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quinta-feira, abril 18, 2024

Folhas Caídas – João Baptista D’Almeida Leitão da S

Folhas Caídas – João Baptista D’Almeida Leitão da S

Folhas Caídas- João Baptista D’Almeida Leitão da Silva Garret

São poemas já libertos do comedimento arcádico. Inspirados na tempestuosa e tardia paixão de Garrett pela Viscondessa da Luz, marcam-se pela intensidade emocional, pelo amor sensual, irresistível, real e vivido.

Este inferno de amar
Este Inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama me alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói –
Como é que se veio a atear,
Quando-ai quando se há ela de apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado…

O poema enfoca os efeitos contraditórios do amor. O sistema ternário, as frases curtas, reticentes e interrogativas sugerem bem um estado de alma em que se confundem o prazer e a dor de amar.

Barca bela

Pescador da barca bela.
Onde vais pescar com ela,
Que é tão bela.
Ó pescador?….

Observações
O poema tem tem o ritmo das barcarolas medievais: as estrofes são monórrimas (rima única – ELA), formadas por um dístico em redondilha maior e outro, que contém o refrão, sob a forma de um vocativo (“Ó pescador”), cujos dois versos curtos, juntos, formam um terceiro verso de 7 sílabas.

Não te amo

Não te amo, quero-te; o amar vem d’alma
Eu e n’alma – tenho a calma
A calma- do jazigo.
Ai ! não te amo , não

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