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quarta-feira, abril 24, 2024

CERRADO BRASILEIRO

INTRODUÇÃO

O CERRADO brasileiro era desconhecido e pouco explorado há trinta anos. Estando presente em 13 Estados brasileiros e no Distrito Federal. É o segundo maior bioma brasileiro, tendo a maior biodiversidade da América do Sul, superado apenas pela Amazônia.

Como se não bastasse, no cerrado encontram–se nascente de cinco grandes bacias hidrográficas brasileiras: Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Norte-Nordeste, São Francisco, Atlântico-Leste e Paraná-Paraguai. Na Estação Ecológica de Águas Emendadas, situada no Distrito Federal, dá-se o encontro da bacia do Tocantins-Araguaia com a do Paraná-Paraguai, duas grandes bacias hidrográficas da América Latina. Todo este rico Patrimônio é recurso natural.

Localizado basicamente no Planalto Central do Brasil e uma pequena porção representada no Sul do Brasil, estado do Paraná, município de Jaguariaíva. O bioma é caracterizado por tipos específicos de vegetação, como a caatinga, o cerrado entre outros. É cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, com índices pluviométricos regulares que lhe propiciam biodiversidade Ocupa uma área superior a 2milhões de km², cerca de 24% do território brasileiro, abrangendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, o Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia.

Ocorre também em outras áreas nos estados de Roraima, ocorre também em outras áreas nos estados de Roraima, Pará, Amapá e Amazonas.

A Ocupação do Cerrado

O precursor do processo de ocupação do Brasil central, no século XVII, foi o interesse por ouro e pedras preciosas. Pequenos povoados, de importância inexpressiva, foram sendo formados na região que vai de Cuiabá a oeste do triângulo mineiro, e ao norte da região dos cerrados, nos estados de Tocantins e Maranhão. Contudo, foi somente a partir da década de 50, com o surgimento de Brasília e de uma política de expansão agrícola, por parte do Governo Federal, que iniciou uma acelerada e desordenada ocupação da região do cerrado, baseada em um modelo de exploração feita de forma fundamentalmente extrativista e predatória. A explosão agrícola sobre o cerrado deparou-se com uma região de solos,

caracteristicamente, com baixos teores nutricionais e ácidos.Estes, na maioria dos casos, não submetidos a qualquer trato cultural e ainda expostos a ciclos periódicos de queimadas, em poucos anos tornavam-se inviáveis para a produção a nível comercial. Esta situação iniciava um processo migratório das lavouras em busca de novas áreas de plantio. Comportamentos como estes podem ainda ser observados entre os pequenos produtores na região do cerrado. O desmatamento, para a retirada de madeira e produção de carvão vegetal, foi, e ainda são atividades que antecederam e “viabilizaram” a ocupação agropecuária do cerrado. Juntamente com o aumento das atividades agropastoris, o acelerado ritmo do processo de urbanização na região, no período de 1970-1991 houve um incremento demográfico de 93% na região dos cerrado, também tem contribuído para o aumento da pressão sobre as áreas ainda não ocupadas do cerrado. Estima-se que atualmente cerca de 40% da área do cerrado já perderam a cobertura original, dando lugar a diferentes paisagens antrópicas.

AREA DE DISTRIBUIÇÀO:

Estima-se que a área do Domínio do Cerrado tenha aproximadamente 1,5 milhões de km2. Se adicionarmos as áreas periféricas, que se acham encravadas em outros domínios vizinhos e nas faixas de transição, aquele valor poderá chegar a 1,8 ou 2,0 milhões de km2.

O cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima na flora com mais de 10.000 espécies de plantas, como a aroeira, o buriti, a peroba, o pau-de-tucano e o pequi. Mais de 233 espécies de orquídeas florescem apenas no Distrito federal.

Vegetação

Extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas – o cerrado. Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam à folhagem por outra totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto algum ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardas, e outros já se despiram totalmente delas. Assim, o cerrado não se comporta como uma vegetação caducifólia, embora cada um de seus indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da seca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo – arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação como um todo não.


Ipê-amarelo-cascudo (Tabebuia chrysotricha), árvore típica do cerrado.

Com uma extensão de mais de 8,5 milhões de km2, distribuídos por latitudes que vão desde aproximadamente 5º N até quase 34º S, o espaço geográfico brasileiro apresenta uma grande diversidade de clima, de fisiografia, de solo, de vegetação e de fauna.Sem dúvida, a existência daquela grande diversidade de condições ambientais, as quais criaram isolamentos geográficos e/ou ecológicos possibilitaram assim o surgimento de taxa distinto ao longo da evolução.Assim, no espaço do Domínio do Cerrado, nem tudo que ali se encontra é Bioma de Cerrado. Veredas, Matas Galeria, Matas Mesófilas de Interfluvio, são alguns exemplos de representantes de outros tipos de Bioma, distintos do Cerrado, que ocorrem em meio àquele mesmo espaço.

O Cerrado apresenta-se como um mosaico de formas fisionômicas, ora manifestando-se como campo sujo, ora como cerradão, ora como campo cerrado, ora como cerrado senso stricto ou campo limpo. Quando percorremos áreas de cerrado, em poucos km podemos encontrar todas estas diferentes fisionomias. Este mosaico é determinado pelo mosaico de manchas de solo pouco mais pobres ou pouco menos pobres, pela irregularidade dos regimes e características das queimadas de cada local (freqüência, época, intensidade) e pela ação humana. Assim, embora o Bioma do Cerrado distribua-se predominantemente em áreas de clima tropical sazonal, os fatores que aí limitam a vegetação são outros: a fertilidade do solo e o fogo.De um modo geral, podemos distinguir dois estratos na vegetação dos Cerrados: o estrato lenhoso, constituído por árvores e arbustos, e o estrato herbáceo, formado por ervas e subarbustos. A vegetação arbórea e arbustiva impressiona, pois possuem troncos e ramos tortuosos cobertos com uma cortiça grossa, as folhas são geralmente grandes e rígidas. O sistema subterrâneo, dotado de longas raízes, permite a estas plantas atingir 10, 15 ou mais metros de profundidade, abastecendo-se de água em camadas permanentemente úmidas do solo, até mesmo na época seca.Já a vegetação herbácea e subarbustiva, formada também por espécies predominantemente perenes, possui órgãos subterrâneos de resistência, como bulbos, xilopódios, sóboles, etc., capazes de armazenar água e nutrientes, possuem estruturas que podem ser interpretadas como algumas das adaptações dessa vegetação que lhes garantem sobreviver à seca e ao fogo, protegendo-as da destruição e capacitando-as para rebrotar após o fogo. Suas raízes são geralmente superficiais, indo até pouco mais de 30cm. Os ramos aéreos são anuais, secando e morrendo durante a estação seca.As savanas do Brasil destacam-se como unidades fitofisionômicas pela sua grande expressividade quanto ao percentual de áreas ocupadas. Dependendo do seu adensamento e condições edáficas, podem apresentar mudanças diferenciadas denominadas de Cerradão, Campo Limpo e Cerrado, entremeadas por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros.

CLIMA e HIDROGRAFIA

O clima predominante no Domínio do Cerrado é o Tropical sazonal, de inverno seco. A temperatura média anual fica em torno de 22-23ºC, sendo que as médias mensais apresentam pequena estacionalidade. As máximas absolutas mensais não variam muito ao longo dos meses do ano, podendo chegar a mais de 40ºC.Já as mínimas absolutas mensais variam bastante, atingindo valores próximos ou até abaixo de zero, nos meses de maio, junho e julho. A ocorrência de geadas no Domínio do Cerrado não é fato incomum, ao menos em sua porção astral. Em geral, a precipitação média anual fica entre 1200 e 1800 mm. Ao contrário da temperatura, a precipitação média mensal apresenta uma grande estacionalidade, concentrando-se nos meses de primavera e verão (outubro a março), que é a estação chuvosa.

