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segunda-feira, novembro 4, 2024

Inclusão e Corporeidade no Cotidiano

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO INCLUSÃO E CORPOREIDADE NO COTIDIANO DA PRÁTICA DOCENTE
3. CONCLUSÃO
4. REFERENCIAS
5. APÊNDICE 1 – QUESTÃO INDIVIDUAL

INTRODUÇÃO

O processo histórico revela momentos distintos em relação ao papel e o lugar ocupado pela pessoa com deficiência na sociedade, já há algum tempo pessoas lutam por direitos iguais para todas as pessoas portadoras de deficiência.

Existem muitas discussões sobre a importância da inclusão e integração do aluno com necessidades educativas especiais, no âmbito da escola regular. Hoje as crianças com necessidades educativas têm que ser vista e aceita pelas suas possibilidades e não pela suas incapacidades.

A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Para que ela aconteça é preciso uma Prática Pedagógica Coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação dos professores e nas relações família-escola.

No decorre dos anos tivemos grandes nomes que lutaram por um espaço para que essas crianças fossem incluídas e não excluídas, hoje temos varias pessoas engajada nessa missão que enche o coração das pessoas ao ver uma criança com alguma necessidade, não vista mais no dia de hoje como uma pobre criança, mais sim como alguém que tem um futuro pela frente.

Com atividades corporais pode-se desenvolver o psicomotor ou a expressão corporal da criança, fazendo que ela consiga desenvolver um atrativo capacitando assim uma vontade ainda maior para desenvolver cada atividade proposta para ela isso e uma das maravilhas que pode ser feita por meio da Educação Física, organizar essas atividades sejam elas de educação física ou não faz parte do cotidiano do pedagogo e do professor ter um conteúdo que abrange a inclusão do aluno faz parte de um trabalho que e construído dia apos dia.

DESENVOLVIMENTO

A educação de pessoas com deficiência nasceu de forma solitária, segregada e excludente, essas pessoas sempre foram marcadas por forte rejeição, descriminação e preconceito, observa-se que desde a Antiguidade, as crianças que nasciam com algum tipo de deficiência sofriam de algum tipo de abuso e eram condenadas a viverem isoladas até a morte.

Jean Paul Bonet em 1960 na França começou as primeiras iniciativas de educação para deficientes mudos ao ensiná-los a falar. Em Paris foram fundadas as primeiras instituições na educação de pessoas com deficiências. O Abade Charles M. Eppé criou o “Método dos Sinais” para a comunicação com surdos. Também em Paris, no ano de 1784 foi fundado pó Valetin Hauy o Instituto Real dos Jovens Cegos que se destinava à leitura tátil pelo sistema de letras em relevo, Louis Braille (1834) criou o sistema de leitura e escrita por caracteres com relevo, possibilitando aos cegos a comunicação. A leitura chamada de Sistema Braille possibilita uma educação e independência dos cegos.

Fundada pelo francês Edward Seguin a primeira instituição pública para educação de crianças com deficiência mental foi residencial. Ele criou o método educacional baseado na neurofisiologia que utilizava recursos didáticos como cores e musicas para despertar o interesse e a motivação desses deficientes mentais. Já no Brasil a primeira escola especial foi fundada em 1854 no Rio de Janeiro o Imperial Instituto Meninos Cegos, posteriormente em 1857 o Instituto Imperial de educação de Surdos que tinha influência das instituições européias. Na metade do século XX foi criada a Pestalozzi e as APAES com o objetivo de implantar programas de reabilitação e educação especial.

Por volta da metade do século XIX e início do século XX, as escolas especiais proliferaram por toda a Europa e Estados Unidos e, surgiram sobre o enfoque médico e clínico. A médica italiana Maria Montessori criou o Método Montessori voltado para crianças com deficiência mental, baseado na rotina diária e na ação funcional, fundamentando-se na estimulação sensório-perceptiva e auto-aprendizagem. O Método Montessori foi bastante difundido entre as escolas especiais e até hoje é utilizado em educação de crianças da pré-escola sem qualquer deficiência.

