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segunda-feira, outubro 14, 2024

Empresa Hotelária

Autoria: Patricia Porto

Empresa Hoteleira

ARARANGUA, 26 DE MAIO DE 2004

INTRODUÇÃO

Quando falamos de desenvolvimento, temos um leque muito grande de significados. Para muitos países o turismo tem sido uma medida de progresso econômico. Porém o turismo tem sido um grande empurrão para muitos países se desenvolverem, principalmente os países considerados pobres.

Com isso o turismo tem se tornado algo de grande importância. Tendo olhares especiais de governantes, investidores e estudantes. Apesar de importantes vantagens que o turismo trás para a economia dos países, há também as desvantagens que ele trás, como os gostos de cada um, a religião de cada indivíduo, as diversas culturas dos povos e nações, o que faz ter diferenças entre as pessoas, o que pode ocasionar conflitos culturais, étnicos, e algo bastante constrangedor, que é o racismo e o preconceito.

Por isso é extremamente importante a participação das pessoas com o governo, para que haja conscientização de diferenças culturais. Com todos esses fatos, vemos então a importância, ou melhor, essência de planejar, de organizar tanto as pessoas em atitudes e palavras, como a forma de administrar o turismo de forma que haja desenvolvimento.

A construção de um hotel, para que satisfaça as exigências de um mercado competitivo requer uma soma grande de custos, desde o terreno, passando pela edificação até os custos com equipamento e mobília. Para isso é necessário haver uma administração contábil muito qualificada. Esta condição prevalece também nos casos de reforma, ampliações em sua estrutura, pois o produto de um hotel é “consumido” não possuído.

Custo geralmente é atribuído de uma maneira geral. Entretanto contabilmente quando se fala de custo, faz-se referencia apenas a determinados gastos aplicados diretamente na prestação de serviço, que se constituíam no objeto do hotel e que devem gerar uma receita para a empresa. Os demais gastos eventualmente existentes serão denominados de despesa ou investimentos.

Prestação de Serviços

Serviços

Entende-se por Serviços um conjunto de recursos organizados e estruturados para a produção de um bem Intangível, que agrega valor pela utilidade ou pelo estado e pode ser classificado pela forma, tempo, lugar ou posse.

Tipo de serviço:

Comercial: consultorias, bancos, seguros, turismo, imobiliário, etc.

Importância dos serviços:

A importância dos serviços pode ser visualizada por sua participação nos PIB dos vários países, pela geração de empregos e pela análise das transformações que a economia mundial está experimentando. Paralelamente, as atividades de serviços exercem papel importante no desempenho de outros setores, notadamente o manufatureiro.

Características:

A intangibilidade dos serviços e a necessidade da presença do cliente ou um bem de sua propriedade.

Os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente

Presença e participação do cliente no processo:

Cliente é o elemento que dispara a operação em termos de quando e como esta deve se realizar;

Devido à necessidade da presença do cliente, o tempo e o custo do deslocamento são sempre considerados;

Existem limites referentes ao tempo que os clientes estão dispostos a esperar pelo serviço;

Mão-de-obra é o recurso determinante na eficácia da organização;

Alto grau de contato entre o cliente e os funcionários;

Adequação do serviço às necessidades específicas de cada cliente (alto grau de julgamento pessoal);

A introdução de tecnologia tem alterado algumas das conseqüências do contato cliente/empresa;

Tecnologia contribui para gerar exceções quanto à necessidade de lidar fisicamente com os clientes.

Empresa Hoteleira

Historicamente, a idéia de hotel esta ligada ao castelo e palácio que hospedavam famílias reais e suas escoltas, etc… Esta hospedagem era dada gratuitamente dentro dos mais elevados requintes e hospitalidade. Com Luis XIV acabou a era dos palácios. Surgindo os albergues, casas onde se comia e bebia mediante pagamento.

