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quarta-feira, abril 24, 2024

CURSO COMO FAZER MONOGRAFIA PARTE 7: EXPRESSÃO, ABREVIATURA

CURSO COMO FAZER MONOGRAFIA PARTE 7: EXPRESSÕES E ABREVIATURAS

Na parte 6 do “CURSO COMO FAZER MONOGRAFIA PARTE 6: CITAÇÕES E RODAPÉ
foi falado sobre citações onde foi explicado a diferença entre as citações curtas, que são as feitas no corpo do texto com, no máximo três linhas; e as citações longas, que são feitas em parágrafo especial.
Foi explicado também que usamos as aspas simples para indicar uma citação de um autor ‘B’ dentro da obra de um autor ‘A’.

Nesse parte 7 explicaremos sobre o uso de algumas expressões e indicarei as abreviações utilizadas em trabalhos científicos.

NOTA INICIAL: Todas as expressões devem ser escritas em itálico, pois são derivadas do latim.

Apud.

É a citação da citação. Embora pareça que já tratei disso no tópico anterior sobre as formas de citação e chamadas em monografias, a expressão apud tem um uso diferenciado.

Quando faz-se uma citação que se inicia com aspas duplas (“xxx”) o trecho que contém obra de outro autor vem entre aspas simples “xxxx ‘aaa’ xxxx”. Isso indica que o autor que citamos faz referência a outro doutrinador.

O uso do apud é diferenciado. É utilizado quando copiamos um trecho inteiro de um autor ‘B’ que encontramos transcrito na obra de um autor ‘A’, ao invés de consultar a obra de ‘B’ diretamente.

Entretanto, o uso desse recurso deve, preferencialmente, restringir-se à citação de obras originais estrangeiras, raras ou de difícil acesso, ou seja, obras que não se pode consultar em qualquer livraria, biblioteca ou sebos. Não faz sentido utilizar a expressão apud, para citar Celso Antônio Bandeira de Melo, em trecho mencionado no livro de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, isso porque a obra de Celso Antônio pode ser encontrada em qualquer biblioteca ou livraria. Contudo, caso pretenda-se citar um trecho da obra original de Rousseau ou outra obra não lançada no Brasil, o uso é válido.

Havendo possibilidade de consultar a obra original o uso do apud deve ser evitado.

A citação da citação aqui explicada é feita da seguinte forma: faz-se a indicação de autoria: primeiro mencionando os dados do autor citado na forma explicada anteriormente (autor data/numérico), em seguida a expressão apud, e em segundo lugar o nome do autor que citou.

Exemplo: (BANDEIRA DE MELLO, 2007, p. 752, apud, DI PIETRO, 2009, p. 345). Isso significa dizer que Di Pietro citou Bandeira de Mello.

(Sic!)

O (sic!), escrito entre parênteses e em itálico, é utilizado em citações, quando o trecho transcrito contenha algo que se julgue deva ser corrigido, ou que cause estranheza, como por exemplo erros em relação a datas, erros de ortografia/concordância etc.
Pode ocorrer de o autor original ter escrito daquela forma intencionalmente, como nos casos de movimentos literários, de forma que NUNCA se deve corrigir o texto citado. Ao invés de fazer a correção, acrescenta-se a expressão (sic!) logo em seguida ao erro/incorreção e faz-se uma nota de rodapé sobre o que seria o correto, ou esclarecendo o momento histórico/artístico/literário que abarcava aquele uso da língua.

Exemplos:

“A Constituição Brasileira de 1989 (sic!), também conhecida como constituição cidadã (…)”.

Acresce-se o (sic!) porque a constituição brasileira vigente data do ano de 1988, de forma que essa correção deve ser mencionada no rodapé.

“Vivia deitado mas si (sic!) punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. (…) Nos machos guspia (sic!) na cara.”

‘Si’, deveria ser substituído por ‘se’; ‘guspia’ deveria ser ‘cuspia’. Entretanto esses ‘erros’ eram cometidos propositalmente pelo autor Mário de Andrade, em razão do movimento literário do Modernismo, escrevendo tal e qual o povo fala.

Outras expressões e abreviaturas:

Idem:

Utilizado para indicar que um autor mencionado anteriormente em nota de rodapé imediatamente anterior.

Exemplo:

1 – DI PIETRO, 2009, p. 200
2 – Idem, 2007, p. 132.

Ibidem:

Utilizado para indicar que autor e obra já foram mencionados em referência anterior.

Exemplo:

1 – DI PIETRO, 2009, p 200
2 – Ibidem, p. 250.

op. cit. (abreviatura de opus citatum = na obra citada):

Serve para informar que a obra do autor, a qual se refere foi a última citada. Por exemplo, se duas páginas atrás, no mesmo capítulo do trabalho foi citada a obra X, aqui, após a identificação do nome do autor acresce-se a expressão op. cit. Para informar que o trecho mencionado na referência/rodapé pertence ao mesmo trabalho mencionado duas páginas atrás. O uso é limitado e causa bastante problemas de identificação, especialmente quando se trabalha com mais de uma obra do mesmo autor. Evite usar.

Exemplo:

1 – DI PIETRO, op. cit., p. 200.

Passim (aqui e ali):

Indica que o mesmo assunto foi abordado em diversas passagens de um texto, sem que haja necessidade de mencionar as páginas. Esse recurso, contudo, deve ser utilizado somente em casos em que o objeto receba várias menções ao longo da obra, de modo que numerar as páginas geraria mais de 5 menções em intervalos curtos.

Exemplo:

1 – DI PIETRO. Direito Administrativo, p. 20, 30, 34, 37, 45, 200, 204, 207, 250, 278, 285. Pode-se substituir por: 1 – DI PETRO. Direito Administrativo, passim.

Página = p. (não se escreve em itálico)

A abreviação de página é SEMPRE feita pela letra ‘p’ (minúscula), seguida de ponto final (p.).

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