Curtos períodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer em meio a esta estação, criando sérios problemas para a agricultura. No período de maio a setembro os índices pluviométricos mensais reduzemse bastante, podendo chegar a zero.Disto resulta uma estação seca de 3 a 5 meses de duração. No início deste período a ocorrência de nevoeiros é comum nas primeiras horas das manhãs, formando-se grande quantidade de orvalho sobre as plantas e umidecendo o solo. Já no período da tarde os índices de umidade relativa do ar caem bastante, podendo baixar a valores próximos a 15%, principalmente nos meses de julho e agosto.Água parece não ser um fator limitante para a vegetação do cerrado, particularmente para o seu estrato arbóreo-arbustivo.Como estas plantas possuem raízes profundas, atingindo camadas de solo permanentemente úmidas, mesmo na seca, elas dispõem sempre de algum abastecimento hídrico. No período de estiagem, o solo se desseca realmente, mas apenas em sua parte superficial ( 1,5 a 2 metros de profundidade).Conseqüência disto é a deficiência hídrica apresentada pelo estrato herbáceo-subarbustivo, cuja parte epigéia se desseca e morre, embora suas partes hipogéias se mantenham vivas, resistindo sob a terra às agruras da seca. Vários experimentos já demonstraram que, mesmo durante a seca, as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por transpiração, evidenciando sua disponibilidade nas camadas profundas do solo. Muitas espécies arbóreas de cerrado florescem em plena estação seca como o ipê-amarelo, demonstrando o mesmo fato.

A maior evidência de que água não é o fator limitante do crescimento e produção do estrato arbóreo-arbustivo do cerrado é o fato de aí encontrarmos extensas plantações de Eucalyptus, crescendo e produzindo plenamente, sem necessidade de irrigação. Outras espécies cultivadas em cerrado, como mangueiras, abacateiros, cana-de-açúcar, laranjeiras etc, fazem o mesmo.Geadas, todavia, prejudicam bastante as plantas matando suas folhas, que logo secam e caem, aumentando em muito a serapilheira e o risco de incêndios. Ventos fortes e constantes não são uma característica geral do Domínio do Cerrado. Normalmente a atmosfera é calma e o ar fica muitas vezes quase parado.Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeira e cinzas de queimadas a grandes alturas, através de redemoinhos que se podem ver de longe. Às vezes elas podem ser tão fortes que até mesmo grossos galhos são arrancados das árvores e atirados à distância.A radiação solar no Domínio do Cerrado é geralmente bastante intensa, podendo reduzir-se devido à alta nebulosidade, nos meses excessivamente chuvosos do verão. Por esta possível razão, em certos anos, outubro costuma ser mais quente do que dezembro ou janeiro. Como o inverno é seco, quase sem nuvens, e as latitudes são relativamente pequenas, a radiação solar nesta época também é intensa, aquecendo bem as horas do meio do dia. Em agosto-setembro esta intensidade pode reduzir-se um pouco em virtude da abundância de névoa seca produzida pelos incêndios e queimadas da vegetação, tão freqüentes neste período do ano.Situado a 19º 40′ de latitude sul, o cerrado está a apenas 835 metros acima do nível do mar. Apesar de abranger uma extensa área, a região de cerrado apresenta clima bastante regular, classificado como continental tropical semi-úmido. A temperatura média é de 25ºC, registrando máximas de 40ºC no verão. A estação seca começa em abril e continua até setembro.

Nesta estação os ventos predominantes são de leste ou de sudeste e as tempestades são muito raras. Os meses mais frios são junho e julho, com temperaturas que variam de 20 a 10ºC. Em agosto a temperatura é mais alta. Os meses mais chuvosos são: novembro, dezembro e janeiro. As precipitações em mm variam para diversas localidades: Formosa (GO), 1.592mm; em Cuiabá, 1.425mm, em Corumbá, 1.114mm. Ocorre vegetação de cerrado na Amazônia, no Nordeste, no Brasil Central, onde há uma estação seca que pode perdurar de 4 a 5 meses, ocorrendo chuvas nos meses restantes, num total que oscila em torno dos 1.400 – 1.500mm, mas ocorre também no Sudeste e no Sul, com precipitações um pouco menores, embora com temperaturas médias muito inferiores, havendo mesmo possibilidades de geadas freqüentes e rigorosas. Um dos fatores limitantes no Cerrado é a deficiência hídrica, que ocorre devido à má distribuição das chuvas, à intensa evapotranspiração e às características dos solos que apresentam baixa capacidade de retenção de água e alta velocidade de infiltração. O regime de precipitação da região apresenta uma oscilação unimodal com a época chuvosa concentrada no período de dezembro a março e a mais seca de junho a agosto. Esta diferença físico-climática da Região dos Cerrados tem forte influência na distribuição dos recursos hídricos. Zonas hidrológicas homogêneas estão estreitamente associadas a regiões físico-climáticas também homogêneas. O escoamento superficial em uma bacia hidrográfica é influenciado pelo clima, relevo, vegetação e pela natureza e estado de saturação do solo e subsolo. A rede hidrográfica dos Cerrados apresenta características bastante diferenciadas, em função da sua localização, extensão territorial e diversidade fisiográfica. Situada sobre o grande arqueamento transversal que atravessa o Brasil Sudeste e Central, a região abrange um grande divisor de águas, que separa os maiores sistemas hidrográficos do território brasileiro. Ao sul, abrange parte da bacia do Paraná; a sudeste, o Paraguai; ao norte, a Bacia Amazônica; a nordeste, Parnaíba e a leste, o São Francisco. O regime fluvial dos rios da região encerra, nestas condições, notáveis diferenças nas características físicas de suas bacias de drenagem e nas diversas influências climáticas que estão submetidas. Com relação às águas subterrâneas, os mesmos fatores físicos.

GEOGRAFIA, RELEVOS e SOLO.

Os pontos mais elevados do Cerrado estão na cadeia que passa por Goiás em direção sudestenordeste: o Pico Alto da Serra dos Pirineus, com 1.600metros de altitude, a Chapada dos Veadeiros, com 1.250metros de altitude, e outros pontos com elevações consideradas que se estendem em direção noroeste; a Serra do Jerônimo e outras serras menores, com altitudes entre 500 e 800metros de altitude.Seus terrenos são um tanto que acidentados, com poucas áreas planas. Nos morros mais altos são encontrados muitos pedregulhos, argila com inclusões de pedras e camadas de areia.

Outra formação é constituída por aflorações de rochas cacarias, com fendas, grutas e cavernas em diferentes tamanhos. Por cima das rochas, há uma vegetação silvestre. Possui campos e vales com vegetação bem característica, e há ainda uma mata ciliar rodeando riachos e lagoas. Os solos apresentam-se intemperizados, devido à alta lixiviação e possuem baixa fertilidade natural. Possuem grandes áreas, com a seguinte classificação: lato solo (escuro, vermelho-amarelo, roxo), areias, cambissolos, solos (concrecionários, litólicos) e lateritas hidromórficas. Em pequenas áreas ocorrem grupos de solos: podzólico (vermelho-amarelo), glei- húmico, solos orgânicos e terras roxas estruturadas (distrófico e estrófico).O solo do cerrado apresenta pH ácido, variando de 4,3 a 6,2.

Possui elevado conteúdo de alumínio, baixa disponibilidade de nutrientes, como o fósforo, o cálcio, o magnésio, o potássio, matéria orgânica, zinco, argila, compondo-se de caulinita, goetita ou gibsita. O solo é bem drenado, profundo e com camadas de húmus.As estruturas do solo do cerrado são em algumas partes bem degradadas devido às atividades agrícolas e pastagens, sendo recuperado com reflorestamento de espécies de Eucalyptus, associado com plantio de milho e feijão, além de café, freijó, maniçoba e palma.E a regeneração artificial é feito com espécies de Acácia, Agathis, Araucaria, Cássia, Cedrela, Cupressus, Pinus, Podocarpus, Terminalia, entre outras.A cobertura vegetal do Cerrado é a segunda mais importante do Brasil. Abrange aproximadamente 1.750.000 km², que corresponde a cerca de 20% do território nacional. Apresenta as mais diversas formas de vegetação, desde campos sem árvores, ou arbustos, até o cerrado lenhoso denso com matas ciliares. O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais de 10.000 epécies de plantas, com 4.400 endêmicas desse bioma.