Somente após a Revolução Francesa, surgiu a necessidade de hotéis públicos. As antigas formas de hospedagem haviam praticamente desaparecido. Foi então que homens como Cezar Ritz procuraram dar forma e organização aos hotéis. Nessa época, o importante para o hotel era o titulo do cliente, pois sua permanência no mesmo se estendia por longos períodos. Após a guerra de 1914-18, verificou-se profunda mudança nesse quadro. O processo técnico mudou as estruturas sociais existentes. Começou-se a trabalhar nas industrias, obtendo-se o direito as férias. Os hotéis passaram a ocupar-se com essa clientela. A empresa hoteleira, para poder satisfazer os desejos desta demanda e, alem disso, obter lucros, teve que estudar processos específicos de racionalização, exigindo do hoteleiro uma formação mais profunda e adequada.

O turismo é hoje uma realidade que vem ganhando uma importância cada vez maior no contexto do desenvolvimento sócio-econômico. À medida que a renda aumenta nos paises desenvolvidos, os gastos em atividades de laser crescem mais rapidamente e dentre estes a viagem ao exterior é um dos mais importantes. Para conquistar esta demanda é necessário satisfazer as necessidades e exigências de um consumidor já habituado com a prática do turismo. É preciso oferecer-lhe um produto acabado e de ótima qualidade. Isto significa serviços de primeira qualidade, já que o hotel é um dos principais suportes do roteiro turístico.

A industria hoteleira apresenta uma diversidade muito grande de tarefas que exigem certa habilidade na execução.

A Evolução do Turismo

A hotelaria teve a função inicial básica de alojar aqueles que, por estarem fora de seus lares, necessitavam de um quarto, uma cama e um bom banho. Com a evolução da área, os novos empreendimentos hoteleiros procuravam atender todas as necessidades das pessoas em trânsito e atrair a população da micro região para consumir seus produtos e serviços (total market concept).

Como tendência da hospitalidade moderna, ocorrem hoje grandes esforços para a terceirização de serviços e, com isso, a hotelaria tende a voltar para sua primeira definição – alojar clientes.

A evolução do turismo fez com que as empresas hoteleiras estabelecessem vínculos com outras empresas também voltadas para o mesmo público: o turista. Essa correlação levou a segmentação no mercado turístico das empresas: transportadoras, agentes de turismo, agentes de viagem e turismo, e hoteleiros, caracterizando as parcerias que compõem o trade turístico.

HOTEL: PAULISTA WALL STREET SUITES

Paulista Wall Street Suítes, flat categoria 5 estrelas com localização privilegiada, a uma quadra da Avenida Paulista, o coração financeiro de São Paulo, e fácil acesso aos aeroportos internacional de Guarulhos e doméstico Congonhas. Um novo conceito de hospedagem.

Turismo significa viajar e viajar requer hospedar. O setor hoteleiro é um dos que mais cresce. O Brasil não foge a tendência mundial: aqui, também o turismo é um dos segmentos do setor terciário que mais emprega mão-de-obra. De acordo com a pesquisa Estudo Econômico-Financeiro dos Meios de Hospedagem, realizada pela Embratur, o país conta cerca de 18 mil meios de hospedagem. Isso corresponderia, segundo o estudo, a 550 mil pessoas empregadas no setor, ou seja, 0,8% da população economicamente ativa do país.

Segundo o Presidente da Associação Brasileira da Industria de Hotéis (ABIH), esse número é bem maior, se for contabilizada somente a mão-de-obra empregada nos hotéis. “Se cada emprego direto existem três indiretos por setor, chegando à conclusão de que hoje um milhão e 650 mil pessoas vivem de hotelaria no país”.

A médio e longo prazo, as perspectivas são ainda mais promissoras. Ao contrario de países que praticamente já esgotaram as possibilidades de crescimento nesse campo, o Brasil ainda tem enorme potencial turístico inexplorado.

Todas essas mudanças fizeram com que se alterassem também as estruturas dos hotéis. Estes procuraram, gradativamente, atender aos desejos de conforto e qualidade dos serviços de uma demanda cada vez mais crescente. A empresa hoteleira, para poder satisfazer os desejos desta demanda e, além disso, obter lucros, teve que estudar processos específicos de racionalização, exigindo do hoteleiro uma formação mais profunda e adequada com a capacitação de mão-de-obra para o setor.