Graças ao trabalho do médico Jean Itard (1774-1838) a parti do século XIX as pessoas com deficiência mental passaram a ser consideradas passíveis de serem educadas. Considerando o primeiro teórico de Educação Especial o menino Victor de Avevron, conhecido como o “menino selvagem”. O trabalho de Itard se baseava na teoria empirista do conhecimento, salienta a insuficiência de princípios cartesianos (“metafísicos”) das idéias inatas, usa em referência a eles a expressão “trabalho de gabinetes”. Isto é, separado da observação. Opõe-lhe seu próprio trabalho de laboratório antecipando-se em várias décadas a Ernst Mach e à psicologia experimental. Faz explicita sua adesão a Condillac e faz questão, em diversos momentos, de mostra a coerência de suas escolhas metódicas com a filosofia sensualista.

Historicamente temos conhecimentos, eram os deficientes eliminados de varias formas (eliminação no sentido de extermínio e no sentido do asilo). Esta atitude provinha da preocupação do grupo social no sentido de “não ver”. Desde a época mais primitiva passando pelo Cristianismo, Idade Média e Reformismo, todos os momentos da sociedade eram explicados pelo prisma dualista de Deus e Diabo, Céu e Inferno, Bem e Mal. Neste contexto os deficientes eram encarados como: “criança de Deus” ou “indivíduos possuídos pelo Satanás” e assim, eram condenados ao extermínio.

A parti da segunda metade da década de 90 com a difusão da conhecida Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) a educação de alunos com necessidade educativa especial que tradicionalmente se pautava num modelo de atendimento segregado, ganhou força já que entre outros pontos propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares que devem se adequar…”, pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, constituindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos…” (p.8-9, grifo nosso).

Teve início em 1985 um projeto de Integração desenvolvido na Espanha, um progresso significativo em relação aos objetivos educacionais proposto para os alunos com necessidades educacionais especiais, conforme retrata Marchesi (1995). Este projeto aponta para uma participação voluntária das escolas, acompanhada de compromissos assumidos tanto pelos centros educacionais solicitantes, como pela administração educacional. O processo de integração tem o caráter de um programa aberto que dá lugar a projetos diversificados nos diferentes centros educacionais, adequando seus recursos e metodologias, não somente aos alunos com necessidade especiais, mais também aos alunos regulares. O termo Integração tem aparecidos associado ao termo inovação educacional, o qual foi utilizado na Espanha na década de 80. De acordo com tais idéias devera ocorrer uma mudança positiva e significativa em relação ao projeto pedagógico global.

A Educação Especial desenvolve-se em torno da igualdade de oportunidades, em que todos os indivíduos, independentemente das suas diferenças, deverão ter acesso a uma educação com qualidade, capaz de responder a todas as suas necessidades. Desta forma, a educação deve-se desenvolver de forma especial, numa tentativa de atender às diferenças individuais de cada criança, através de uma adaptação do sistema educativo.

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o desenvolvimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.

“Há que se recordar que as necessidades especiais não constituem um quadro único, igual para todos os alunos que as apresentam. Essa dificuldade pode se apresentar em diferentes níveis, desde as que se resolvem co algum suporte do professor ou de um colega, até as que necessitem de adaptações curriculares de grande porte ou significativas. (Bergamo, 2009, p 74).”

O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo sejam em escolas de freqüência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.

O objetivo geral é garantir o acesso de todas as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais ao sistema educacionais público, bem como disseminar a política de construção de sistemas educacionais inclusivos e apoiar o processo de implementação nos municípios brasileiros.

O grande desafio do profissional que atua na educação inclusiva é justamente articular o que ele tem que ensinar com o que a criança já construiu, e com a maneira do estudante aprender.

A inclusão se base em princípios tais como a aceitação das diferenças individuais como atributo e não como obstáculo a valorização da diversidade humana pela sua importância para o enriquecimento de todas as pessoas, o direito de pertencer e de não ficar de fora, o igual valor das minorias em comparação com a maioria. A inclusão propõe um único sistema educacional de qualidade para todos os alunos com ou sem deficiência e com ou sem outros tipos de condição atípica.

Ao pesquisarmos serviços de inclusão em nossa cidade, observamos que o serviço educacional busca perspectivas para melhor atender o aluno, mesmo tendo evidente que essa prática está distante do desejável, ou seja, ainda não e o suficiente para necessidades do aluno.

Há professores especializados (na rede pública de ensino fundamental, infantil e escola particular) em lidar com alunos de educação inclusiva, porém esses professores fazem parte de uma minoria e muitas vezes são sobrecarregados com vários alunos na mesma sala impossibilitando de dar a devida atenção tanto aos alunos de educação inclusiva quantos para os demais.