É classificado como tendo formações vegetativas primitivas, com quatro divisões: matas, campos, brejos e ambientes úmidos com plantas aquáticas. As matas ocupam as depressões, vales e cursos de águas e possuem poucas epífitas.Os campos cobrem a maior parte do território, denominada campestre. É essencialmente coberto por gramíneas, com árvores e arbustos. É também subdividido em campo de cerrado, campo de limpo, que se diferenciam na formação do terreno e na composição do solo, com declives ou planos.A vegetação de brejos é composta por gramíneas, ciperáceas, arbustos, pequenas árvores isoladas, algumas ervas, entre outras diversidades de espécies.As árvores mais altas do cerrado chegam a 15metros de altura e formam estruturas irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25metros e possuem normalmente folhas pequenas e decíduas.

Nos chapadões arenosos e nos quentes campos rupestres do Cerrado, estão as mais exuberantes e exóticas bromeliáceas, cactos e orquídeas, contando com centenas de espécies endêmicas. E ainda existem espécies desconhecidas, que devido à ação antrópica do homem podem ser destruídas antes mesmo de serem catalogadas.As próprias queimadas, freqüentes neste tipo de bioma, são mal interpretadas. Na verdade, as queimadas periódicas (com intervalos maiores do que 5-7 anos) já aconteciam no Cerrado antes da chegada do ser humano. A maioria das plantas do Cerrado está adaptada ao fogo, possuindo cascas grossas e brotos subterrâneos. Há, inclusive, várias espécies de plantas que só germinam após as queimadas. Mas as queimadas intensas, feitas a cada um ou dois anos pelos pecuaristas, são extremamente nocivas ao Cerrado.

TIPOS DE CERRADO

A vegetação do bioma do cerrado, não possui uma fisionomia única em toda sua extensão. Muito ao contrário ela é bastante diversificada, apresentando desde formas campestres bem abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas, florestais, como os cerrados. Entre esses dois extremos, vamos encontrar diversas formas intermediárias, com fisionomia de savana, como os campos sujos, os campos cerrados, o cerrado senso stricto.

CAMPO LIMPO

Campo Limpo é essencialmente herbáceo, com poucos arbustos distribuídos de forma bastante esparsa e um outro indivíduo arbóreo. Nesta fita fisionomia, muitas vezes, surge inclusões de cerrado típico, compondo uma feição de mosaico. Também onde há nivelamento de água a composição florística se torna muito distinta pela predominância de espécies de Cyperaceae entre as quais se destacam as conhecidas como capim estrela (Dichromena), que embelezam os campos com suas inflorescências brancacentas.

CAMPO SUJO

No Campo Sujo, a vegetação de feição herbáceo-arbustiva, apresenta indivíduos arbóreos distribuídos muito esparsamente, sendo as espécies lenhosas, em sua maioria, compostas de exemplares menos desenvolvidos de algumas espécies comuns nas formações savânicas. A composição florística do campo limpo e do campo sujo é quase idêntica, havendo, entretanto uma acentuada redução dos componentes lenhosos no campo limpo, que apresenta também menor diversidade específica. O aspecto graminoso é aparentemente uniforme da vegetação, encobre à primeira vista, uma grande riqueza de espécies, com formas de crescimento aspectos morfológicos muito especiais. São freqüentes as que pertencem a diferentes tipos de táxon distintos, que por convergência adaptativa adquiriram a aparência graminosa.

CAMPO CERRADO

É um tipo de vegetação sobre topos de serras e chapadas de altitudes superiores a 900m com afloramentos rochosos onde predominam ervas e arbustos, podendo ter arvoretas pouco desenvolvidas. Em geral, ocorre em mosaicos, não ocupando trechos contínuos. Apresenta topografia acidentada e grandes blocos de rochas com pouco solo, geralmente raso, ácido e pobre em nutrientes orgânicos. Em Campos Rupestres é alta a ocorrência de espécies vegetais restritas geograficamente àquelas condições ambientais (endêmicas), principalmente na camada herbáceo-subarbustiva.

Algumas espécies destacam-se nessa vegetação como: Wunderlichia spp (flor-do-pau), Bulbophyllum rupiculum (orquídea), Xyris paradisiaca (pirecão) e Paniculum chapadense (gramínea).

Cerrado Sentido Restrito (stricto senso)

Fita fisionomia característica do bioma Cerrado com árvores baixas e retorcido, arbustos, subarbustos e ervas. As plantas lenhosas em geral possuem casca corticeira, folhas grossas, coriáceas e pilosas.

Podem ocorrer variações fisionômicas devido à distribuição espacial diferenciada das plantas lenhosas e ao tipo de solo. Dentre algumas espécies encontradas nessas áreas: Kielmeyera spp (pau-santo), Magonia pubescens (tingui), Callistene spp (pau-jacaré) e Qualea parviflora (pau-terra-de-folha-miúda).

Cerrado Rupestre

É uma das formas de cerrado sentido restrito de constituição arbórea, arbustiva e herbácea, que ocorre em ambientes rupestres. Os solos são rasos, com afloramentos rochosos e pobres em nutrientes. No estrato arbóreo-arbustivo, estão presentes espécies como: Wunderlichia crulsiana (flordo-pau), Didymopanax spp (mandiocão), Tabebuia spp (ipês), Vellozia spp (canela-de-ema,candombá) e Mimosa Regina. No estrato herbáceo encontram-se: Rhynchospora globosa (amarelão), Paepalanthus acanthophylus (chuveirinho), Paepalanthus eriocauloides (mosquitinho), Echinolaena inflexa (capim-flexina), Loudeotiopsis chrysothryx (brinco-de-princesa), Xyris schizachne (pimentona), Xyris hymenachne (pimentinha-prateada), Lagenocarpus rigidus tenuifolius (capim-arroz).

Cerradão

É uma formação florestal que apresenta elementos xeromórficos (adaptações a ambientes secos) e caracteriza-se pela composição mista de espécies comuns ao Cerrado Sentido Restrito, à Mata de Galeria e à Mata Seca. Apesar de poder apresentar espécies que estão sempre com folhas (perenifólias), muitas espécies comuns ao Cerra dão apresentam queda de folhas (caducifólia ou deciduidade) em determinados períodos da estação seca, tais como Caryocar brasiliense (pequi), Kielmeyera coriacea (pau-santo) e Qualea grandiflora (pau-terra). São encontradas poucas espécies epífitas. Em geral, os solos são profundos, de média e baixa fertilidade, ligeiramente ácidos, bem drenados (lato solo vermelha-escuro). De acordo com a fertilidade do solo, podem ser classificados como distróficos, quando pobres, e mesotróficos, quando mais ricos em nutrientes. Como exemplo dessa fitofisionomia, na Chapada dos Veadeiros, onde são comumente encontradas as seguintes espécies lenhosas: Agonandra brasileense (pau-marfim), Callistene fasciculata (faveiro), Stryphnodendron adstringens (barbatimão), Copaifera langsdorfii (copaíba), Magonia pubescens (tingui), Xilopia aromática (pindaíba).
Quanto ao estrato herbáceo, são freqüentes os gêneros de gramíneas: Aristida, Axonopus, Paspalum e Trachypogon.

Mata Seca ou Mata Mesofítica

É um tipo de formação florestal que não está associada com cursos de água e apresenta diferentes índices de deciduidade durante a estação seca. Pode ser de três tipos: Mata Seca Sempre-verde, Mata Seca Semidecídua e Mata Seca Decídua. Os dois primeiros ocorrem sobre solos desenvolvidos em rochas básicas de alta fertilidade (terra roxa estruturada) e média fertilidade (lato solo vermelhoescuro).

A Mata Seca Decídua em geral ocorre sobre afloramentos de rochas calcárias. O estrato arbóreo apresenta altura que varia entre 15 e 25 metros. Entre suas árvores eretas destacam-se: Amburana cearensis (imburana), Anadenanthera colubrina (angico) e Tabebuia spp (ipês). Nas matas secas encontra-se uma variedade de espécies decíduas, semidecíduas e sempre-verdes, destacando-se as leguminosas Acácia poliphylla (angico-monjolo), Anadenanthera macro carpa (angico), Sclerobium paniculatum (carvoeiro), Hymenaea stilbocarpa (jatobá) e a voquisiácea Qualea parviflora (pau-terra-de-folha-pequena).

