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segunda-feira, outubro 14, 2024

Tipos de Eventos

Autoria: Jairo Silva

TIPOS DE EVENTOS: CURSO, WORKSHOPS e BRUNCH

Goiânia

Março – 2004

INTRODUÇÃO

Os eventos vêm-se tornando essenciais ao sucesso das organizações. Cada vez mais crescem em números, qualidade e sofisticação, vindo a ter grande espaço nas estratégias das empresas, investimentos até maiores que os feitos na mídia, tornando-se a “fachada” da empresa e trampolim para o desfecho de negócios.

Apresentamos nesse trabalho, além do workshop, curso e brunch, um breve comentário de outros tipos de eventos utilizados pelas mais variadas organizações, suas vantagens e critérios básicos para se chegar a uma conclusão de qual evento deverá ser utilizado, com o objetivo de não se prender apenas na obrigação dos três eventos mencionados acima. Nos três capítulos seguintes, encontramos os eventos “curso”, “brunch” e workshop.

CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS

Antes de tratarmos da classificação dos eventos é importante abordamos alguns conceitos de eventos. Existem muitas definições complexas, mas ainda nenhuma em comum acordo entre os autores; depois de várias análises sobre o conceito de eventos, a que nos parece mais sucinta, entre todos os autores é a seguinte:

“Evento – atividade dos mais diferentes tipos, reunindo pessoas” (ANDRADE, 1999, p. 117).

Com base em nossas pesquisas, chegamos a elaborar nosso próprio conceito de evento, que é o seguinte:

“Evento – Atividade que atrai pessoas com um objetivo, considerando suas ramificações”.

É importante lembrar que a opção por determinado evento deverá ser realizada em harmonia com a elaboração de outros planos de comunicação, para que a mesma imagem gerada nos eventos seja percebida quando forem utilizados os demais mecanismos de comunicação, como propagandas, publicidade e promoção de vendas.

Os diversos tipos de eventos que uma empresa organiza, patrocina ou participa podem ser classificados de acordo com vários critérios. A classificação visa esclarecer sobre diferentes possibilidades de realização de eventos. Quanto a finalidade, podem ser primordialmente institucionais e promocionais; quanto à periodicidade, esporádicos, periódicos ou de oportunidade; quanto à área de abrangência, locais, regionais, nacionais e internacionais; quanto ao âmbito, internos ou externos; quanto ao público-alvo desejado, corporativo ou para o consumidor; quanto ao nível de participação, patrocinado ou de realização própria. Não é uma classificação excludente, isto é, um evento pode ser ao mesmo tempo cultural e comercial, como as Bienais do Livro, voltado ao consumidor, e corporativo, coma a Fenit, e de alavancagem da imagem da empresa e de vendas, como os roadshows e assim por diante.

A classificação dos eventos é muito importante principalmente na hora de decidirmos qual evento será executado para a idéia na qual tivemos. Existem várias formas de se classificar eventos. Todo o evento nada mais é do que uma forma de reunião: “a reunião caracteriza-se como o embrião de todos os tipos de eventos. Trata-se do encontro de duas ou mais pessoas, a fim de discutir, debater e solucionar questões sobre determinado tema relacionado com suas áreas de atividade”. Também se assemelha com eventos, pois precisa ser planejada, ter convite, infra-estrutura e relatório para poder acontecer e atingir os objetivos.

Reunião dialogal: baseada na informação, no questionamento e na discussão.
Palestra, conferência, seminário, simpósio, convenção, entrevista, entre outros.
Reunião coloquial: baseada no entretenimento, no lazer, na aproximação entre as pessoas e na confraternização – coquetel, café da manhã, almoço, jantar, brunch, happy hour, entre outros.
Reunião Competitiva: concurso, torneios, entre outros.
Expositivas e Demonstrativas: feira, salão, mostra, exposição, desfile, lançamento de produtos, inauguração, entre outros.
È importante lembrar que devido à abrangência dos eventos, não devemos observar apenas a classificação de tipologia, mas também sua categoria e áreas de interesse.

