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quarta-feira, abril 17, 2024

Ginástica Olímpica

Autoria: Arthur Rozas de Siqueira

“A Ginástica é um esporte tanto emocionante quanto belo, que não requer somente coragem de seus adeptos como também graça e domínio do corpo.”

Frase retirada do livro “O Prazer da Ginástica”.

A Ginástica Olímpica é um conjunto de exercícios corporais sistematizados, aplicados com fins competitivos, em que se conjugam a força, a agilidade e a elasticidade. O termo ginástica origina-se do grego gymnádzein, que significa “treinar” e, em sentido literal, “exercitar-se nu”, a forma como os gregos praticavam os exercícios.

História

Foi na Grécia que a ginástica alcançou um lugar de destaque na sociedade, tornando-se uma atividade de fundamental importância no desenvolvimento cultural do indivíduo. Exercícios físicos eram motivo de competição entre os gregos, prática que caiu em desuso com o domínio dos romanos, mais afeitos aos espetáculos mortais entre homens e feras. Durante a sangrenta Idade Média, houve um desinteresse total pela ginástica como competição e o seu aproveitamento esportivo ressurgiu na Europa apenas no início do século XVIII. Foram então criadas as escolas alemã (caracterizada por movimentos lentos e rítmicos) e sueca (à base de aparelhos). Elas influenciaram o desenvolvimento do esporte, em especial o sistema de exercícios físicos idealizado por Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o Turnkunst, matriz essencial da ginástica olímpica hoje praticada.

Modalidades

A ginástica olímpica baseia-se na evolução técnica de diversos exercícios físicos. Para os homens, as provas são: barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, salto sobre o cavalo , argolas e solo. As mulheres disputam exercícios de solo (com fundo musical), salto sobre cavalo (de 1,10 m de altura, na horizontal), barras assimétricas (de 2,30 m e 1,50 m de altura), e trave de equilíbrio (de 10 cm de largura e 5 metros de comprimento).

Julgamento e Pontuação

Os exercícios de cada ginasta são julgados e pontuados por um júri. Existem os elementos obrigatórios em cada aparelho, que todos os ginastas devem praticar ou perderão pontos. O ginasta deve acrescentar outros elementos para obter pontos extras. Todos os exercícios tem um valor inicial, que para os homens é 8.6 e para as mulheres 9.0. Isto quer dizer que se o ginasta não acrescentar elementos que valem bônus, seu exercício poderá obter no máximo essas notas, mesmo que sejam executados perfeitamente. O valor de cada elemento e os movimentos obrigatórios de cada aparelho estão no “Código de Pontos” desenvolvido pela FIG. Este código muda a cada quatro anos, após as Olímpiadas, tornando-se mais elaborado. Os juízes procuram erros de postura, de execução, dentre outros, para deduzir da valor inicial do atleta.

GINÁSTICA OLÍMPICA MASCULINA

Os homens competem em seis aparelhos – salto sobre o cavalo, barras paralelas, cavalo com alças, barra fixa, solo e argolas. A nota inicial das séries masculinas é 8.6. Para atingir a nota máxima de partida – 10 pontos – os ginastas devem executar, além dos movimentos obrigatórios, elementos extras que bonificam suas rotinas.

I – SOLO

O exercício de solo para homens dura entre 50 e 70 segundos e ao contrário do feminino não é acompanhado de música.

II – CAVALO COM ALÇAS

Está a 1,05 metro do solo e tem 1,60 metro de comprimento. O ginasta deve executar movimentos contínuos de círculos e tesouras. Somente as mãos devem tocar o aparelho.

III – ARGOLAS

Estão a 2,55 metros do solo. Durante a apresentação o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado numa posição vertical ou horizontal em relação ao solo. As argolas devem sempre permanecer paradas.

IV – SALTO SOBRE CAVALO

O cavalo está a 1,35 metro do solo. O ginasta deve comunicar aos árbitros qual salto irá realizar para que se possa atribuir a nota de partida..

