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segunda-feira, setembro 30, 2024

PLACAS TECTÔNICAS

A palavra tectônica é de origem grega e significa contruir, portanto tectônica de placas quer dizer que a superfície terrestre é construída por placas. Algumas dessas placas formam o fundo do oceano, como a placa do pacífico, outras placas são o “assoalho” dos continentes , como a placa Sul Americana onde esta situado o território brasileiro.

Principais Placas Tectônicas da Crosta Terrestre
Placa Sul Americana – onde situa-se o Brasil e quase toda a América do Sul. Placa de Nazca, Placa Norte-Americana, Placa Africana, Placa Euro-Asiática, Placa do Pacífico, Placa Indo-Australiana, Placa Antártica.

Espessura e Mobilidade
As placas tectônicas tem espessura variável, nas regiões oceânicas são mais finas, as espessuras variam entre 10 km nas dorsais (cordilheira submarina) , até algumas dezenas de quilômetros. Já nas regiões continentais são mais espessas e podem chegar a 250 km de espessura.

É interessante reconhecer que as placas tectônicas estão assentadas sobre o manto que tem um comportamento viscoso, isto é pastoso, fazendo com que as mesmas se movam (escorregam), afastando-se ou chocando-se nas zonas de contato com as outras placas.

Conseqüências
O movimento das placas tectônicas que se deslocam sobre a astenosfera (parte pastosa) interagindo ao longo do tempo entre si em um processo geodinâmico que tem como conseqüência a origem das montanhas e bacias geológicas, provocando terremotos, vulcanismo, magmatismo e outros eventos geológicos todos decorrência desses movimentos das placas.

Terremotos
Os terremotos são tremores ou abalos causados pela liberação repentina da energia acumulada durante longos intervalos de tempo em que as placas tectônicas sofreram esforços para se movimentar.

Os maiores terremotos já registrados no planeta ocorrem em áreas de subducção, onde uma placa afunda abaixo de outra. Entre esses incluem-se o o maior de todos os terremotos, ocorrido no Chile em 1960, que alcançou a marca de 9.5 graus Richter, o terrremoto de 9.2 graus, em Prince William Sound, Alaska, em 1960, o de Andreanof, também no Alaska, em 1957, com 9.1 graus e o de magnitude 9.0 graus, ocorrido na península de Kamchatka, na Rússia, em 1952.

O devastador terremoto do dia 26 de Dezembro de 2004, que alcançou a marca de 9 graus na escala Richter , provocando as ondas gigantes na Ásia, ocorreu na interface entre as placas da Índia e Burma e foi causado pela liberação de energia que se desenvolve na subducção da placa Índica sobre a placa de Burma.

Que Poderosa Energia Moveria Estas Placas ? A principal explicação para o movimento das placas tectônicas é que em função da desintegração radioativa de átomos que ocorre no interior do planeta gerando o calor, que mantém o magma em estado fluido e um processo denominado correntes de convecção tenderia a levar o magma para a superfície, pressionando as placas , explicando também a origem do vulcões.

Tectônia
A adoção da teoria da tectônica de placas para explicar a dinâmica de transformação da crosta terrestre representou, para a tectônica, uma revolução científica análoga, em suas conseqüências, aos modelos atômicos de Rutherford e Bohr, para a física, ou à descoberta do código genético, para a biologia.

Tectônica é o ramo da geologia que estuda os processos mecânicos responsáveis pelas deformações da litosfera, bem como as estruturas resultantes desses movimentos. A crosta e a parte superior do manto, sujeitas às perturbações tectônicas, formam a tectonosfera. Os movimentos que resultam da deformação da crosta terrestre denominam-se movimentos tectônicos.

Os movimentos tectônicos alteram a distribuição das terras, mares, montanhas e vales. Por serem de longa duração, embora em geral muito lentos, esses movimentos podem formar grandes bacias sedimentares ou elevadas cadeias de montanhas. São classificados em verticais ou epirogenéticos e tangenciais ou orogenéticos, os quais originam, respectivamente, falhamentos e dobramentos.

No século XX, novas teorias tectônicas revolucionaram as concepções tradicionais sobre os movimentos da crosta terrestre. Apresentada em 1912, a teoria da deriva continental cedeu terreno ao longo do século à teoria da tectônica de placas. Tida como a teoria fundamental da geologia e da geomorfologia modernas, a tectônica de placas, formulada no fim da década de 1960, surgiu dos estudos dos deslocamentos continentais, terremotos e cinturões vulcânicos, assim como do alargamento dos assoalhos marinhos.

Deriva continental. Foi o alemão Alfred Wegener, astrônomo e meteorologista, quem formulou a teoria da deriva continental. Wegener imaginou que os continentes atuais estiveram anteriormente unidos num único supercontinente ao qual deu o nome de Pangéia (em grego, “tudo terra”). O cientista alemão não tinha, entretanto, provas totalmente convincentes de suas teorias. Os argumentos usados por Wegener para basear sua tese de que os continentes se moviam nos oceanos incluíam a correspondência entre os contornos dos continentes de um e de outro lado do Atlântico, o que permitiria encaixá-los como peças de um quebra-cabeças; a significativa quantidade de indicadores fósseis na África e na América do Sul anteriores ao período terciário; análises das semelhanças entre as estruturas geológicas dos dois continentes; e a reconstituição de antigos climas em diversos lugares do globo.

