Publicado em 1919, pela Revista do Brasil, este segundo livro de Lobato levava o subtítulo " Contos e Impressões "...

LINGUAGEM E ESCOLA

Em “Linguagem e escola - Uma perspectiva social”, Magda Soares deixa claro o objetivo do seu trabalho, que pretende analisar e criticar as relações...

COMO E PORQUE SOU ROMANCISTA – José de Alencar

COMO E PORQUE SOU ROMANCISTA - José de Alencar APRESENTAÇÃO “Como e Porque Sou Romancista” é a autobiografia intelectual de José de Alencar, importante para o...