Formas de Turismo

São inúmeras as formas de turismos. São elas: turismo de lazer, turismo de eventos, congressos, convenções seminários, mesas redondas, simpósios, painel, conferências, fórum, colóquio, palestra, exposições, mostras, salões, bolsas, shows, fastas, feiras, festivais, encontros, turismo individual, turismo em grupo, turismo organizado, turismo receptivo, turismo emissivo, turismo de águas termais, turismo religioso, turismo desportivo, turismo social, turismo de juventude, turismo cultural, turismo ecológico, turismo de compras, turismo de aventura, turismo de intercâmbio, turismo rural, turismo étnico, turismo nostálgico, turismo de negócios, turismo da terceira idade, turismo técnico, turismo gastronômico, turismo de incentivo, turismo de cruzeiros marítimos, turismo de saúde e turismo gays (gls).

Tamanho das Empresas

As empresas hoteleiras podem ser classificadas, quanto ao seu tamanho em pequenas, médias e grandes. O parâmetro que fundamenta esta classificação pode ser: O apartamento, o nº de leitos ou a receita anual.

No caso do Brasil, a Resolução nº 1.023, do Conselho Nacional do Turismo – CNTUR, estabelece o seguinte:

Art 1º- para fins da presente Resolução considera-se:

Pequena empresa, aquela com receita bruta anual máxima possível inferior a dez mil (10.000) valores de referencia;
Média empresa, aquela com receita bruta anual máxima possível superior ao limite acima, mas inferior a vinte e cinco mil (25.000) valores de referencia;
“Art. 5º – A expressão valores de referencia utilizada na presente Resolução corresponde ao maior valor de referencia fixada nos termos da Lei nº 6.205 de20 de abril de 1975”.

O hotel pode ser definido como sendo uma edificação que, mediante o pagamento de diárias, oferece alojamento à clientela indiscriminada.

Definição oficial brasileira:

“São estabelecimentos hoteleiros os destinados a proporcionar alojamento, mediante remuneração, com ou sem o fornecimento de refeições e outros serviços acessórios”.(Decreto – Lei nº 49.399, capitulo III, seção I, artigo 14).

O hotel se apresenta ao cliente como um todo, onde se distinguem, fundamentalmente, duas realidades: a estrutura e o funcionamento. Desde o momento em que um serviço é solicitado por parte de um cliente, até o atendimento desse serviço, transcorre um processo sincronizado: deve existir suporte estrutural e funcional igualmente perfeito.

A estrutura organizacional e funcional da grande maioria dos hotéis compreende as seguintes áreas: hospedagem, alimentos e bebidas, administração, vendas.

Hospedagem: A área de hospedagem compreende vários setores ou serviços, dentro da estrutura organizacional de um hotel:

Reserva recepção portaria social telefonia governanta lazer limpeza

Comidas e Bebidas: A área de comidas e bebidas, dentro da estrutura organizacional do hotel é uma das mais complexas. É necessário dota-la de organização e controle, sob o comando de um excelente administrador.

Gerencia geral

Gerencia de comidas e bebidas

Restaurantes banquetes cozinha copa bar stwarding

Administração: A gerencia administrativa assume maior ou menor complexidade, dependendo do tamanho da empresa hoteleira.

Gerencia Geral

Gerencia administrativa

Portaria de serviço dep. De pessoal almoxarifado compras manutenção

Venda: O setor ou gerencia de vendas compõe-se, de: um gerente, alguns vendedores, uma secretária e um responsável pelas reservas.

Base Para Formação do Preço de Venda

Preço: É o valor estabelecido pelo vendedor para fazer uma venda. No preço está incluído o custo do serviço e o lucro do estabelecimento.
Gasto: É o valor pago por um bem, podendo ser incluídos a elaboração e comercialização, independente da quantidade adquirida.
Receita: É o preço de venda de um bem multiplicado pela quantidade vendida.
Despesa: É uma parte ou o todo do custo gasto no processo de elaboração de um produto, ou serviço.
Custo: A soma de todos os valores agregados, desde a fabricação até a comercialização de um bem ou serviço.
A técnica usada no sistema de custeio consiste no estudo, demonstração e analise das origens e destino dos custos, fornecendo subsídios para a administração do hotel.