V – BARRAS PARALELAS

Estão a 1,75 metro do solo. Durante a apresentação o ginasta deve executar um movimento em que ambas as mãos não estejam em contato com o aparelho.

V – BARRA FIXA

Está a 2,55 metros de altura. Durante a execução da prova o atleta deverá manter-se durante em movimento realizando movimentos como mortais e saltos encarpados.

GINÁSTICA OLÍMPICA FEMININA

A Ginástica Olímpica Feminina, modalidade constituída por quatro aparelhos, ou provas, onde as ginastas apresentam-se na ordem olímpica.

I – SALTO SOBRE O CAVALO

Todos os saltos devem ser realizados com repulsão de ambas as mãos sobre o cavalo. A distância da corrida pode ser determinada individualmente. No limite máximo de 25 mts.

A chegada no trampolim deve ser com os dois pés e pode ser:
da corrida de aproximação ou de um elemento.

São permitidas 3 ( três ) corridas de aproximação, desde que a ginasta não tenha tocado o trampolim e ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida.

Os saltos encontram-se classificados em quatro grandes grupos, onde os valores variam de 8 a 10.00 pts.

II – BARRAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS

A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim, ou colchões.
O exercício deve ser composto de elementos de diferentes grupos. As partes de dificuldade A – B – C – D e E devem representar uma variedade dos seguintes grupos de elementos:

Dos grupos estruturais devem ser executados elementos com giros sobre o eixo longitudinal (piruetas) e transversal (mortais), trocas de tomadas e elementos com vôo.

III – TRAVE DE EQUILÍBRIO

A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim até a saída nos colchões.

A duração do exercício na trave de equilíbrio não poder ser menor de 1 minuto e 10 segundos, nem maior que 1 minuto e trinta segundos.

Durante o exercício devem ser criados pontos altos e dinâmicos com:

A. Elementos acrobáticos e ginásticos de diferentes grupos.
B. Variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos, para frente, lado e para trás.
C. Mudança do trabalho próximo e afastado da trave.

IV – SOLO

A avaliação do exercício começa com o primeiro ginástico ou acrobático da
ginasta. A duração do exercício de solo não pode ser menor que 1 minuto e 10 segundos nem maior que 1 minuto e trinta segundos.

O acompanhamento musical pode ser orquestrado, piano ou outro instrumento sem canto.

Ultrapassar a área de solo ( 12 m x 12 m ) significa tocar o solo com qualquer parte do corpo, fora da linha demarcatória, a cada ultrapassagem existe uma dedução

As partes de valor ( dificuldade ) A – B – C – D e E devem pertencer aos seguintes grupos de elementos:

Elementos acrobáticos com ou sem fase de vôo para frente ou para o lado e para trás.

Elementos ginásticos, tais como: giros, saltos, combinações de passos e corridas e ondas corporais

COMPETIÇÃO E PONTUAÇÃO

As categorias em que se compete são:

a) Pré infantil (6 anos)
b) Infantil (7 e 8 anos)
c) Infantil A (9 e 10 anos)
d) Infantil B (11 e 12 anos)
e) Juvenil (13 a 15 anos)
f) Maiores (16 anos adiante).

Existe uma segunda classificação por níveis ( classificados por letras ) que determina o nível de dificuldade dos exercícios e os aparelhos :

a) Escolinha (somente metropolitano)
b) D (solo exercícios de solo e salto obrigatórios)
c) C2 (se compete em quatro aparelhos)
d) C1 (os exercícios obrigatórios )
e) B2 (os exercícios podem ser livres ou obrigatórios dependendo da categoria )
f) B1 (exercícios livres com alguma exceções nas categorias mais jovens)
g) A o Elite (as 6 melhores notas deste nível integram a seleção nacional).