Quanto à classificação por categoria, retrata uma gama de eventos, podendo assim ser resumido: Eventos especiais, de participação, permanentes, esporádicos, únicos, de oportunidade, de massa, de nicho, promocionais de marca, promocionais de produtos e serviços, locais, regionalizados e globais.

Na realidade o mais importante destas classificações é ter a informação correta para se planejar um evento de acordo com o objetivo, por exemplo, se o objetivo é atrair pessoas para discutir um assunto de uma determinada área, chamar este encontro de conferência, ao invés de fórum, ou então não identificar a área de interesse, ou não saber distinguir um evento competitivo de um expositivo.

Quanto à definição dos eventos encontramos uma forma didática de se definir alguns eventos, que parecem simples no nome, mas se não tomarmos cuidado podemos confundi-los e acabar atraindo um público não esperado, ou literalmente não executar o evento planejado, já que nossos objetivos não serão atingidos.

TIPOS DE EVENTOS

É importante salientar que existem definições mais detalhadas e outros tipos de eventos que não estão descritos aqui. Os eventos são:

Ciclo de palestras: é uma série de palestras. Tanto pode ser um assunto desdobrado em várias apresentações como vários assuntos que se complementam.Igualmente, pode ser ministrado por um ou vários palestrantes, especialistas no assunto.
Conferência: é uma reunião formal, em que um especialista desenvolve determinado tema sobre o qual tem amplo domínio. Ao final de sua exposição, responde perguntas.
Congresso: são reuniões promovidas por entidades de classe ou associações diversas, para apreciação, estudos, debates de interesses seus, de seus participantes ou sobre algum ramo de conhecimento que queira criar, desenvolver ou colaborar. Normalmente, o congresso se desenvolve em módulos ou sessões organizados de diversas formas: mesas-redondas, sessões plenárias, reuniões de comissões mistas, subcomissões, subgrupos ou grupos de trabalhos.
Convenção: é o esforço de um determinado agrupamento social. Normalmente busca a integração, o conhecimento recíproco dos seus participantes, a homogeneização de procedimentos, comportamentos ou informações.
Fórum: destinado exclusivamente às pessoas que dominem o assunto a ser tratado. O participante poderá debater com liberdade suas posições, sem restrições quanto à quantidade de participantes. Existe um mediador para garantir a participação livre dos interessados, direcionando-os na busca do consenso e no registro de opiniões significativas.
Inauguração: é um evento formal de alta representatividade social, e portanto, requer um planejamento minucioso, envolvendo todas as fases de um evento complexo, portanto, não deve ser confundido com apenas um cortar de fita e o descerramento de uma guarnição que envolve uma bela placa comemorativa.
Mesa redonda: técnica utilizada por pequenos grupos comprometidos com um mesmo ramo de conhecimento ou interesse, para esclarecimentos, troca de idéias, discussão de casos. Cada participante tem tempo para expor os seus pontos de vista, para serem apreciados e debatidos. Para se garantir a boa ordem dos trabalhos é nomeado um coordenador que todos devem acatar.
Palestra: uma pessoa, conhecida como palestrante, se propõe ou concorda em levar aos ouvintes o seu conhecimento, a sua experiência ou o seu entendimento sobre determinado assunto. Não existe uma regra fixa quanto ao tempo de duração e a participação do público. Normalmente, realiza-se no intervalo de 30 e 60 minutos, com ou sem perguntas durante a exposição. O comum é que perguntas ocorram após o término da palestra.
Recepção: simpática reunião, rápida e simples de se organizar e de baixo custo. Na maioria das vezes é feita na própria instalação (residência, escola, escritório, empresa) ou em clubes, objetivando atender às necessidades e às satisfações pessoais ou sociais.
Reunião: é o encontro de duas ou mais pessoas para o exercício de alguma atividade. Elas podem ser formais ou informais.
Seminário: destinado a pessoas que apresentem praticamente o mesmo nível de conhecimento. Os participantes têm prévio conhecimento do que será tratado. Divide-se em três fases: Exposição, discussão e conclusão.
Sessão de autógrafo: é o encontro do autor de um livro com o seu público. Com certeza vai ficar carinhosamente marcado por uma dedicatória e um autógrafo. O autor cria uma excelente oportunidade para confirmar as suas pesquisas, quanto ao tipo de pessoas que ele está sensibilizando com a sua escrita: expectativas, suas necessidades, etc.
Simpósio: os expositores debatem os assuntos com o público assistente, dentro de normas pré-estabelecidas.
Solenidade: normalmente é um evento que consegue concentrar muitas pessoas. Não raro, destina-se a homenagens que prevêem a entrega de prêmios, de placas comemorativas, prática de discursos, etc.
Workshop: na verdade, trata-se de uma Loja de Trabalho, cuja finalidade é promover o aprendizado de forma prática. (MARTINS, 1999, p. 77-81)
Brunch (breakfast + lunch) – tipo de evento criado nos Estados Unidos e adotado com sucesso no Brasil. Caracteriza-se por um café da manhã – almoço servido em estilo buffet, com o objetivo de apresentar e “vender” uma idéia ou produto a um grupo de pessoas, não exigindo contigüidade física entre os participantes.