Os principais termos utilizados para entendimento do custo em hotelaria são os seguintes:

Centro de custos: são as unidades nas quais são feitas as acumulações de custos. Normalmente a acumulação é feita por um departamento, mas pode haver tantas subdivisões quantas sejam necessárias.
Unidades de custo: Representam a totalização de custos por lotes, pedidos ou outras unidades utilizadas para fornecimento de serviços aos clientes do hotel.
Custo: É a avaliação em unidades de dinheiro de todos os bens materiais e imateriais, trabalho e serviços consumidos pelo hotel, na produção de seus serviços, bem como aqueles consumidos na manutenção de suas instalações e equipamentos. O custo é muito importante, pois sem uma previsão, não é possível planificar a administração financeira do estabelecimento.
Custo Direto e indireto: Esta classificação é importante para a gerencia da empresa e para determinação do custeio efetivo.Por ex; os custos diretos são aqueles identificados e aplicados diretamente em um determinado bem ou serviço, como no setor de alimentos e bebidas; os custos indiretos são aqueles identificados como uma unidade produtiva, mas, não diretamente com o produto ou serviço, como o aluguel do prédio do hotel.

Custo da Mão-de-Obra Direta e Indireta: Os custos de mão-de-obra são significativos em empresas hoteleiras. Em alguns casos podem formar mais da metade dos custos de uma organização, considerando salários e encargos. Na mão-de-obra direta o custo pode ser identificado com um determinado produto, entretanto a mão-de-obra indireta é impossível de ser associada diretamente com um determinado produto, por ex: Marketing, Administração.

Existem custos em todas as atividades econômicas, sendo que estes custos devem ser divididos de acordo com as classificações e finalidades de cada custo.

1- Quanto à natureza: Os custos devem ser classificados, visando a formação de grupos, de forma que reúna os custos da mesma natureza. Os lançamentos contábeis devem ser realizados tendo como limitação e extensão o Sistema Uniforme de Contabilidade para os Hotéis.

A classificação dos custos deve fazer com que os registros contábeis sejam iguais em qualquer período. Cada hotel deve possuir títulos próprios às suas necessidades e para cada uma das suas operações deve usar, uma classificação própria. Cada custo deve ser alocado a um ou mais departamentos ou funções da empresa. Assim, será obtida a classificação de custo por função.

2- Quanto à Função: A departamentalização do hotel deve assumir níveis de acordo com o seu organograma, e através dele realizar uma classificação de cada custo. As funções podem ser centralizadas em cinco níveis: Direção, apoio, gerencia, supervisão e execução; Sendo que para o nível de gerencia há três outras classificações de custo:

Custo de produção: São aqueles que ocorrem nos setores de produção e necessários apenas á elaboração dos bens e serviços, tais como mão-de-obra e outros custos indispensáveis à elaboração dos produtos de um hotel.
Custo administrativo: São os dispêndios necessários à administração do hotel como um todo: a programação e ao controle, indispensáveis à execução das políticas e da programação das atividades das empresas.
Custo de comercialização: Os custos com a divulgação do hotel, com comissão de agencias, com translado de hospedes e, em alguns casos, com o check-in e check-out.
3- Quanto a Formação: são classificados em fixos, variáveis e mistos.

Custos Variáveis: Dependem da oscilação quantitativa da atividade da empresa; quanto maior o volume de produção, maior será o consumo dos itens que geram esses custos, ou seja, quanto mais se produzir mais gastos com materiais para a produção. Ex: salários pro comissão.
Custos Fixos: O montante dos custos fixos independe do volume de produção.
Podem ser divididos em custos fixos repetitivos e custos não relativos. Os repetitivos seriam aqueles que, por vários períodos atingem a mesma importância. Ex: salários.

Os
não relativos seriam aqueles que possuem uma oscilação de período em período. Ex: a energia elétrica.