MATA MESÓFILA DE INTERFLÚVIOS

Subsistema de mata ocorre nos interflúvios em várias áreas da província dos cerrados, com solo de boa fertilidade natural, derivado de rochas alcalinas como basalto ou gabros e, às vezes, algumas formas de gnaisse ou mica xisto, como é o caso do antigo “Mato Grosso de Goiás”. São sempre verdes ou semidecíduas quando estão sobre solos mais profundos, do tipo latos solos vermelho-escuro, latos solo roxo e podzólicos. Em vários locais, como no sul de Minas, nordeste de Goiás, oeste da Bahia, entre outros. São completamente decíduas quando estão sobre solos rasos de afloramentos calcários.

Estruturalmente, compõe-se de espécies arbóreas que atingem até 30 metros de altura e um estrato inferior com espécies variando entre 1-12m. O percentual de dossel arbóreo é de 100% nas formações semidecíduas e 90% nas decíduas durante o período chuvoso. Apesar de se encontrar inserida na província central, as espécies vegetais que ocorrem nesse ambiente não apresentam nenhum aspecto de xeromorfismo ou escleromorfismo. Isso se deve, provavelmente, a fatores ambientais como tipo de solo, elevada quantidade de húmus e umidade, que influenciam no desenvolvimento das espécies. Por apresentar uma vegetação singular, umbrófila, as matas de cerrado servem de habitat a um tipo de fauna quase que exclusivo. Durante o processo adaptativo desenvolveram características fisionômicas e comportamentais, ligadas ao ambiente. O mais representativo, entre outros, pertence à ordem dos primatas, animais comuns em áreas florestadas.

Mata de Galeria

Floresta tropical sempre-verde (não perde as folhas durante a estação seca) que acompanha os córregos e riachos da região central do Brasil, com as copas das árvores se encontrando sobre o curso d’água. Apresentam árvores com altura entre 20 e 30 metros. Os solos variam em profundidade, fertilidade e umidade, as Matas de Galeria ocorrem desde sobre solos distróficos (pobres) do tipo latos solo até solos mais rasos e mais ricos em nutrientes, como podzólicos e litossolos (com afloramentos rochosos). Esta fisionomia é comumente associada a solos heteromórficos, com excesso de umidade na maior parte do ano devido ao lençol freático superficial e grande quantidade de material orgânico acumulado, propiciando e decomposição que confere a cor preta característica desses solos. Nas Matas de Galeria ocorrem espécies utilitárias como: Copaifera langsdorfii (copaíba), Virola sebifera (ucuúba), Cabralea canjerana (canjerana), Talauma ovata (pinha-do-brejo), Euterpe edulis (palmiteiro), Guadua paniculada (taquara), Epidendrum nocturnum (orquídea epífita).

Mata Ciliar

Formação florestal densa e alta que acompanha os rios de médio e grande porte, onde a copa das árvores não forma galerias sobre a água. Apresenta árvores eretas com altura predominante entre 20 e 25 metros. As espécies típicas desta fisionomia perdem as folhas na estação seca (deciduidade). Os solos variam de rasos (cambissolos, plintossolos ou litólicos) a profundos (latos solos e podzólicos) ou aluviais (com acúmulo de material carregado pelas águas). A camada de material orgânico é sempre mais rasa que a encontrada nas Matas de Galeria. Entre as espécies arbóreas, destacam-se algumas freqüentes: Anadenanthera spp (angicos), Apeiba tibourbou (pente-de-macaco), Aspidosperma spp (perobas), Celtis iguana (grão-de-galo), Ingá spp (ingás), Myracrodruon urundeuva (aroeira), Sterculia striata (chichá) e Tabebuia spp (ipês). São encontradas poucas espécies de orquídeas epífitas.

Vereda

É uma vegetação caracterizada pela presença do Buriti (Mauritia flexuosa), palmeira que ocorre em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas. As Veredas são encontradas sobre solos heteromórficos e circundadas por Campo Limpo, geralmente úmido. Nas Veredas, em função do solo úmido, são encontradas com freqüência espécies ornamentais de gramíneas, ciperáceas, xiridáceas, eriocauláceas e melastomatáceas.

Parque Cerrado

É uma formação caracterizada pela presença de ilhas ou elevações arredondadas conhecidas como MURUNDUNS, em meio a um campo úmido, com diâmetro em torno de 5,0 a 20,0 m e altura média de 50 cm. Estes montes são drenados e abrigam espécies da flora do Cerrado Senso Restrito, formando mosaicos de vegetação com o campo úmido. Alguns autores associam a origem dos Murunduns à atividade dos cupins. Entre as espécies arbóreas mais freqüentes, temos a Eriotheca gracilipes,Qualea grandiflora, Qualea parviflora e Dipteryx alata. No estrato arbustivo-herbáceo encontramos as bromélias e os gêneros Annona, Allagoptera e Vernonia, além de algumas espécies de herbáceas do campo úmido adjacente. O Cerrado é, na verdade, um mosaico de chapadas e vales, com várias formações vegetais distintas, que vão desde o campo úmido até o cerradão, passando pelas matas ciliares e as matas secas. Isto faz com que o Cerrado seja considerado hoje a savana de maior biodiversidade do mundo. Já foram catalogadas 774 espécies de árvores e arbustos no Cerrado, das quais 429 endêmicas. Há também um grande número de orquídeas. A região dos cerrados possui alta luminosidade, baixa densidade demográfica e intensa atividade pastoril, ao sul. Sua extensão territorial abrange mais de 1.200 km de leste para oeste e mais de 1.000 km de norte a sul. O Cerrado está ameaçado pela expansão desordenada da fronteira agrícola, que já ocupa quase 50% da região.

A destruição da cobertura vegetal já supera 70% da área original, e até agora menos de 2% do Cerrado está protegido por Parques Nacionais ou Reservas, separados entre si por grandes distâncias.

FAUNA E FLORA

FLORA E FAUNA COMUNS AO SUBSISTEMA CAMPESTRE

•Ozotocerus bezoarticos (veado campeiro)
•Tristachya leiostachya Nees. (capim-flexa)
•Myrmecophaga trydactyla (tamanduá bandeira)
•Panicum chapadense Swallewn. (capim agreste)
•Rhea americana (ema)
•Vellozia flavicans M. (canela-de-ema).
•Euphractus sexcintus (tatu-peba peludo)
•Byrsonima subterranea Brode (Mart). (murici)
•Cabassous hispidus (tatu-de-rabo-mole)
•Crhysophyllum saboliferum Rizz. (fruto-de-tatu)
•Nothura maculosa (codorna)
•Camponesia cambessedeana Berg. (gabiroba)
•Rhynchotus rufescens (perdiz)
•Eugenia clycina Camb. (pitanga vermelha)
•Athene cunicularia (coruja buraqueira)
•Anacardium humile Mart. (cajuí)
•Colapteres campestris (pica-pau-do-campo)
•Aspilia foliacea (Spreng) Baker. (margaridinha-do-campo)
•Crotalus durissus collilineatus (cascavel)

FLORA E FAUNA COMUNS DO CERRADO SENSU STRICTO:

•Cariocar brasiliense. Camb. (pequi)
•Chrysocyon brachyurus (lobo-guará)
•Dusicyon vetulus (raposa-do-mato)
•Hancornia speciosa. Gomez. (mangaba)
•Priodontis giganteos (tatu-canastra)
•Brasimum gaudichaudii. Treco. (mama-cadela)
•Kunsia tomentosus (rato-do-cerrado)
•Solanum lycocarpum. St. Hil. (lobeira)
•Cariama cristata (seriema)
•Hymenaea stigonocarta. Mart. (jatobá)
•Tupinambis teguixin (teiú)
•Pauteria ramiflora. Radlk. (curriola)
•Ameiva (calango-verde)
•Polyborus plancus (gavião carcará)
•Anacardium othonianum. Rizz. (caju-do-cerrado)
•Milvago chimachima (gavião carrapateiro)

ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA COMUNS AO CERRADÃO


Ramphastos toco (tucano)

•Qualea grandifolia. Mart. (pau-terra)
•Cerdocyon thous. L. (cachorro-do-mato)
•Terminalia argentea. Mart (capitão-do-campo)
•Mazama gouazoubira. Fisch. (veado-catingueiro)
•Dimorphandra mollis. Benth. (faveiro)
•Tamanduá tetradactyla. L. (tamanduá mirim)
•Bowdichia virgilioides. H.B.K. (sucupira)
•Felis concolor. Linnaeus. (onça parda)
•Caryocar glabrum. Camb. (pequi-do-gerais) Galictis cuja. Schreber. (furão) Curatella americana. L. (lixeira) Falco femoralis (falcão-de-coleira)
•Tabebuia alba. Cham. (ipê-do-campo)
•Buteo magnirostris (gavião-carijó)
•Xylopia aromática. St, Hil. (pimenta-de-macaco)
•Falco sparverius (falcão quiri-quiri)
•Ramphastos toco (tucano)
•Pseudobombax longiflorum. Mart. (imburuçu)
•Columba cayennensis (pomba-galega)

ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA COMUNS AO SUBSISTEMA DE MATA MESÓFILA

•Chorisia speciosa St. Hil. (paineira)
•Alouatta caraya. Humb. (guariba)
•Aspidosperma discolo R A.D.C. (peroba-de-gomo)
•Cebus opella Spix. (macaco-prego)
•Aspidosperma polyneuron M. Arg. (peroba-rosa)
•Callithrix penicillata Gumilla (mico)
•Myracrodruon urundeuva Fr. All. (aroeira)
•Nasua nasua Thévet. (quati)
•Tabebuia impetiginosa Mart. (ipê-roxo)
•Eira barbara Thévet. (irara)
•Jaracatia spinosa (Abl.) A.D.C. (jacaratiá)
•Dasyprocta oguti L. (cotia)
•Cariniana estrellensis Kuntze. (jequitibá)
•Sphiggurus villosus Spix. (ouriço-cacheiro)
•Copaifera langsdorffi Desf. (copaíba)
•Mazama americana Erxl. (veado-mateiro)
•Hymenaea courbaril. L. Var. 31 (jatobá)
•Felis pardalis Linnaeus. (jaguatirica)
•Enterolobium contortisiliquum Vell. (tamboril)
•Panthera onca Linnaeus. (onça-pintada)
•Anadenanthera colubrina Vell. (angico)
•Boa constrictor amarali (jibóia)
•Didymopanax morototonii. Aubl. (mandiocão)
•Ortalis aracuan (aracuan)
•Syagrus oleracea (Mart) Becc. (guariroba)
•Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro)
•Albizia hasslerii (Chodot) Burr. (farinha seca)
•Tayassu tajacu L. (caitetu)
•Cordia glabrata (Mart) DC. (louro-branco)
•Kerodon rupestris Wied. (mocó)

ESPÉCIES DA FLORA /FAUNA COMUNS NA MATA CILIAR RIPÁRIA

•Xylopia emarginata. Mart. (pindaíba)
•Tapirus terrestris. L. (anta)
•Tabebuia roseo-alba. Sand. (ipê-branco)
•Pteronura brasiliensis. Zimm. (ariranha)
•Cecropia pachystachya. Trec. (imbaúba)
•Hydrochaerus hydrochaeris. L. (capivara)
•Croton urucurama. Baill. 34 (sangra d’água)
•Lutra longicandis. Waterh. (lontra)
•Talauma ovata. St. Hil. (pinha-do-brejo)
•Agouti paca. L. (paca)
•Rapanea guianensis. Aubl. (pororoca) Tayassu pecari. Link. (queixada) Pilocarpus jaborandi. Homes. (jaborandi) Felis geoffroyi. Souza. (gato-do-mato)
•Enterpe edulis. Mart. (palmito-juçara)
•Felis yagonaroundi. Geof. (gato-mourisco)
•Triplaris brasiliana. Cham. (pau-formiga)
•Cavia operea. Wied. (preá)
•Genipa americana. L. (jenipapo)
•Aramides cajanea (saracura)
•Pouteria torta. Radlk. (guapeva)
•Butoris striatus (socó)
•Bothrops moojeni (jararaca)

ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA COMUNS AO SUBSISTEMA DE VEREDAS E AMBIENTES ALAGADIÇOS.

•Mauritia vinifera Mart. (buriti)
•Blastocerus dichotomas Illiger. (cervo)
•Mauritiella armata Mart. (buritirana)
•Eunectes murinus Linnaeus. (sucuri)
•Tibouchina frigidula Cogn. (quaresmeira)
•Chironectes minimus Zimm. (cuíca d’água)
•Macairea sericea Cogn. (quaresmeira-do-brejo)
•Nectomus squanipes amazonicus Thomas. (rato-d’água)
•Hebenaria nasuta L. (orquídea)
•Casmerodius albus (garça-branca)
•Sida spinosa (malva-do-brejo)
•Theristicus caudatus (curicaca)
•Axonopus brasiliensis Kuhlm. (capim-espiga)
•Dendrocygna viduata (pato-irerê)
•Thrasya pettrosa Chase. (macegão)
•Amazonetta brasiliensis (marreca-ananai)
•Paspalum dilatatum Ness. (capim-de-vereda)
•Gallinula chloropus (frango-d’água)
•Panicum densum Swartz (capim-de-vereda)
•Chloroceryle amazona (martin-pescador)

CAMPO LIMPO

Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um representante característico dos desdentados, adaptado a utilizar a grande quantidade formigas e cupins como recurso alimentar. Suas garras fortemente desenvolvidas, a dentição simplificada ou ausente, língua comprida e pegajosa, focinho longo e tubular são as mudanças ocorridas no processo de evolução para facilitar a exploração desses insetos. Além de bons nadadores, conseguem se deslocar agilmente pelos capinzais dos campos e cerrados num galope ondulante e desajeitados.

CAMPO CERRADO

O Veado-Campeiro (Ozotoceros Bezoarticus) é talvez o mais elegante dos cervídeos da América do Sul.

Seu habitat preferido são as pradarias e savanas do campo cerrado. Seus rebanhos são formados por grupos de cinco ou seis indivíduos, entre os quais o macho adulto se movimenta livremente. Os chifres presentes apenas no macho, possuem três pontas e duas bifurcações, costumeiramente os chifres velhos caem no meio do ano e lentamente começam a crescer os novos no final do ano, completando o ciclo.As espécies vegetais nativas dos cerrados possuem diversas estratégias para sobreviverem em solos que apresentam diferentes níveis de estresse nutricional. De um modo geral, reagem diferentemente aos níveis de alumínio no substrato, sendo que a maioria delas contém em seus tecidos muito pouco desse elemento, por ser altamente tóxico. Há, entretanto, algumas plantas que são tolerantes, ou mesmo acumuladoras de alumínio em seus tecidos, sem que esse fato impeça a absorção, o transporte e metabolismo de outros nutrientes essenciais. O alumínio absorvido do solo, juntamente com os nutrientes, é em geral armazenado nas folhas e gradativamente eliminado pela queda das mesmas.

SENSU STRICTO

A fauna de cerrado sensu stricto é representada por animais que compartilham certas semelhanças com espécies campestres. A preferência por este tipo de habitat está na grande oferta de alimentos e na maior possibilidade de camuflagem. As espécies animais comuns a esta área necessitam de espaços abrangentes onde definem os territórios necessários para o seu ciclo vital. Nessa distribuição transitam pelos demais É uma formação vegetal muito visitada por animais de todo o sistema, em virtude da abundante oferta de frutos, flores, sementes e raízes em épocas intercaladas, mas durante todo o ano.O Lobo Guará (Chrysocyon Brachyurus) é uma das espécies que mais tem chamado a atenção entre os habitantes da região dos cerrados. A bonita cor avermelhada de sua pelagem, seu grande porte, esbelto e majestoso, o comportamento arisco e arredio. O lobo guará não é um animal sanguinário nem agressivo, apesar do mistério que o envolve se alimenta principalmente de ratos e pequenos mamíferos, bem como de pequenas aves e frutas. O Pequiá-bravo (Caryocar brasiliense camb), àrvore de até 10m de altura, com tronco tortuoso de casca áspera e rugosa. As folhas pilosas são formadas por três folíolos com bordas recortadas, flores grandes e amarelas que surgem de setembro a dezembro. Seu fruto, o “pequi” é constituído por uma polpa de coloração amarelo-. Intensa envolve um caroço duro formado por grande quantidade de pequenos espinhos, frutifica de janeiro a abril. Por azar, a madeira do pequizeiro, também produz um excelente carvão vegetal, motivo pelo qual a espécie tem sido largamente explorada e também se encontra com riscos de extinção.Por esta razão, unidades de conservação, com áreas significativas, deveriam ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões do Domínio do Cerrado, a fim de garantir a preservação do maior número de espécies da flora deste Bioma, bem como da fauna a ela associada.