Além do bom planejamento, o sucesso do brunch está no equilíbrio entre os doces e salgados e entre os sucos e bebidas. Deve ser lembrado de que se trata de um café da manhã-almoço, horário no qual os estômagos estão vazios.

Além do seu conceito empresarial, o brunch é utilizado socialmente em finais de semana, quando os horários são mais flexíveis e as pessoas acabam fazendo duas refeições em uma só. O horário ideal para sua realização é das 10:00 às 14:00 horas.

Happy Hour: empresarialmente, trata-se de um evento caracterizado por um drink, sempre ao final da tarde, utilizado como política de entrosamento da empresa. É dirigido a um número limitado de participantes, que se reúnem em local adequado – bar, galerias, restaurantes -, objetivando a otimização do relacionamento, entre drinks, canapés e uma boa conversa.
Pode haver entretenimento, como sorteios de aperitivos e jogos de salão, sendo o horário ideal para sua realização das 17:30 às 19:00 horas.

Almoço ou jantar: evento utilizado para comemorações, confraternizações e consolidação entre parceiros empresariais. O jantar é mais formal do que o almoço, exigindo uma forma mais elaborada, com planejamento e cerimonial adequados à ocasião. (MEIRELLES, 1999, págs 49- 55).
Coffee-break: é conhecido como a famosa “paradinha para o café”, ocorrendo em reuniões de altos executivos, cursos, palestras, congressos. Muitas vezes é utilizada uma sala de apoio para servir o coffee-break, que dura em torno de quinze minutos, ocorrendo ocasionalmente entre às 10:00 e às 15:00 horas. São servidos dois tipos de biscoito, pão doce, um tipo de salgado, suco de laranja, chá, café, leite, mel, geléias e manteiga.
Breakfast: é o desjejum ou café da manhã forte, normalmente informal e sadio. Envolve alimentos ricos em proteínas, cereais e vitaminas e pode ser realizado das 6:00 às 10:00 horas.
Coquetel: é um tipo de reunião social prática e rápida, em que as pessoas ficam em pé, circulando por entre vários grupos, o que estimula a comunicação entre as pessoas. Realizado por inúmeros motivos (homenagear alguém, inaugurações, comemorações, etc), permite reunir um número maior de pessoas, durante um determinado período, geralmente das 19:00 às 21:00 horas, sem dar muito trabalho aos anfitriões.
Um coquetel pede um cardápio simples: patês, torradas, petiscos, salgadinhos quentes, drinks variados e diferentes. Costuma-se resumir o coquetel em quatro S:

Surgir: ser pontual é ponto de honra na vida social;
Saudar: saber se apresentar, compor-se, ter entrosamento;
Sorrir: apresentar espírito de festa, ser agradável;
Sumir: saber que existe um limite de tempo para permanecer em coquetéis, nunca ultrapassar duas horas.
No tópico acima, apresentamos uma forma de fácil compreensão para classificar os eventos quanto sua tipologia, já que muitos autores somente descrevem os eventos, mas não os classificam como dialogais, ou competitivos e assim por diante, dizendo apenas o que são, sua definição, e não em que contextos estão inseridos. É importante lembrar que devido à abrangência dos eventos, não devemos observar apenas esta classificação, mas também sua categoria e áreas de interesse.

Quanto à classificação por categoria, NETO (1999, p. 25), retrata uma gama de eventos, podendo assim ser resumido: Eventos especiais, de participação, permanentes, esporádicos, únicos, de oportunidade, de massa, de nicho, promocionais de marca, promocionais de produtos e serviços, locais, regionalizados e globais.

Na realidade o mais importante destas classificações é ter a informação correta para se planejar um evento de acordo com o objetivo, por exemplo, se o objetivo é atrair pessoas para discutir um assunto de uma determinada área, chamar este encontro de conferência, ao invés de fórum, ou então não identificar a área de interesse, ou não saber distinguir um evento competitivo de um expositivo.

CURSO

Evento educativo, caracterizado pela apresentação de um tema específico, objetivando o conhecimento, treinamento ou a reciclagem dos participantes, capacitando-os para o exercício das atividades relacionadas ao assunto proposto.

Por serem permitidas perguntas e debates, o número de participantes não deve ser superior a 35 pessoas.

É produtivo para o curso que sejam utilizados recursos audiovisuais e fornecido material de apoio, como apostila, livro didático, pasta, bloco, caneta e certificado de conclusão ou participação. Também são permitidas gravações, anotações ou filmagens, desde que autorizadas pelo instrutor.

A duração do curso depende de vários fatores, variando entre mínimo de oito horas e o máximo de doze meses.

Segundo o dicionário, curso é uma série de lições sobre determinada matéria; conjunto de matérias que constituem um estudo.

BRUNCH (breakfast + lunch)

Tipo de evento criado nos Estados Unidos e adotado com sucesso no Brasil. Caracteriza-se por ser um café da manhã – almoço, servido em estilo buffet, com o objetivo de apresentar e “vender” uma idéia ou produto a um grupo de pessoas, não exigindo contigüidade física entre os participantes.

O número de participantes deverá estar de acordo com o tamanho do espaço físico utilizado e do cardápio escolhido, não havendo limite para tal.

Além do bom planejamento, o sucesso do brunch está no equilíbrio entre os doces e salgados e entre os sucos e bebidas. Deve ser lembrado de que se trata de um café da manhã – almoço, horário no qual os estômagos estão vazios. Tortas salgadas e sanduíches podem ser servidas com bolo inglês, pãezinhos, pães de queijo; frios e queijos são bem-vindos. Próximo da hora do almoço, empadas, coxinhas. Sucos, café, chá, leite podem estar lado a lado com coquetéis de frutas. Não abusar de cremes, chocolates e bebidas com alto teor alcoólico, principalmente na primeira fase do evento.

Além do seu conceito empresarial, o brunch é utilizado socialmente em finais de semana, quando os horários são mais flexíveis e as pessoas acabam fazendo duas refeições em uma só. O horário ideal para sua realização é das 10:00 às 14:00 horas.

Outras definições do Brunch:

1- Inclui grande parte dos itens do coffee-break, além de um ou mais pratos quentes, que possam ser degustados somente com garfo. Caso contrário, é melhor providencias mesas com cadeiras para todos. Geralmente, é realizado no final da manhã, próximo ao horário de almoço.