Podemos ver que na maioria dos casos os alunos de educação inclusiva não suprem as necessidades desejadas porque os professores não desenvolvem projetos abrangentes qual envolve todos os alunos.

Os professores que não são especializados em educação inclusiva também recebem esses alunos, mesmo sem preparo para lidar com eles, por isso na maioria das vezes esse aluno fica isolado do restante da sala, fazendo atividades diferentes da que e proposta para os outros. Ou seja, eles são colocados em uma sala regular, mas não são totalmente incluídos.

Depois da família a escola é o espaço fundamental para o processo de socialização da criança. No caso específico da Educação Física é necessária que os profissionais envolvidos tragam contribuições para modificar o contexto social que vive as pessoas com deficiência. 

A Educação Física vem resgatar uma educação para todos, principalmente no que se refere aos alunos que apresentam necessidades especiais permanentes ou não. Dando oportunidades ao aluno, com necessidades educativas especiais de conhecer suas possibilidades e vencer seus limites, facilitando a sua participação sempre que possível nas aulas de Educação Física, promovendo a interação.

Para Gaio e Porto (2006)

“o que diferencia os seres humanos dos outros seres que habitam este planeta é o fato de termos um corpo com tantas possibilidades. Pensar, sentir, agir, criar, dialogar, relacionar-se e entre tantas outras particularidades, sendo capaz de se adaptar as mais diversas situações da vida”


De acordo com o autor, o corpo é a presença constante na vida de cada ser humano, desde o nascimento até a morte; pelo fato de estar sempre em construção e transformação advindas das experiências vividas de cada um, dificilmente o corpo. 

Para ser inclusiva a educação de pessoas portadoras de necessidades especiais, deve ser visualizado o direito humano.

Segundo Cavalcante (2005)

“A inclusão tem crescido a cada ano e o desafio de garantir uma educação para todos também. Na escola inclusiva os alunos aprendem a conviver com as diferenças e se tornam pessoas solidárias. Para que isso possa se tornar realidade a participação do professor é essencial.”

É importante que os professores estejam atentos ao comportamento sócio-afetivo de cada criança e jovem, pois eles reagem emocionalmente de maneira diferenciada às tarefas solicitadas. Esta relação se refere ao grau de auto-estima do aluno. A auto-estima influencia a participação em esportes e atividades físicas, bem como o domínio de habilidades. 

Para que o aluno com deficiência tenha um auto-conceito positivo, deverá sentir-se pertencente ao grupo, não apenas fazendo parte dele. Ele terá que ser valorizado e reconhecido pelos colegas, professores e por si próprio como sendo um sujeito integrante do grupo, aceitando as regras, assim como o grupo precisa aceitar as limitações de cada colega e do conjunto.

Brincar é criar, tomar iniciativas. É aprender regras e limites para que o jogo funcione. Através do jogo, a criança descobre valores, aprende a conviver sem gritar e brigar. Ganha auto-estima e confiança, pois se sente capaz de participar. Desenvolve a concentração, a coordenação e a habilidade motora. Dá asas à imaginação e à fantasia. 

Os jogos não devem ser organizados de maneira rigorosa, mas como uma proposta que poderá ser alterada conforme a necessidade do grupo, levando sempre em consideração a criatividade, habilidade e a sociabilidade das crianças e jovens envolvidos.

É interessante atividades de simulação para crianças consideradas normais vivenciar uma deficiência. Essas experiências permitem que eles percebam melhor as dificuldades das pessoas portadoras de deficiência e como elas podem se sentir eventualmente. É fundamental que os participantes sejam incentivados a dizer como se sentiram durante as atividades, principalmente naquelas em que são simuladas vivências de deficiências, pois sabemos que estas podem se constituir em experiências muito enriquecedoras e marcantes para a pessoa. Compartilhar esses sentimentos com os demais é sempre muito frutífero para todos. 

Estas atividades darão oportunidade para ao aluno conhecer suas possibilidades e seus limites, favorecendo a confraternização entre eles.

Segue abaixo propostas de atividades inclusivas e simulações de algumas deficiências. Muitas destas atividades são aplicadas para crianças consideradas normais, que foram adaptadas para incluir o aluno com necessidades educativas especiais nas aulas de Educação Física. O educador deverá selecionar a atividade visando o comprometimento motor, a idade cronológica e o desenvolvimento intelectual do aluno.