A nota máxima que um ginasta pode alcançar é 10,00 e se consegue pela soma dos diferente pontos dos árbitros. São eles:

Dificuldades e parte de valor (3,00)

Exigências específicas ou requisitos obrigatórios (1,40 – 0,20)

Bonificação (1,00)

Composição e combinação (0,60)

Execução (4,00)

Existem quatro tipos de classificações :

Concurso I: classificatório para os outros três concursos (obrigatório).
Concurso II: se chama All Around. é para determinar a ganhadora da classificação individual geral (participam as 36 melhores classificadas no concurso I).
Concurso III: se compete por aparelhos (participam as 8 melhores classificadas em cada aparelho no concurso I).
Concurso IV: é a competição por equipe (participam as 6 equipes melhores classificadas no concurso I).

A ordem de competição é por sorteio.

A pontuação por equipe se faz da seguinte forma:

– Cada equipe contém 6 ginastas.
– Em cada aparelho competem 5 ginastas (o técnico decide quem compete em cada aparelho).
– Se pega as 4 melhores notas deste aparelho, o seu total é a nota por equipe neste aparelho.
– Se repete o procedimento nos outros aparelhos.

Os aparelhos em que se competem seguindo a ordem olímpica são: salto sobre cavalo, paralelas assimétricas, trave e solo.

SALTO

O cavalo tem 1,25 m de altura medida desde o colchão. Existem quatro grupos de saltos:

a) Saltos simples e saltos com mortais.
b) Saltos com e sem giros seguidos de mortal.
c) Entradas Tsukaharas (entrada no cavalo com ½ giro como no rodante e em seguida se faz diferentes tipos de mortais).
d) Entradas Yurchenkos (se faz um rodante em cima do trampolim e entra no cavalo em posição de flic para depois fazer mortais e piruetas).

PARALELAS ASSIMÉTRICAS

A altura da barra inferior é de 1,65 m e a barra superior é de 2,45 m (+/- 3 cm); a separação entre as barras é de 1,50 m. Os 7 requisitos são:

a) 3 trocas de barras
b) 2 elementos com valores diferentes
c) Um elemento com giro
d) Uma saída de dificuldade

As normas de execução são:

a) Alguma execução por de baixo da barra inferior e por cima da barra superior
b) Execução por fora e entre as barras
c) Múltiplas trocas de barras (mínimo 3)

TRAVE DE EQUILíBRIO

A altura da trave é de 1,25 m e tem 5 me de largura. O exercício deve durar entre 1’10” e 1’30”.
Seus requisitos são:

a) Uma série acrobática de 2 ou mais elementos com vôo
b) Uma série ginástica de 2 ou mais elementos
c) Uma série mista (acrobático + ginástico ou vice e versa) de 2 ou mais elementos
d) Um elemento por baixo da trave
e) Um giro de 360° sobre uma perna
f) Um salto de grande amplitude
g) Uma saída de dificuldade C nos concursos I, II y IV e de dificuldade D no concurso III.

Durante a apresentação é exigido que a ginasta realize trocas de níveis (altura), trocas harmônica entre grupos de elementos, movimentos em posição lateral, cruzada e oblíqua ao árbitro e não se permite mais de 2 elementos estáticos ( ex.: avião, parada de mãos ).

SOLO

A apresentação se realiza em um tablado de 12 x 12 metros, dura entre 1’10” e 1’30” e é acompanhado por música sem canto.

Seu requisitos são:

a) 2 séries acrobáticas de pelo menos 3 elementos
b) Uma dessas 2 séries deve ser combinada (significa que 2 saltos mortais obrigatórios devem ser em diferentes direções)
c) Uma série ginástica de 3 elementos
d) Uma série mista de 3 elementos
e) Um ginástico de dificuldade mínima C
f) Uma saída na série acrobática de dificuldade C nos concursos I, II e IV e de dificuldade D no concurso III.

Durante a apresentação é exigido que a ginasta realize trocas harmônicas entre elementos acrobáticos e ginásticos, trocas dinâmicas entre movimentos lentos e rápidos, harmonia entre a música e os movimentos, e utilização de todo o tablado.

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