2- Contração inglesa de breakfast e lunh serve para designar o café-da-manhã reforçado que é servido aos domingos, próximos ao almoço ou em seu lugar.

3- Designação que se dá, nos EUA, a um buffet-lunch que serve simultaneamente de café da manhã e almoço, servido entre as 12 e às 15 horas.

4- Moda inventada pelos americanos, é a mistura do café da manhã (breakfast) com o almoço (lunch), daí o nome brunch. É ideal para festas que acontecem pela manhã e ultrapassam o horário do almoço, como primeira-comunhão, batizados, bar mitzvah e por que não uma reunião com os amigos ou uma festa de aniversário? A tendência é ousar! E você pode servir o que tiver vontade, desde que sirva componentes de café da manhã e almoço, como leite, café, chá, geléias, pães, quiches, pratos quentes, refrigerante, e inclusive, bebidas com álcool e doces. O sistema é o americano: você arruma tudo num bufê, desde o leite até os doces, e deixa cada um se servir à vontade. Se você colocou pratos em réchaud, preste atenção ao fogo, para que não fique nem muito forte a ponto de queimar o alimento, ou então que se apague, deixando que os pratos esfriem. A mesa deve ser tirada depois que o último convidado tiver ido embora.

WORKSHOPS

A definição do dicionário para workshop é: “curso intensivo ou grupo experimental”. Na prática, nesse tipo de evento profissionais do mesmo ramo, área de negócio ou até da mesma empresa reúnem-se em determinado local com o objetivo de solucionar um problema ou tema a eles apresentado.

Para desenvolver um workshop são utilizadas várias técnicas. Uma delas refere-se à experimentação. Nessa técnica é apresentado um problema que deverá ser respondido pelo grupo mediante tentativas e experimentos com o material fornecido, seja este o próprio produto – acabado ou inacabado -, sejam suas réplicas moldáveis ou qualquer outro material capaz de reproduzir uma situação real.

A utilização de um questionário aberto a ser preenchido individualmente pelos participantes após a apresentação do problema ou tema constitui-se em outra técnica bastante utilizada em workshops. Se for de interesse da empresa, o resultado do questionário poderá ser novamente colocado em pauta para discussão com o grupo e obtenção de um resultado final em comum.

A discussão entre os membros do grupo e a anotação das observações e conclusões pela equipe constitui-se em outro instrumento para atingir o objetivo desejado. É importante nessas reuniões propiciar uma comunicação aberta a todos os participantes, permitindo todo e qualquer tipo de comentário, sem criticas ou prejulgamentos de idéias.

Com relação ao público a ser chamado para esse tipo de evento existem duas possibilidades: ou se monta um grupo formado por clientes e parceiros ou se reúnem profissionais da própria empresa para discussão. Mesmo nos casos em que haja interesse de colher informações de ambos os grupos devem-se desenvolver eventos separados. Unindo-os, os profissionais da empresa sentir-se-ão constrangidos de expressar suas opiniões sinceras sobre o tema em questão, com receio de denegrirem a imagem da empresa ou dos produtos perante os clientes. Da mesma forma os clientes não se sentirão à vontade para opinar abertamente, com receio de receberem duras criticas dos profissionais da empresa presentes na reunião.

O local escolhido para o evento deverá ser neutro, isto é, fora do ambiente da empresa de cada profissional participante, mesmo nos casos em que estejam envolvidos apenas funcionários. O ideal é escolher uma sala de hotel, onde, além de não serem incomodados, os profissionais são se sintam pressionados.