MATA CILIAR RIPÁRIA

Em virtude dessas qualidades ambientais, muitos animais adotaram as matas ripárias como habitat, distribuindo-se em nichos específicos, principalmente os de vida semiaquática. As espécies encontradas nesse ambiente desenvolveram formas de adaptações específicas em função das condições de vida local: a primeira delas corresponde a formas cuneiformes, resultantes da necessidade de se locomover com rapidez e violência para romper obstáculos.Outras características foram adquiridas, como focinho pontudo; testa e nuca em alinhamento crescente, decaindo lentamente nas costas; observados de frente, apresentam o corpo comprido lateralmente. Estas características podem ser visualizadas nas espécies; anta, ariranha e queixada. Existem outras formas desenvolvidas por pequenos animais como felinos: gato mourisco, gato do mato e aves: saracura e socó, cujos movimentos estão diretamente relacionados com o emaranhado do sub-bosque presente nessas formações. As pernas são curtas, lateralmente delgadas e possuem uma plumagem dura e bem acomodada, de modo que facilmente podem penetrar pelo ambiente.

A Anta (Tapirus terrestris. L.) é um animal de ampla distribuição geográfica na América do Sul, e que penetra também na região do cerrado, na mata ciliar. Para refugiar-se precisa de água e para comer, de vegetação herbácea arbustiva, frutas e plantas de baixo porte.É o maior mamífero brasileiro, chegando a pesar trezentos quilos. Desloca-se com bastante habilidade tanto na mata quanto na água, sendo um excelente mergulhador. Vive sozinha ou em pares e geralmente dão a luz a um só filhote com pelagem bem diferente do marron-cinzento uniforme do adulto.Para se confundir melhor entre a vegetação, o filhote tem o corpo desenhado por manchas e listras claras sobre o fundo escuro de sua pelagem.É considerada uma espécie ameaçada na região do cerrado, devido o desaparecimento da mata ciliar e a frequência da caça, tem diminuído consideravelmente.

VEREDAS

A paisagem constitui-se de palmeiras, principalmente a espécie Mauritia vinifera, e um estrato graminoso contínuo e perene, conservando-se verde o ano inteiro. Existem certos lugares onde o afloramento do lençol freático é intenso, formando pequenas lagoas entre os buritizais.Nas bordas das veredas é comum encontrar espécies vegetais das matas riparias como Xylopia emarginata e Euterpes edulis.As veredas e os ambientes alagadiços, em geral, formam longas faixas, com larguras variadas.

Fogo no Cerrado

Um dos fatores ecológicos mais importantes do cerrado é o fogo. Ele pode ser gerado de diversas formas naturais, mas a principal delas são as descargas elétricas. Os incêndios diminuem a densidade do cerrado, prejudicando o incremento do material lenhoso e favorecendo a expansão das plantas herbáceas.Outra hipótese, de maior aceitação, considera o cerrado uma vegetação clímax, que não se torna uma floresta devido às condições de clima e solo existentes, tendo o fogo um papel secundário.

De acordo com a segunda hipótese, a falta de nutrientes essenciais e a grande presença de alumínio são as responsáveis pela fisionomia característica dos cerrados. Este fator é de extraordinária importância para o Bioma do Cerrado, seja pelos múltiplos e diversificados efeitos ecológicos que exerce, seja por ser ele uma excelente ferramenta para o manejo de áreas do Cerrado, com objetivos conservacionistas. O acúmulo anual de biomassa seca, de palha, acaba criando condições tão favoráveis à queima que qualquer descuido com o uso do fogo, ou a queda de raios no início da estação chuvosa, acabam por produzir incêndios tremendamente desastrosos para o ecossistema como um todo impossível de serem controlados pelo homem. Neste caso é preferível prevenir tais incêndios, realizando queimadas programadas, em áreas limitadas e sucessivas, cujos efeitos poderão ser até mesmo benéficos.Tudo depende de sabermos manejar o fogo adequadamente, levando em conta uma série de fatores, como os objetivos do manejo, a direção do vento, as condições de umidade e temperatura do ar, a umidade da palha combustível e do solo, a época do ano, a freqüência das queimadas etc. É assim que se faz em outros biomas savânicos, semelhantes aos nossos Cerrados, de países como África do Sul, Austrália, onde a cultura ecológica é mais científica e menos emocional do que a nossa. Antes da ocupação do homem, já havia incêndios desastrosos em função dos raios, porém não existiam cercas de arame farpado prendendo os animais. Eles podiam fugir livremente do fogo, para as regiões vizinhas. Por outro lado, áreas eventualmente dizimadas pelo fogo podiam ser repovoadas pelas populações adjacentes.Hoje é diferente. Além das cercas, a vizinhança de um Parque Nacional ou qualquer outra unidade de conservação, é formada por fazendas, onde a vegetação e a fauna natural já não mais existem. O Parque Nacional das Emas, no sudoeste de Goiás, por exemplo, é uma verdadeira ilha de Cerrado, em meio a um mar de soja. Se a sua fauna for dizimada por grandes incêndios, ele não terá como ser naturalmente repovoado, uma vez que essa fauna já não mais existe nas vizinhanças.Manejar o fogo em unidades de conservação como esta é uma necessidade urgente, sob pena de vermos perdida grande parte de sua biodiversidade. Outro efeito do fogo, porém de grande importância ecológica é a aceleração da remineralização da biomassa e a transferência de nutrientes minerais, ou seja, nutrientes que estavam imobilizados nas palhas secas e mortos, são devolvidos rapidamente ao solo e colocados a disposição das raízes.
A explicação do fogo ganha fundamentos quando se analisa algumas sementes que só germinam após terem sido queimadas, o que pode ser considerado uma proteção contra o fogo. É impressionante a rapidez e o vigor que as plantas do cerrado emitem novos brotos logo após a queimada, bastam poucas semanas para que o verde apareça e substitua o tom cinza deixado pelo fogo. Pouco tempo após a passagem do fogo, o cerrado transforma-se num verdadeiro jardim, onde as diferentes espécies vão florescendo em sequência.

OS EFEITOS DO FOGO NO CERRADO

a) Aceleração da remineralização da biomassa e a transferência dos nutrientes minerais nela existentes para a superfície do solo, sob a forma de cinzas. Desta forma, nutrientes que estavam imobilizados na palha seca e morta, inúteis portanto, são devolvidos rapidamente ao solo e colocados à disposição das raízes.

b) A tortuosidade dos troncos e ramos das árvores do Cerrado pode ser considerada como um efeito do fogo. Pelas mortes de sucessivas gemas terminais e brotamento de gemas laterais, o caule acaba tomando uma aparência tortuosa. A espessa camada de súber que envolve tronco e galhos no Cerrado é outra característica do estrato arbóreo/arbustivo interpretada como uma adaptação ao fogo. Agindo como isolante térmico, o súber impediria que as altas temperaturas das labaredas atingissem os tecidos vivos mais internos dos caules.

c) É impressionante a rapidez e o vigor com que as plantas do Cerrado emitem novos brotos logo após a queimada. Bastam poucas semanas para que o verde reapareça e substitua o tom cinza deixado pelo fogo.

d) Este estímulo ou indução floral não é necessariamente provocado pela elevação da temperatura, como se poderia esperar. Em muitos casos é a eliminação total das partes aéreas das plantas que as faz florescerem. Além de estimular ou induzir a floração, o fogo sincroniza este processo em todos os indivíduos da população, facilitando assim, a polinização cruzada.

e) O fogo não deve ser considerado sempre um desastre para a fauna. Ele também pode proporcionar-lhe certos benefícios. Após uma queimada, os insetos polinívoros e nectarívoros beneficiam-se da resposta floral das plantas, nas quais encontram grande disponibilidade de pólen e néctar. Algum tempo depois, essas flores produzirão frutos e sementes, que alimentarão outros animais.

f) O manejo adequado do fogo em nossas reservas de cerrado pode constituir-se em eficiente meio para a preservação da flora e da fauna. Queimadas em rodízio, em parcelas pequenas e com regimes próprios, reduziriam os riscos de grandes incêndios acidentais, permitiriam às plantas completar seus ciclos biológicos, acelerariam a ciclagem dos nutrientes minerais e aumentariam a produtividade dos ecossistemas, além de suprir os animais com alimentos durante os difíceis meses de seca. A mortalidade também se reduziria, uma vez que os animais disporiam de áreas não queimadas, onde poderiam se refugiar.