Abaixo uma atividade para trabalhar com crianças:

ATIVIDADE: Passa 10

Número de participantes: livre

Material: coletes coloridos, 1 bola.

Descrição do Jogo: Todos os alunos deverão estar sentados na quadra, independente de ter ou não comprometimento motor. A turma deverá se dividir em dois grupos, onde cada grupo deverá usar coletes de cores diferentes para se distinguir melhor. A delimitação do espaço será de acordo com o número de participantes. O grupo que tiver com a posse de bola deverá tentar realizar 10 passes jogando com as mãos, conseguindo, marcará ponto. Caso a bola caia no chão, ou seja, interceptada pelo grupo adversário, a contagem será zerada. Vence o grupo que fizer mais pontos. O tempo do jogo será determinado pelo professor.

Adaptação: Se houver um cadeirante, o grupo adversário deverá ter um participante de sua equipe sentado em uma cadeira. Caso tenha mais de um cadeirante, o número de participantes em cadeiras deverá ser aumentado. No decorrer do jogo, todos os alunos deverão ficar pelo menos uma vez sentados na cadeira.

Variação: O professor poderá aumentar ou diminuir o espaço do jogo e o número de passes para realizar um ponto.

É necessário que haja uma preparação de todos os profissionais da escola regular, para receber o aluno com necessidades educativas especiais. Já o professor de Educação Física deverá estar sempre atento às mudanças, que deverão ser feitas, para melhor atender aos alunos com necessidades educativas especiais, evitando que eles sejam isolados de seus colegas e das atividades propostas pelo professor.

Para falar sobre inclusão escolar é preciso repensar o sentido que se está atribuindo à educação, além de atualizar nossas concepções e resignificar o processo de construção de todo o indivíduo, compreendendo a complexidade e amplitude que envolve essa temática. Pegamos como parâmetro a região metropolitana do Estado do Rio Grande do Sul, sendo esses os municípios de Gravataí, Glorinha, Alvorada, Viamão e Porto Alegre, observamos que o coeficiente de escolas especiais para o atendimento às crianças e adolescentes com necessidades especiais diversas ainda é pequeno, o mesmo podemos dizer das escolas que desenvolvem a inclusão desses alunos nas turmas regulares.

Desta forma, cabe a estas escolas, buscar através de parcerias, convênios e intercâmbios de experiências, soluções para poder facilitar o acesso dessas crianças e adolescentes nas escolas públicas faz-se necessário também avaliar as experiências exitosas de inclusão e acessibilidade dessas pessoas nas escolas da rede.

Com base na experiência dos profissionais envolvidos, e em conformidade com a legislação vigente, a Escola adotou algumas diretrizes básicas para praticar a inclusão. Entre outras preocupações estão.

• Respeito ao ritmo e aos limites dos alunos com necessidades especiais;
• A adequação do trabalho didático para garantir a participação de todos os alunos, inclusive alunos com necessidades especiais, com adaptações nos currículos, nas práticas pedagógicas e com atividades de integração com a turma.
• O desenvolvimento de atividades específicas com o aluno, que auxiliem no seu desenvolvimento individual e na sua socialização, buscando sempre evitar o isolamento do aluno com relação aos colegas e ao ritmo do coletivo (tarefas e avaliação com conteúdo e forma adequada);
• O intercâmbio constante de informações entre a Escola, a família e os profissionais que eventualmente atuam com o aluno fora do contexto escolar, de forma a permitir um trabalho em rede e uma cooperação;
• A integração dos alunos na sua turma, o que inclui em particular um trabalho constante de conscientização dos alunos sobre a importância de respeito às diferenças.

Assim, é necessário que todo o professores, equipe diretiva e comunidade escolar criem situações no seio da escola para que essa inclusão seja aprofundada experimentada e compartilhada afim de que não se torne “um gol contra” na vida dessas pessoas, mas, sobretudo um serviço de qualidade do professor, que possa auxiliar as pessoas que tanto necessitam.

CONCLUSÃO

A criança pode participar do sistema de educação e da própria sociedade sem ser excluído não é apenas um dever para com aqueles que são portadores de deficiência mais sim um direito de todos.