Custos Mistos: São aqueles que possuem, uma parcela fixa e uma parcela variável.
4- Quanto à Ocorrência: Nos hotéis existem diversas etapas de produção; em cada uma delas os custos podem ser determinados e acumulados. Podem ser classificados em:

Custo Básico: ocorrem na fase de elaboração do produto. É representado pelo valor da matéria prima ou do material direto consumido.
Custo de transformação: É o valor dos elementos que são aplicados à formação do custo básico, tais como mão-de-obra direta apropriada e os custos indiretos.
Custo Direto ou Primário: Une o valor da matéria-prima direta ou material direto e da mão-de-obra direta apropriada, é expresso pela soma destes dois custos. São os primeiros custos a ocorrerem no processo de produção.
Custo indireto: É formado pela soma de todos os custos não primários de produção e não classificados como matéria-prima ou mão-de-obra direta.
Custo de Elaboração: Representa o susto total aplicado durante um determinado período no setor de elaboração de uma tarefa ou serviço, independente da tarefa ficar pronta ou não.
Custos dos Produtos Elaborados: Alguns itens não são totalmente concluídos no final do período contábil. Este custo é somente o valor aplicado nas unidades que se transformaram em produtos acabados.
Custo dos Produtos Vendidos: É o custo dos produtos efetivamente vendidos. Não devem ser considerados os valores dos bens e serviços elaborados, porém não vendidos.
Estrutura e Custo dos Capitais Próprios e de Terceiros

Custo de Capital: É a taxa de retorno mínima para atrair recursos para um investimento, ou seja, uma taxa que “garanta” a rentabilidade da empresa em níveis razoavelmente atrativos e seguros.

Capital da Empresa: Pode ser definido como a soma dos empréstimos recebidos de terceiros e que permanecerão a longo prazo, mais os recursos mantidos pelos sócios.

Custo do Capital Próprio: Pode ser definido como a taxa de retorno esperado, propriamente em mercados de capitais, para investimentos alternativos em risco equivalente.

Custo do Capital Próprio da Empresa: É a taxa de desconto, ou o valor do dinheiro no tempo, usado para converter o valor esperado dos fluxos de caixa a valor presente.

O investidor apenas aprovara projetos que lhe tragam retornos maiores que os mínimos por ele exigidos. Se uma empresa hoteleira, obter retornos superiores ao custo de capital, seu valor presente aumenta, no que reflete no crescimento do valor do seu patrimônio, tornando a empresa mais forte e com possibilidade de crescimento continuado.

Custo do Capital Total: O custo do capital total considera tanto o Capital Próprio como o Capital de Terceiros, utilizados pelo hotel. A avaliação dos ativos de uma empresa, com base no custo médio ponderado de capital, permite evidenciar a maior parte das decisões que envolvem investimentos.

Ponto de Equilíbrio: O ponto de equilíbrio nada mais é do que o ponto em que o valor das vendas se iguala ao custo dos recursos utilizados para a obtenção deste produto ou serviço, que é o custo total.

Lucro e Prejuízo

Quando um hotel ultrapassa o ponto de Equilíbrio, obtém lucro; no caso oposto, quando o hotel esta trabalhando abaixo, gera prejuízo. Portanto caso um hotel registre, habitualmente, vendas de diárias em níveis que não ultrapasse o ponto de Custos Totais, deve, com urgência, procurar identificar qual a causa desta instabilidade e, assim que a descobrir, tomar as medidas e providencias necessárias para solucionar o problema de receita baixa e/ ou custos altos.

O prejuízo pode ser evitado com uma analise criteriosa de todos os custos e da participação de cada setor, produto e/ ou serviço. Dessa maneira pode-se decidir, por exemplo, pela terceirização de um serviço que esteja gerando prejuízo.

Sistema de Custo Padrão

As informações financeiras, disponíveis nos arquivos da contabilidade das empresas hoteleiras, podem ser usadas como base para um planejamento do seu futuro. Este planejamento é chamado de custo padrão. O seu propósito é prever gastos da produção ou serviços do ano todo e assim saber se a empresa está atendendo ou não às expectativas de produção, promover medir eficiências, simplificar os procedimentos, controlar e reduzir ao máximo os custos, fixar os preços de venda e avaliar os níveis de estoque. Para algumas empresas este sistema representa uma técnica para se obter o controle total de sua produção, podendo até prever seu lucro. Isso porque o Custo Padrão oferece meios de se comparar o desempenho e os resultados reais, com as metas estabelecidas.

Na hotelaria ele é utilizado para o planejamento dos cálculos futuros na área de alimentos e bebidas, salários dos funcionários, reservas e outras.

IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISS

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador à prestação de serviços constantes da lista anexa á Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo DL 406/1968 e alterações posteriores. A partir de 01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar 116/2003.

Contribuinte

Contribuinte é o prestador do serviço.

Local dos Serviços

O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos itens I a XXII do art. 3 da Lei Complementar 116/2003.

Anteriormente a edição da LC 116/2003, o STJ manifestou entendimento jurisprudencial que o local de recolhimento do ISS é onde são prestados os serviços. Leia a jurisprudência do Acórdão STJ 252.114-PR.

Alíquota Mínima

A Emenda Constitucional 37/2002, em seu artigo 3, incluiu o artigo 88 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, fixando a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por cento), a partir da data da publicação da Emenda (13.06.2002).

A alíquota mínima poderá ser reduzida para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968.

Alíquota Máxima

A alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei Complementar 116/2003.

ISS na Exportação de Serviços

O ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.

Nota: são tributáveis os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

Plano de Contas de Hotel

O agrupamento de contas dos demonstrativos de balanço obedece basicamente às disposições da lei nº 6.404, que fixou normas e padrões a serem adotados para a elaboração do Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultados das empresas.

A estrutura básica destes instrumentos, de acordo com a referida lei será descrita a seguir, atenta às condições e natureza das operações da área de hotelaria.

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE

Disponível

Caixa

Fundo Fixo de Caixa

Disponibilidade em moeda estrangeira

Banco Conta Movimento

Numerário em transito

Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata

(-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado

REALIZADO A CURTO PRAZO

Créditos

Clientes

Duplicatas a receber

Hospedagem em curso

(-) Duplicatas descontadas

(-) Provisão para devedores duvidosos

Contas a receber

Aplicações financeiras

Impostos a recuperar

Outros créditos

Estoques

Despesa do exercício seguinte

REALIZADO A LONGO PRAZO

Depósitos e cauções

Depósitos incentivos fiscais

Empréstimos compulsórios

Créditos com sociedade coligada

Títulos e valores mobiliários

ATIVO PERMANENTE

INVESTIMENTO

Cauções permanentes

Imóveis não destinados a uso

Obras de arte

Terrenos e imóveis (para futura utilização)

Participações em coligadas e controladas

(-) Depreciação de imóveis não destinados a uso

Outros investimentos permanentes

IMOBILIZADO

Imóveis de uso

Instalações

Maquinas, aparelhos e equipamentos

Moveis e utensílios

Obras de arte e artigos de luxo

Materiais de reposição

Equipamentos e processamentos de dados

Veículos

Outras imobilizações

Imobilizações em andamento

(-) Depreciação e amortização acumulada

DIFERIDO

Despesas pré-operacionais

(-) Amortização acumulada

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE

Fornecedores

Empréstimos e financiamentos

Contribuições e impostos a recolher

Contas a pagar

Outras obrigações

Provisões

EXIGIVEL A LONGO PRAZO

Fornecedores

Empréstimos e financiamentos

Débitos com sociedades ligadas

Débitos com sócios e acionistas

Provisões

RESULTADOS DE EXERCICIOS FUTUROS

Receitas de exercícios futuros

(-) custo s/ receita de exercício futuro

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

Reserva de capital

Reserva de reavaliação

Reserva de lucros

Resultados acumulados

Lucros acumulados

(-) Prejuízos acumulados

Resultado do exercício

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO

Demonstração que revela a composição do resultado de um determinado período de operação da empresa.

DRE

RESULTADO OPERACIONAL

Receita operacional liquida

Receita de vendas de mercadorias e produtos

Recuperação de despesa

Comissões diversas

Receitas especiais

(-) Deduções de vendas e serviços

Custos dos serviços

Custos dos produtos vendidos

Administração do hotel

Despesas administrativas

Depreciação e amortização

Encargos financeiros líquidos

RESULTADO NÃO OPERACIONAL

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA

RESULTADO LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

Demonstração contábil destinado a evidenciar, num determinado período o lucro do período e a sua distribuição e movimentação nos resultados acumulados da empresa (lucros ou prejuízos).