Vários objetivos podem ser previstos para a realização de workshops, entre eles:

A- Desenvolvimento ou aprimoramento de produtos: As empresas podem utilizar de workshops para testar e verificar a reação dos clientes, prospects ou mesmo funcionários perante uma nova idéia de produto ou alguma alteração deste (embalagem, configuração, ingredientes, marcas, etc.) Nesses casos o grupo participante deverá ser escolhido com critérios bastante aprimorados, que garantam resultado efetivo e real. Se o grupo for formado por clientes, sugere-se optar por aqueles que possuam o seguinte perfil:

Clientes completamente satisfeitos com a empresa;
Clientes de conhecimento da diretoria ou gerência da empresa e que estejam há, pelo menos, dois anos com ela;
Clientes com conhecimentos de mercado e capacidade de analisa-lo;
Clientes principalmente confiáveis, no que se refere à credibilidade das informações e opiniões prestadas durante o evento e à confiabilidade mantida perante o mercado com relação aos resultados obtidos.
Para os grupos formados por profissionais da própria empresa, deve-se buscar aqueles que:

Tenham capacidade de observação e análise minuciosa;
Mantenham confiabilidade das informações e resultados obtidos no evento;
Tenham conhecimento do mercado, dos produtos, de concorrentes e da filosofia da empresa.
É ainda interessante mesclar profissionais de diferentes áreas da empresa, desde o atendimento até a área técnica, priorizando aquelas que mantém contato direto com o mercado. Deve-se aproveitar a contribuição gerada por profissionais de diferentes níveis hierárquicos da empresa e não somente os de primeiro e segundo escalões. Os níveis inferiores terão a possibilidade e oportunidade de expor suas opiniões e sugestões, nem sempre ouvidas ou objeto da devida atenção por parte de seus superiores.

Para os grupos formados por prospects, deve-se tomar muito cuidado na condução da reunião. Falhas graves nos produtos expostos, mesmo que ainda não concluídos, poderão desmotivá-los a futuras compras e, por sua vez, transmitir esse fracasso ao mercado.

B- Discussão de temas relevantes para o futuro da empresa. Debates sobre tendências de mercado, levantamento de oportunidades e possíveis ameaças são também objetivos para a realização de workshops.

Reunir profissionais de mercado, especialistas em determinado tema, clientes e prospects participativos e bem informados e funcionários de nível estratégico da empresa, ainda que em grupos separados, contribui para que sejam analisadas situações e tendências de mercado que no dia-a-dia da empresa são esquecidas pela falta de tempo e pelo envolvimento em tarefas operacionais.

É necessário que de tempos em tempos os decisores estratégicos da empresa possam reservar um momento de reflexão e estudo da situação atual da empresa e que possam ouvir – de seus clientes, prospects e especialistas (normalmente consultores) – as novas tendências e opiniões sobre o futuro do mercado. Empresas que não permitem essa abertura, mantendo seus profissionais alheios ao mundo exterior, apenas preocupados com a solução de problemas operacionais da empresa, acabam por deixar escapar novas oportunidades e não considerar possíveis ameaças ao seu negócio.

C- Solução de problemas operacionais da empresa. Quando a empresa passa por dificuldades operacionais – seja com relação aos produtos em serviços prestados, seja no tocante à operação – é possível recorrer a workshops para tentar soluciona-las.

Com esse tipo de reunião será possível discutir, com profissionais envolvidos direta ou indiretamente no problema, alternativas para soluciona-lo. Excepcionalmente, clientes, desde que de extrema confiança da empresa, poderão participar da reunião, apesar de geralmente esse fato não ser aconselhável. É interessante ainda contar com a colaboração de um especialista no assunto, para que ele possa orientar o grupo na direção correta da solução.