A inclusão do deficiente não e feita apenas pelas pessoas que luta por esses espaços tem que ter o acompanhamento da família que deve abraçar essa causa com dedicação. Não devemos ver estas crianças com preconceitos ou um grande problema sem solução, hoje as coisas mudarão, os tempos, conceitos e paradigmas, vemos com outros olhos e com outros pensamentos, ou seja, todos têm o mesmo direito de viver bem.

Podemos dizer que as representações sociais dos professores e de seus alunos com necessidades educativas especiais estão sendo construídas. A partir disso estão sendo delimitadas as relações entre professores e alunos. Nesse sentido, esse estudo vem proporcionar alguns pontos de reflexão à cerca, especialmente, do processo de inclusão. Sendo assim, devemos manifestar nossa convicção de que para adentrar nesse processo é necessário, além de recursos físicos, investirem na capacitação dos profissionais para atender aos desafios da educação especial com preparo, dedicação e compreensão.

A relação de ensino e aprendizagem deve ter uma atuação em conjunto da instituição e do aluno para que possa ter seu rendimento com referência o currículo regular.

Uma das possibilidades de ação pedagógica é o tipo de conteúdo e atividade visando a socialização, a inclusão e a relação conteúdo-atividade dentro das suas reais necessidades.

Não é necessário um conteúdo diferente para trabalhar a inclusão em sala de aula, o professor pode trabalhar atividades que são usadas no dia-a-dia, mas é necessária que essas atividades sejam adaptadas à realidade de todos os alunos, sejam eles com necessidades educativas especiais ou não.

É importante que haja uma ampla variedade de atividades sendo oferecida aos alunos para que se efetive a inclusão, pois só será possível a inclusão de todos os alunos, a partir da criação diversificada de conteúdos e atividades.

A garantia de acesso à educação e permanência na escola dos alunos portadores de necessidades especiais é um direito que vem sendo conquistado ao longo dos anos e está, hoje, previsto em lei. Trata-se de respeitar um direito de todos, de completar a constante busca pelo respeito aos direitos humanos para todos os cidadãos, qualquer que sejam suas peculiaridades.

Estimular os pais para que eles se envolvam na rotina da escola e no dia a dia da criança, estimulando brincadeiras, danças, cantos, jogos, literatura, escrita entre outras atividades mais, isso ira ajudar fortalecer o trabalho do docente que em conjunto com os pais e a comunidade ganharão cada vez mais força e espaço.

REFERÊNCIAS

• BERGAMO, Regiane. Pesquisa e Pratica Profissional: Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2009.
• CAVALCANTE, MEIRE. A escola que é de todas as crianças. Nova Escola, Vol. 20, nº 182, 2005. 
• FARFUS, Daniele. Organização pedagógica dos espaços educativos. Disciplina Organização Pedagógica Espaços Educativos do Curso de Pedagogia EAD da FACINTER. Curitiba, 2009. 
• FERNANDES, Sueli. Fundamentos da Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2007.
• GAIO, ROBERTO; PORTO, ELINE in MARCO, ADEMIR De ET al. Educação Física: cultura e sociedade. Cap. Educação física e pedagogia do movimento: possibilidades do corpo em diálogo com as diferenças. Campinas, SP: Papirus, 2006. 
• GONÇALVES, Nezilda Leci Gody. Metodologia do Ensino da Educação Física. Curitiba: IBPEX, 2007
• www.gestãouniversitária.com.br
• http://br.groups.yahoo.com/group/acessibilidade/message/447
• http://www.artigonal.com/educacao-artigos/a-inclusao-de-todos-na-escola-1094672.html



APENDICE 1 – QUESTÃO INDIVIDUAL

 Apresente (textualmente) pelo menos três condições que a escola precisa ter para desenvolver atividades de cultura corporal (corporeidade) e educação inclusiva (Como as escolas podem se organizar para a prática inclusiva quanto a adequação dos espaços físicos, a formação de professores para o atendimento de necessidades educacionais especiais, a metodologia das aulas, a disponibilização de recursos tecnológicos específicos, entre outros aspectos).

Para ter um bom desenvolvimento a escola necessita observar cada aluno possibilitando que cada um venha evoluir individualmente respeitando os limites e dificuldades, sempre incentivando o uso de suas potencialidades e capacidades, desenvolver formas de usar o corpo como um forte aliado para o progresso de cada aluno. Ter o acompanhamento do profissional de acordo com cada oficina ofertada. Saber usar de forma objetiva cada atividade realizada já que e através dela que podemos concluir o desenvolvimento de cada um em particular se foi concluído o objetivo previsto e qual o foi o seu ganho real.

