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sexta-feira, dezembro 13, 2024

ESQUELETO, EXOESQUELETO E ENDOESQUELETO

Se quisermos construir uma boneca, podemos utilizar pedaços de pano – feltro, por exemplo – recortar a cabeça, os olhos e boca, fazer um vestidinho, cortar novamente os braços e as pernas, utilizar lã para fazer o cabelo, mais uma vez recortar os sapatinhos, colar as diferentes partes e pronto, nossa boneca ficou perfeita.

Mas será que ela está mesmo perfeita? Será que conseguiremos colocá-la em pé? Se ela for feita só de pano, é bem provável que não…

A grande maioria dos animais tem uma estrutura firme – o esqueleto -, que dá forma e sustentação ao corpo, que dá apoio aos seus músculos.

Alguns animais invertebrados aquáticos e até mesmo outros terrestres não possuem esqueleto. Você já viu um animal marinho conhecido como água-viva? Assim como a boneca de pano, ela não tem nada em seu corpo que a sustente. Entretanto, ela vive na água, a qual serve de sustentação para o seu corpo.

Ossos são as vigas do corpo
Se não possuíssemos os ossos que formam o nosso esqueleto, nosso corpo ficaria como o corpo da boneca já mencionada e nós não poderíamos contar com a água para nos sustentar. Os ossos do nosso esqueleto fazem a sustentação do nosso corpo, como as vigas e as colunas fazem a sustentação de uma casa ou prédio.

Nosso esqueleto possui mais de 200 ossos, longos ou curtos, chatos ou redondos. Tocando suas mãos, seus dedos, suas pernas e pés você pode sentir alguns de seus ossos, os quais fazem parte de seu esqueleto.

Às vezes, quando nos alimentamos da carne de outros animais, por exemplo, seja de frango, de porco ou de boi, podemos nos deparar com vários tipos de ossos. Por outro lado, você até já pode ter encontrado o esqueleto de algum animal ao fazer um passeio no campo, por exemplo. Em ambientes selvagens ou rurais, principalmente, podemos encontrar esqueletos de pequenos mamíferos (ratos), aves (passarinhos), répteis (lagartixas) e anfíbios (sapos) com uma certa freqüência.

Exoesqueleto e endoesqueleto
O esqueleto de um animal pode ser externo (exoesqueleto), como uma concha ou como a cobertura do corpo de uma cigarra (exúvia), que muitas vezes encontramos nas árvores na época de crescimento (ecdise) desses animais.

Outros animais, como os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, citados anteriormente, possuem esqueleto interno (endoesqueleto). Em muitos casos, o esqueleto é rígido (como nos corais, moluscos e outros), mas em outros é móvel (ouriços do mar, grilos, gafanhotos, peixes, sapos, cobras, pássaros, cachorro).

Esses esqueletos estão intimamente ligados aos músculos. Associadas à musculatura, as articulações funcionam como alavancas para a locomoção, e possibilitam todos os movimentos necessários à vida desses seres.

O exoesqueleto limita o tamanho do animal. Já o esqueleto interno não impõe tantas limitações e, assim, podemos encontrar animais enormes que possuem esqueleto interno como os elefantes, rinocerontes, tubarões e baleias (esses dois últimos ainda têm parte do seu peso sustentado pela água).

Nem só de ossos se faz um esqueleto

Alguns invertebrados unicelulares (protozoários) possuem complicadas estruturas calcárias, silicosas ou orgânicas, que sustentam seus corpos. As esponjas têm lindas espículas microscópicas, fibras do mesmo material que forma as estruturas dos protozoários. Outros animais, como os corais e moluscos, possuem esqueletos calcários, que crescem nas suas margens e ficam mais espessos com a idade do indivíduo.

Os artrópodes, como os crustáceos (camarão, siri), e os insetos (formiga, barata, besouro, mosca, abelha, grilo) possuem esqueleto de uma substância orgânica (protéica). Esse exoesqueleto é articulado entre as partes do corpo (cabeça, tórax ou cefalotórax, e abdômen) e, nas extremidades, em outras regiões do corpo é rígido.

Para poder crescer, os artrópodos, passam periodicamente por mudas completas do seu revestimento, o esqueleto (como a exúvia da cigarra mencionada anteriormente). Após a muda, antes que o novo esqueleto endureça, o corpo do animal cresce.

Padrão básico dos esqueletos
O esqueleto interno dos animais possui um padrão básico comum, apesar de haver diferenças nos tamanhos e formas. O esqueleto desses animais suporta o corpo, fornece pontos de inserção da musculatura e protege o encéfalo e a medula espinhal.

Nos embriões de todos os vertebrados e em algumas espécies (como o tubarão), o esqueleto é formado por cartilagem. O esqueleto dos adultos de quase todas as espécies de vertebrados (desde os peixes ósseos até os mamíferos) são compostos por ossos, com cartilagem apenas nas articulações e em alguns outros pontos (como nariz e orelha).

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