CURIOSIDADES

O Cerrado é o segundo maior bioma (conjunto de seres vivos) existente no Brasil só ficando atrás da floresta Amazônica;

Apenas 2% da área original do Cerrado está preservada em parques e reservas;

A riqueza biológica mínima estimada no Cerrado é da ordem de 320.000 espécies distribuídas por 35 filos e 89 classes;

São conhecidas até o momento, no Cerrado, 1575 espécies de animais, formando o segundo maior conjunto animal do planeta;

A flor do ipê (muito comum no Cerrado) foi declarada flor nacional brasileira por um decreto da presidência da República;

As raízes das plantas do Cerrado podem variar entre 15 e 18m de comprimento;

No Cerrado existem árvores que dão frutos azuis devido à alta concentração de alumínio no solo;

Os sauveiros (fomigueiros de saúvas) do Cerrado formam extensos murundus com até 10 metros de diâmetro e um metro de altura e com até dois milhões de formigas, vivendo por cerca de 15 anos.

CONSERVAÇÃO

Poucas são as nossas unidades de conservação, com áreas bem significativas, onde o Cerrado é o bioma dominante. Entre elas podemos mencionar o Parque Nacional das Emas (131.832 ha), o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (84.000 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (33.000 hs), o Parque Nacional da Serra da Canastra (71.525 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (60.000 ha), o Parque Nacional de Brasília (28.000 ha).Embora estas áreas possam, à primeira vista, parecem enormes, para a conservação de carnívoros de maior porte, como a onça-pintada e a onça-parda, por exemplo, o ideal seria que elas fossem ainda maiores.

DEGRADAÇÃO

Até a década de 1950, os Cerrados mantiveram-se quase inalterados. A partir da década de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao trigo. Tais mudanças se apoiaram, sobretudo, na implantação de novas infra-estruturas viárias e energéticas, bem como na descoberta de novas vocações desses solos regionais, permitindo novas atividades agrárias rentáveis, em detrimento de uma biodiversidade até então pouco alterada.Durante as décadas de 1970 e 1980 houve um rápido deslocamento da fronteira agrícola, com base em desmatamentos, queimadas, uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos, que resultou em 67% de áreas do Cerrado “altamente modificadas”, com voçorocas, assoreamento e envenenamento dos ecossistemas. Resta apenas 20% de área em estado conservado. A partir da década de 1990, governos e diversos setores organizados da sociedade debatem como conservar o que restou do Cerrado, com a finalidade de buscar tecnologias embasadas no uso adequado dos recursos hídricos, na extração de produtos vegetais nativos, nos criadouros de animais silvestres, no ecoturismo e outras iniciativas que possibilitem um modelo de desenvolvimento sustentável e justo. Devastação do Cerrado compromete futuro do Bioma

Segundo estudos da organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil), o Bioma Cerrado poderá desaparecer até 2030, pois dos 204 milhões de hectares originais, 57% já foram completamente destruídos. A taxa anual de desmatamento no bioma é preocupante, com o índice de 3 milhões de hectares por ano. Tal devastação, segundo os estudos da CI-Brasil, está ligada principalmente à expansão da fronteira agrícola, às queimadas e ao crescimento não planejado das áreas urbanas. As regiões mais afetadas estão no Estado de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e na região oeste da Bahia. Entre os problemas mais graves provocados pelo desmatamento no Cerrado, destacam-se a degradação de rios importantes como o rio São Francisco e o rio Tocantins, a destruição de habitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus). Os estudos da ONG revelaram também que junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no Cerrado. Segundo a Embrapa, na área de Recursos Genéticos e Biotecnologia, já foram catalogadas mais de 330 espécies de uso na medicina popular no Cerrado, como a Arnica (Lychnophora ericoides), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), a Sucupira (Bowdichia sp.), o Mentrasto (Ageratum conyzoide) e o Velame (Macrosiphonia velame).

Os Parques Nacionais

A proteção das espécies da fauna e da flora nativas de um país ou região onde ocorrem, só pode ser feira de forma efetiva pela preservação de porções significativas de seus ambientes naturais ou habitats. Assim, no Brasil, A exemplo de muitos países no mundo, foram criadas as Unidades de Conservação, abrangendo amostras destes ambientes naturais, tendo como finalidade sua preservação e/ou conservação e se constituindo num instrumento de proteção da biodiversidade do País.Os parques Nacionais, uma das modalidades de Unidades de Conservação são áreas especialmente criadas para preservar representantes da fauna e da flora, inclusive os ameaçados de extinção, para proteger os recursos hídricos, como rios, cachoeiras, nascentes e também para conservar as formações geológicas.

Além disso os Parques têm a função de proporcionar meios para a educação ambiental, pesquisa e recreação.

A Preservação dos Parques

Preservar um ecossistema é garantir, para uma região, vida em equilíbrio. A destruição de algumas espécies pode provocar o aumento populacional de outras, gerando, assim, desequilíbrios com conseqüências danosas a todos que habitam um determinado local. É também, através da proteção de um ambiente que se pode assegurar um maior volume e a melhoria da qualidade das águas, condições que hoje, se encontram ausentes em grande parte de nossos mananciais. Em ambientes preservados ganha a Natureza, portanto, todos ganham.

Parque Nacional da Serra da Canastra – MG

Abrigando a nascente do rio São Francisco, o Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado através de Decreto n° 70.355, em 1972. Possui esse nome devido à semelhança apresentada pelo imenso chapadão que, ao ser avistado de longe, parece ter a forma de uma canastra ou de um baú. A Serra da Canastra atrai, anualmente, um grande número de pessoas interessadas em desfrutar momentos inesquecíveis em um ambiente de tranqüilidade e rara beleza.

Localização: Região Sudoeste do Estado de Minas Gerais

Municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis

Superfície: 71.525 hectares.

Altitude: 900 a 1.496 metros.

Clima: Temperaturas médias no mês mais frio (julho) equivalente a 17°C e nos messes mais quentes (janeiro e fevereiro), 23°C. Verões chuvosos e invernos secos.

Vegetação: Campos, campos rupestres, cerrados e matas ciliares.

Principais espécies da fauna preservadas:

Lobo-guará, tamanduá bandeira, tatu-canastra, veadocampeiro, veado-catingueiro, cachorro-do-mato, lontra e guaxinim e ainda aves como o tucanuçu, perdiz, curicaca, ema, pato-mergulhão, siriema, coruja e gavião.

Hidrografia: O Parque situa-se no divisor de águas entre as grandes bacias do rio Paraná e do rio São Francisco.

Reservas do cerrado (Goiás)

Reserva Biológica Lagoa Grande criada em 1976 no município de São Miguel do Araguaia.

Reserva Florestal Nacional de Serra Dourada, ocupa 144ha. de área dos municípios de Goiás e Mossâmedes.

Parque Nacional da Chapada Dos Veadeiros, criado em 1961 com 65.515 ha nos municípios de Alto Paraíso e Cavalcante.

Parque Estadual de Terra Ronca, criado em 1989 com 14.493 ha. no município de São Domingos.

Parque Estadual dos Pirineus, criado em 1987 no município de Pirinópolis.

Parque Nacional das Emas, criado em 1961 com 131.868 ha. nos municípios de Aporé e Mineiros.

Reserva Biológica Estadual de Parúna, criada em 1979 com 2.812 ha. no município de Paraúna.

Parque Estadual da Serra de Caldas, criado em 1970 com 12.315 ha. no município de Caldas Novas.

Reservas indígenas de Goiás

Reserva Aruanã, com 37ha. localiza-se no município de Aruanã.

Reserva Avá-Canoeiro, com 38 mil ha. localiza-se nos municípios de Cavalcante, Minaçu e Colinas do Sul.

Reserva Carretão I, com 1.666 ha. localiza-se nos municípios de Nova América e Rubiataba.