Nessas reuniões alguns cuidados e etapas deverão ser considerados:

Seleção de um mediador ou facilitador que deverá conduzir a reunião, fornecendo recursos aos participantes, controlando o tempo, evitando fugas quanto aos objetivos traçados e motivando o grupo a buscar soluções criativas, entre outras tarefas;
Definição e análise do problema. O grupo que irá tentar solucionar a questão levantada deverá compreender e perceber o problema da mesma maneira. É preciso, antes que se parta para a busca da solução, definir e analisar cada aspecto do problema e verificar se todos o entendem da mesma forma. Além disso os membros do grupo devem comprar para si o problema;
Inclusão no grupo dos reais envolvidos no problema. Se no grupo não estiverem as pessoas com o poder de interferir ou com a capacidade de resolver o problema, na prática, de nada adiantará a reunião;
Levantamento de alternativas de solução. A busca de alternativas inclui criatividade e participação geral. Isso significa que todos devem ter a oportunidade de expor idéias, sem preconceitos nem limites. Quanto maior o número de idéias, maiores as possibilidades de chegar próximo à solução ideal.
D- Treinamento. O workshop pode ser útil para o treinamento de clientes, canais de venda ou funcionários da empresa, no que diz respeito às novas técnicas, novos produtos/serviços ou mesmo reciclagem dos produtos já existentes.

Se o treinamento for planejado regionalmente esse tipo de evento pode assemelhar-se muito aos roadshows. A diferença básica, entretanto, está no fato de que em workshops há a participação aberta e livre de todos os membros do grupo, durante todo o período da reunião, enquanto em roadshows o evento é desenvolvido através de palestras proferidas pelos profissionais da empresa, cabendo à platéia tirar suas dúvidas e fazer perguntas no final. Além disso o próprio conteúdo do workshop é desenvolvido pelo grupo, apenas com a orientação de um roteiro predefinido e com objetivo comum e limite de tempo para seu atingimento. Essa diferença pode ser observada até na maneira como são dispostas as salas para cada tipo de evento.

Enquanto nos roadshows as salas utilizadas são normalmente dispostas em auditório, nos workshops priorizam-se as disposições que facilitem a comunicação entre os participantes, como as salas em “U” ou as com mesas compostas por oito a dez pessoas.

Workshops do Quality College

Os cursos e treinamentos são realizados nos formatos aberto ou “in-company” com recomendações e consultoria para a implantação. São os seguintes:

Clínica do Processo para a Melhoria da Qualidade para Gerentes.

Com 2 dias de duração este workshop visa mostrar aos gerentes como implementar o Processo para a melhoria da Qualidade em seus departamentos. O workshop inclui consultoria, recomendações de ações e orientações para a obtenção de resultados.

Workshops para a implantação da Melhoria da Qualidade.

Cada um destes workshops visam fornecer subsídios na implementação do Processo para a Melhoria da Qualidade. Eles orientam e dão apoio ao desenvolvimento de sistemas específicos para fortalecer a melhoria da qualidade.

Os temas dos workshop incluem: Conscientização, Ação Corretiva, Custo da Qualidade, Equipes para a Melhoria da Qualidade, Gestão da Qualidade dos Fornecedores, Medições.

CONCLUSÃO

Foram citados vários tipos de eventos nesse trabalho, com ênfase em três tipos, o workshop, curso e o brunch, de maneira didática e demonstrativa, mostrando quando e como utilizar cada um deles. Pois cada tipo de evento possui suas características peculiares, motivo pelo qual os passos, as vezes, as suas ordens direfem. Entretanto, pode haver coincidência entre alguns deles.

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Renato Brenol. Manual de eventos. Caxias do Sul: Educs, 1999.

CORNELL, Tim. Grandes Impérios e Civilizações: O Mundo Egípcio Vol. I. Rio de Janeiro: Del Prado, 1982.
MARTINS, Ana Maria Santana. Apostila sobre o curso Gestão de Eventos e Cerimonial. São Paulo, 2000.
MEIRELLES, Gilda Fleury. Tudo sobre eventos. São Paulo: STS, 1999.
NETO, Francisco Paulo de Melo. Marketing de eventos. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

GIACAGLIA, Maria Cecília. Organização de Eventos – Teoria e Prática. São Paulo: Thomson, 2003.

LUFT, Celso Pedro. Dicionário Brasileiro Globo. São Paulo: Globo, 1994.

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