As teorias de Wegener encontraram poucos seguidores. Faltaram-lhe os avanços científicos do século XX para confirmar a existência inicial de um único continente, dividido depois em vários pedaços, que teriam sido impulsionados pela crosta oceânica recém-formada e deslizado como balsas sobre o manto superior.

Tectônica de placas
O geólogo americano Harry Hammond Hess expôs, em 1960, uma teoria da renovação constante dos assoalhos oceânicos, baseada em fundamentos essencialmente geológicos, que justificaria o afastamento dos continentes. As idéias de Hess partiam da existência de muito poucas rochas com mais de cem milhões de anos no fundo dos oceanos, o que o levou a acreditar que os sedimentos mais antigos foram empurrados para baixo.

A superfície do planeta não é uma placa imóvel, como se supunha no passado. Hoje, acredita-se que a camada superficial da Terra, a litosfera, com 50 a 150km de espessura, seja formada por um conjunto de cerca de vinte placas. A litosfera desliza sobre uma camada de rocha mais plástica, parcialmente derretida, conhecida como astenosfera.

Impulsionadas por forças ainda não inteiramente conhecidas, as placas se movem na superfície da Terra e interagem umas com as outras. Um dos mais importantes princípios da teoria da tectônica de placas é que cada placa se move como uma unidade distinta em relação às outras.

A região interna das placas permanece indeformada, mas suas bordas sofrem vários dos principais processos que modelam a superfície terrestre, como abalos sísmicos, vulcanismo e movimentos orogênicos. De acordo com a teoria da tectônica de placas, as placas da litosfera são constituídas de crosta continental e/ou oceânica, e suas bordas não coincidem normalmente com os limites entre oceanos e continentes. A placa do Pacífico, por exemplo, é totalmente oceânica, mas a maioria das grandes placas contém continentes e oceanos.

O contato entre placas pode ser divergente, convergente ou de transformação. No fundo dos oceanos, entre duas placas divergentes, localizam-se as cristas médio-oceânicas, que formam enormes cadeias de montanhas e vales, epicentros de terremotos submarinos. Ao longo dessas cristas estende-se uma fenda profunda através da qual ascende o magma proveniente do manto. Esse material faz aumentar a superfície do assoalho oceânico graças ao acréscimo de faixas paralelas de rochas magmáticas de ambos os lados das cristas.

A contínua formação de crosta oceânica produz um excesso que deve ser absorvido em outro lugar. Isso ocorre nas bordas de duas placas convergentes, quando uma delas “mergulha” sob a outra, e o excesso se funde com o interior do manto a profundidades de 300 a 700km. Essas regiões, onde a crosta oceânica mergulha para dentro do planeta, são denominadas zonas de subducção. Quando a colisão entre placas ocorre no oceano, produzem-se arqueamentos das bordas das placas, acompanhados de abalos sísmicos e atividade vulcânica. Isso dá origem às chamadas ilhas em arco, dispostas em semicírculo, como as ilhas vulcânicas do Caribe, Japão, Filipinas e Java.

No terceiro tipo de limite entre placas, as falhas de transformação e zonas de fratura, uma placa se move lateralmente com relação à outra, sem criar ou destruir crosta, mas provocando fortes terremotos. Esse é o caso, por exemplo, da falha de San Andreas, na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos.

O oceano Atlântico está situado sobre o cruzamento de quatro grandes placas: a norte-americana, a sul-americana, a eurasiana e a africana. A placa eurasiana mostra simultaneamente um deslocamento para leste e outro para sul. A placa africana apresenta um pequeno movimento em direção ao norte. Disso resulta que África e Eurásia entram progressivamente em colisão e tendem a comprimir o mar Mediterrâneo.
Os dois subcontinentes americanos se afastam da Eurásia e da África ao deslizarem sobre a crosta oceânica que surge na crista médio-oceânica atlântica. Ao mesmo tempo, no oceano Pacífico, outras placas oceânicas se deslocam em sentidos opostos umas às outras e se chocam com a vertente ocidental da América. Como conseqüência, ao longo da costa oeste do continente americano, essas placas se fundem numa extensa fossa. Esse movimento de subducção explica a formação das montanhas Rochosas e da cordilheira dos Andes, assim como os fenômenos vulcânicos e sísmicos da costa oeste do continente.

Tectônica de placas
Teoria que estuda os deslocamentos continentais, os terremotos, os cinturões vulcânicos e o alargamento da assoalho marinho, e que permite reconstituir as forças e processos que modelaram a superfície sólida da Terra.

Tectonosfera
Nome dado ao conjunto da crosta terrestre e da parte superior do manto, sujeitas a perturbações tectônicas.

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