A prática inclusiva torna a educação capaz de acolher a todos, independentemente das diferenças e preconceitos existentes entre diversas pessoas e culturas. A construção de uma escola inclusiva deve ser um projeto coletivo, onde a escola tem que ter um espaço escolar com salas dinâmicas e adequadas com o grande objetivo de receber pessoas especiais, isso não e apenas o espaço físico mais passando também por currículo e critérios de avaliação, ou seja, inclusão com responsabilidade e compromisso com o processo educacional por parte de todos que nele estarão envolvidos, professores, pais, diretores, secretários de educação e claro a comunidade. A formação dos educadores não é uma formação para a inclusão já que não tem como prepara alguém para as diversidades, mais a formação na inclusão.

A educação inclusiva no sistema educacional regular depende de mudanças significativas na escola e na sociedade. Ou seja, mudança na estrutura da formação de professores e na relação família-escola. Promover estratégias mais abrangentes para tornar a sociedade inclusiva.

A escola precisa trabalhar para que haja permanência do aluno com qualidade, ou seja, um desenvolvimento real que possa ser entendida como um valor, possibilitando participação de todos para os exercícios das práticas pedagógicas.

Além dos projetos desenvolvidos para educadores no processo de ampliação do sistema educacional inclusivo, a escola deve se atentar à diversidade de material pedagógico, implantando-os nas salas de aula. Assim, a escola e os professores desenvolvem a capacidade de propor atividades que valorizam experiências culturais, proporcionando novas atitudes. Trabalhar no concreto, sempre dentro das dificuldades, previamente identificadas pelo professor. O aluno poderá nesta atividade explorar as cores (com tintas, lápis, giz), os números em material de uso manual etc. A adaptação deverá ser realizada sempre dentro do nível intelectual de cada educando. Lembrando sempre que for necessário, uma vez que o mesmo consiga desempenhar as atividades, esta não irá necessitar de adaptações.

Quando pensamos em educação inclusiva no dia a dia de uma sala de aula não podemos esquecer-nos de refletir sobre os conflitos e agressões vividos entre os alunos. É importante resgatar experiências vividas, porém de maneira enriquecedora acrescentando novos conhecimentos e novas capacidades de decisão a partir da experiência vividas.

Para que realmente haja inclusão escolar é necessário que as adotem métodos e práticas de ensino adequados às diferenças dos alunos em geral, oferecendo alternativas que contemplem a diversidade, além de recursos de ensino e equipamentos especializados, que atendam a todas as necessidades educacionais dos educando, com e sem deficiências, mas sem discriminações.

Os professores devem aprender práticas de ensino adequadas às diferenças, como a língua de sinais, aprendizagem do sistema “Braille” e outros recursos especiais de ensino e de aprendizagem.

Mudar a escola é enfrentar muitas frentes de trabalho, cujas tarefas fundamentais, do meu ponto de vista, são:

• Recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos; 
• Reorganizar pedagogicamente as escolas, abrindo espaços para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas, por professores, administradores, funcionários e alunos, porque são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania;
• Garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender e um ensino que não segrega e reprova a repetência; 
• Formar, aprimorar continuamente e valorizar o professor para que tenha condições e estímulo para ensinar a turma toda, sem exclusões e exceções;

A escola prepara o futuro e de certo que, se as crianças aprenderem a valorizar e a conviver com as diferenças nas salas de aula, serão adultos bem diferentes de nós que temos de nos empenhar tanto para entender e viver a experiência da inclusão!

Para desenvolver atividades de cultura corporal (corporeidade) e educação inclusiva, em educação física as escolas necessitam de espaço físico que permita o fácil acesso ao aluno com necessidades educacionais especiais, profissionais capacitados na área de Educação Física e uma grade curricular voltada ao atendimento das diversidades dos alunos, com atividades que explorem o seu potencial. Favorecendo o desenvolvimento dos alunos ampliando suas capacidades, habilidades físicas e propiciando para ele e aos demais alunos o desenvolvimento de atitudes constantes de solidariedade, respeito, companheirismo, responsabilidade e cooperação.

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