A demonstração apresentará discriminadamente:

Saldo do inicio do período;
Ajustes de exercícios anteriores;
Parcela de lucros, incorporada ao capital;
Correção monetária;
Recursos e reservas;
Resultado líquido do período;
Compensações de prejuízos;
Destinações do lucro líquido do período;
Lucros distribuídos;
Saldo no final do período.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Demonstração destinada a evidenciar, num determinado período a movimentação das contas patrimoniais da empresa.

A demonstração apresentará:

Saldo no inicio do período;
Ajustes de exercícios anteriores;
Reversões e transferências de reservas e lucros;
Aumentos de capital, indicando a sua natureza;
Redução da capital;
Destinação do lucro líquido do período;
Reavaliação de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos correspondentes;
Resultado líquido do período;
Compensações de prejuízos;
Lucros distribuídos;
Saldo no final do período…
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Demonstração destinada a evidenciar, num determinado período, as modificações, que originaram as variações no capital circulante líquido da empresa.

A demonstração apresentará:

Valor resultante das operações da empresa, correspondente ao resultado líquido do período, retificado por valores que não geraram movimentação de numerário ou não afetaram o capital circulante, que poderá constituir-se ou em aplicação de recursos;

Origens dos recursos tais como:

Aportes de capital;
Recursos de realização de ativos de longo prazo e permanente;
Recursos de capitais de terceiros de longo prazo;
Aplicações dos recursos tais como:

Pagamento das participações nos lucros aos acionista ou sócios;
Aquisição do permanente e ativos de longo prazo;
Pagamento de obrigações de longo prazo;
Reembolsos de capital;
Variação de capital circulante líquido, resultante da diferença entre os totais das origens e das aplicações dos recursos.

Demonstração da variação do capital circulante líquido compreendendo os saldos iniciais e finais do ativo e do passivo circulante e respectivas variações líquidas do período.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

“A Qualidade daquilo que resulta de um processo é determinada pela Qualidade daquilo que entra e do que acontece em cada etapa ao longo do caminho. Portanto, precisamos construir Qualidade em todas as etapas, processos e sistemas da organização” (Scholtes). A qualidade fundamenta-se em todo processo estrutural do Hotel. Portanto, é preciso derrubar todas as barreiras existentes entre as diferentes unidades ou áreas, integrando cada vez mais as pessoas que as compõem.

O procedimento da Qualidade Total tem como resultado um encaminhamento do trabalho para um perfeito estado, onde todas as pessoas e todos os setores possam se equilibrar com o intuito de satisfazer os clientes. É preciso romper certos paradigmas se ela quiser sobreviver. Este rompimento exige determinação, pois se mexe com a maneira de pensar das pessoas.

O turismo é uma grande arma econômica, que de forma planejada pode transformar uma economia. O turismo gera grande impacto positivo. Ele é um grande propulsor de empregos, e ele faz com que praticamente todas as áreas do local visitado, tenham desenvolvimento econômico.

É algo perigoso se analisado de curto prazo. Talvez o mais importante seja a forma de planejar. Afinal, o planejamento é a pedra angular para o desenvolvimento do turismo. Ou seja, o planejamento certo, bem pensado e estudado, tem grande chance de fazer com que a economia possa a cada dia desenvolver mais e mais.

No turismo há uma concorrência muito grande de disputa de mercado, e de turistas. Ganha essa disputa quem estiver mais preparado.

REFERENCIAS

1. ZANELLA, Luiz Carlos. Sistema de Custos em Hotelaria. 1º ed. Editora Ulbra, 1996. 147p.

2. FEMENICK, Tomislav R. (Coord). Sistemas de Custos Para Hotéis. 2º ed. Editora Cenaun, 2000. 127p.

3. ZANELLA, Luiz Carlos. Administração de Custos em Hotelaria. 1º ed. Editora EDUCS, 1993. 186p.

4. CASTELLI, Geraldo. Administração Hoteleira. 4º ed. Editora EDUCS, 1992. 404p.

5. ZANELLA, Luiz Carlos. Manual de Contabilidade Para Hotéis e Restaurantes. 1º ed. Editora Palloti, 1994. 117 p.

6. http://www.ecotributos.com.br/tributos/iss.html

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