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quinta-feira, dezembro 12, 2024

CORONAVÍRUS

Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.

Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.

Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).

Manifestações Clínicas

Os coronavírus humanos comuns causam infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. Esses vírus algumas vezes podem causar infecção das vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em idosos.
O MERS-CoV, assim como o SARS-CoV, causam infecções graves. Para maiores informações sobre as manifestações clínicas do MERS-CoV, acesse a página sobre MERS-CoV.

Período de incubação

De 2 a 14 dias

Período de Transmissibilidade

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o SARS-CoV e o MERS-CoV. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

Transmissão inter-humana

Todos os coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa, incluindo os SARS-CoV, porém sem transmissão sustentada. Com relação ao MERS-CoV, existem a OMS considera que há atualmente evidência bem documentada de transmissão de pessoa a pessoa, porém sem evidencias de que ocorra transmissão sustentada.

Modo de Transmissão


De uma forma geral, a principal forma de transmissão dos coronavírus se dá por contato próximo* de pessoa a pessoa.

* Definição de contato próximo: 
Qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente (ex.: morado junto ou visitado).

Fonte de infecção

A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou, pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns coronavírus, como o SARS-CoV podem infectar pessoas e animais. O reservatório animal para o SARS-CoV é incerto, mas parece estar relacionado com morcegos. Também  existe a probabilidade de haver um reservatório animal para o  MERS-CoV que foi isolado de camelos e de morcegos.

O que é coronavírus

É uma grande família de vírus que recebeu esse nome por possuir na sua superfície espículas que lembram uma coroa. Dentre os vários tipos de vírus, os mais conhecidos até o momento são o SARS-CoV e o MERS-CoV. Estes vírus podem causar infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Recentemente, foi identificado um novo tipo de vírus, o SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Geralmente, as infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves, semelhantes a um resfriado comum, podendo evoluir, para pneumonia e, em alguns casos, para Síndrome Respiratória Aguda.

Transmissão

O vírus se dissemina pelo contato interpessoal, tendo um período de incubação de 5 a 14 dias. Até o momento, não há informação suficiente que defina quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus. Mais informações sobre o coronavírus podem ser acompanhadas no site do Ministério da Saúde pelo link abaixo:

https://saude.gov.br/boletins-epidemiologicos

Sintomas

O quadro clínico é caracterizado por febre associada a sinais e sintomas
respiratórios, como tosse, dificuldade para respirar e batimento de asas nasais.
Serão considerados casos suspeitos pessoas que apresentem febre e
ao menos um sintoma respiratório (tosse e dificuldade para respirar)
e com histórico de viagens para áreas de transmissão local nos últimos
14 dias ou que tenham tido contato próximo com casos suspeitos ou
confirmados de coronavírus.

Exames Laboratoriais

A realização de coleta de amostra respiratória está indicada sempre que o
paciente atender a definição de caso suspeito de COVID-19 em serviços de
saúde públicos e privados.
Conforme orientação do Ministério da Saúde, as amostras deverão ser
encaminhadas para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) e
Centros Nacionais de Influenza de Referência (FIOCRUZ, Evandro Chagas e
Adolph Lutz) para confirmação diagnóstica.

Tratamento

Até o momento, não existe vacina ou medicamento específico disponível
para o COVID-19. O tratamento é feito com base nos sintomas de cada paciente.
Os seguintes cuidados são recomendados:
Repouso;
Ingestão de líquidos;
Medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos,
desde que prescritos somente pelo médico;
E, em casos de maior gravidade, procurar imediatamente o
serviço médico.

Como se Prevenir

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias,
especialmente as de grande infectividade, orienta-se que sejam adotadas
medidas gerais de prevenção, como:

  • Higienizar, adequadamente e com frequência, das mãos até os cotovelos,
  • com água e sabão ou álcool gel 70%, principalmente antes de consumir
  • alimentos, por pelo menos 20 segundos, dando atenção especial para entre
  • os dedos e debaixo das unhas;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal e descarta-lo após o uso;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, com cotovelo flexionado ou
  • com lenço descartável e lavar imediatamente as mãos;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres,
  • pratos, copos ou garrafas;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas
  • da doença;
  • Evitar aglomeração e locais fechados.

No Brasil

Foi confirmado no dia 26/02/2020 o primeiro caso de doença pelo novo
coronavírus (COVID-19) no Brasil. O exame específico para o vírus, foi realizado
pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência, e resultou positivo.

O Ministério da Saúde passou a disponibilizar a partir do dia 2 de março o canal
telefônico 136 com conteúdo específico sobre o novo coronavírus, o COVID-19,
para cidadãos e profissionais de saúde (médicos e enfermeiros). O serviço do
136 para o cidadão funcionará 24 horas por dia, 7 dias por semana e, para
médicos e enfermeiros funcionará de segunda a sexta das 8h às 17h30 e, a partir
de abril, das 8h às 20h. A ANVISA publicou dia 19 em seu portal o documento
Protocolo para Enfrentamento do COVID- 19 em Portos, Aeroportos e Fronteiras.
A ANVISA publicou dia 19 de fevereiro em seu portal, na aba “Protocolos e
planos de contingência”, o documento Protocolo para Enfrentamento do
COVID- 19 em Portos, Aeroportos e Fronteiras.
O documento na íntegra está publicado na página:

http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus

Referências

OMS. Relatório da situação do Coronavírus. Link atualizado diariamente. Disponível em:

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/
situation-reports



SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA. INFORMATIVO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA: PRIMEIRO CASO CONFIRMADO DE DOENÇA
PELO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) NO BRASIL – 26/02/2020
Disponível em:

https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2020/02/Informativo-CoV-26-02
-2020.pdf.pdf-1.pdf

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância
em Saúde.
Disponível em:
https://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos

Ministério da Saúde. Ministério da Saúde atualiza situação do novo
coronavírus para os estados.
Disponível em:

http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46230-ministerio-dasaude-
atualiza-situacao-para-os-estados



SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA. Informe da Sociedade
Brasileira de Infectologia sobre o novo coronavírus – perguntas e
respostas para profissionais da saúde e para o público em geral.
Disponível em:

ANVISA. Coronavírus: acompanhe as ações da Anvisa.
Disponível:

https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2020/01/
d9687e75fdb101dbc4016ae5614ba07c1e5f48d8695dddfc2dd794adbbcab65b.pdf

ANVISA. Coronavírus: acompanhe as ações da Anvisa
Disponível: http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus

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