Reserva Carretão II, com 78ha, localiza-se no município de Nova América

Distrito Federal

Reserva Ecológica do IBGE (RECOR) forma, juntamente com o Parque Nacional de Brasília, a Estação Ecológica de Águas Emendadas e a Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, o conjunto de unidades de conservação permanente do Distrito Federal.A RECOR é, também, parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Distrital Gama- Cabeça de Veado que perfaz um total de 10.000ha de área protegida contínua. Além disto, a RECOR é uma das Áreas- Núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado, criada em 1993, pela UNESCO no Distrito Federal. Em 2002, o Governo Federal criou a Área de Proteção Ambiental – APA do Planalto Central que inclui a Reserva.

Legislação

A Constituição Federal promulgada em 1988 não atribuiu ao cerrado o “status” de patrimônio nacional, o que poderia assegurar sua utilização dentro de critérios para a manutenção de sua preservação. Ao contrário, desde o início da denominada política de expansão agrícola, na década de 50, a região do cerrado foi citada pelo Governo Federal como sendo a principal fronteira agrícola do país, ou seja, a vegetação “feia”, “vagabunda” e “desprezível” do cerrado, apesar de possuir uma fauna e flora riquíssima, foi sistematicamente, e legalmente, condenada ao desaparecimento. Uma série de ações por parte dos legisladores tem buscado amenizar os erros do passado cometidos para com este bioma, atitudes como a Proposta de Emenda à Constituição n° 141 de 1992, o código florestal brasileiro e uma série de decretos a nível municipal, estadual e federal, tem gerado subsídios para a implementação de ações que visem a conservação e recuperação da área do cerrado.O senador Demóstenes Torres de Goiás, também ingressou com Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 51/03, que altera o artigo 225 da lei, com a inchusão dos dois ecossistemas, cerrado e caatinga.

A finalidade da proposta é impedir o uso das áreas compreendidas na proteção constitucional de forma irracional e predatória.Artigo 225 da Constituição Federal: Parágrafo 4º A Floresta Amazônica Brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma de lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

2030: o ano final do Cerrado

Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de ha originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. A taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. As principais pressões sobre o Cerrado são a expansões da fronteira agrícola, as queimadas e o crescimento não planejado das áreas urbanas. A degradação é maior em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e no Oeste da Bahia.O estudo, feito a partir de imagens satélites, é resultado da parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades, que tem sede em Mineiros (GO). “O Cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é dez vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada 4 minutos,” explica Ricardo Machado, diretor da CI-Brasil para o Cerrado e um dos autores do estudo. “Muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do Cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Essa posição ignora o fato de o bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, da Prata e do São Francisco.”

Entre os problemas provocados pelo desmatamento no Cerrado estão a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins, e a destruição de hábitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do Planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus). Junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no Cerrado.Segundo a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, já foram catalogadas mais de 330 espécies de uso na medicina popular no Cerrado. A Arnica (Lychnophora ericoides), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), a Sucupira (Bowdichia sp.), o Mentrasto (Ageratum conyzoide) e o Velame (Macrosiphonia velame) são alguns exemplos. “Além de calcular a velocidade do desmatamento, o estudo da CI-Brasil também mapeou os principais remanescentes desse bioma, analisando a situação de sua cobertura vegetal”, explica Mário Barroso, gerente do programa do Cerrado da Conservação Internacional Brasil e co-autor do estudo. “Esses dados serão incorporados à nossa estratégia de conservação para o bioma, que está baseada na implementação de corredores de biodiversidade.” Os corredores de biodiversidade evitam o isolamento das áreas protegidas, garantindo o trânsito de espécies por um mosaico de unidades ambientalmente sustentáveis – parques, reservas públicas ou privadas, terras indígenas, além de propriedades rurais que desenvolvem atividades produtivas resguardando áreas naturais. Hoje, a CI-Brasil está implementando seis corredores de biodiversidade em regiões do Cerrado: Emas-Taquari, Araguaia, Paranã, Jalapão, Uruçuí-Mirador e Espinhaço. O IBAMA, a SEMARH – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, a Universidade de Brasília e ONGs locais estão entre os parceiros da CI-Brasil nesses corredores.

Dados subsidiam ações de conservação

Os dados do desmatamento no Cerrado começam a ser apresentados pela CI-Brasil e seus parceiros a tomadores de decisão dos mais diversos níveis. Em reunião do Conselho Nacional de Biodiversidade – CONABIO, no início de Julho, o estudo foi apresentado ao Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco. Depois da apresentação, o Secretário declarou que o Ministério do Meio Ambiente criará um grupo específico para discussão de medidas emergenciais para o Cerrado, como foi feito para a Amazônia e a Mata Atlântica.No Estado de Goiás, que possui muitos remanescentes nativos valiosos de Cerrado, a apresentação do estado de conservação do Vale no Paranã ao Conselho Estadual do Meio Ambiente resultou na criação de Câmara Técnica temporária que discutirá e proporá ações de controle sobre o desmatamento na área. O Vale do Paranã, localizado na divisa dos Estados de Goiás e Tocantins, é considerado um centro de endemismo de aves, tem a maior concentração no Cerrado de um tipo de formação vegetal conhecido como floresta seca, e é remanescente de um corredor natural que ligava a Caatinga ao Chaco paraguaio há cerca de 20 mil anos. O trabalho da CI-Brasil na área é feito em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos, a Universidade de Brasília e as organizações nãogovernamentais Pequi e Funatura.No Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, que compreende áreas no Sudoeste de Goiás, Sudeste de Mato Grosso e Centro-Norte de Mato Grosso do Sul, os dados de desmatamento estão sendo compartilhados com as prefeituras municipais de 17municípios. Com o Projeto Municípios do Corredor de Biodiversidade, a CI-Brasil em parceria com as ONGs Oréades e Oikos está fortalecendo órgãos de meio ambiente municipais e estudais em cada cidade.Técnicos e gestores foram capacitados para o levantamento local de dados, confecção de mapas e aplicação da legislação ambiental. O projeto inclui ainda a criação de núcleos de educação ambiental e o envolvimento de outros atores locais, como lideranças comunitárias e promotores públicos. “Para frear a destruição do Cerrado, os investimentos do Governo Federal na próxima safra agrícola devem incluir ações de conservação, especialmente na proteção de mananciais hídricos, na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de unidades de conservação”, defende Machado. “Se o Governo, as empresas e a sociedade civil se mobilizarem para a criação de um fundo para a conservação do Cerrado associado aos investimentos destinados à produção de grãos, aí sim estaremos implementando, de forma justa e efetiva, a transversalidade da política ambiental no Brasil”.

Artigo da Biodiversidade do Cerrado

A Editora Saraiva e a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) durante o V Fórum de Educação Ambiental, em Goiânia (GO), lançaram o livro “Vivendo no Cerrado e Aprendendo com Ele”,de Marcelo Bezerril.


A publicação tem o objetivo de facilitar o ensino e a pesquisa de professores e alunos sobre o Cerrado, que ocupa cerca de 22% do território nacional e é considerado um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta.

Marcelo Bezerril é biólogo, doutor em ecologia e professor do Centro Universitário de Brasília (Uniceub).

Na última década, vem desenvolvendo pesquisas sobre a ecologia do Cerrado e da educação ambiental local. O livro revela aspectos da paisagem, da fauna e da flora do bioma, que tem enorme potencial medicinal e alimentício. Além disso, os leitores contam com uma avaliação dos principais impactos sofridos pelo Cerrado e encontram sugestões para reverter o quadro de devastação, usando a educação formal e não-formal. Ilustrado por imagens representativas do Cerrado, o livro também possui seções para estimular a pesquisa, a reflexão e o debate (“Pesquise”, “Para refletir e debater”, “E ainda…”, “Saiba mais”), como formas de estimular ações concretas em favor da conservação. E aqueles que ainda quiserem se aprofundar no tema, encontram farta bibliografia e endereços úteis na Internet.

A região principal do Cerrado abrange especialmente estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste: Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí e Distrito Federal. Manchas de Cerrado isoladas ainda podem ser encontradas em estados da região Norte, como Roraima, Amapá, Amazonas e Pará.

Conclusão

Considerando que aproximadamente 45% da área do Domínio do Cerrado já foram convertidos em pastagens cultivadas e lavouras diversas, é extremamente urgente que novas unidades de conservação dos cerrados sejam criadas. A criação destas unidades de conservação com áreas menos significativas não deve ser menosprezada. Quando adequadamente manejadas, elas também são de enorme importância para a preservação da biodiversidade. Só assim se conseguirá em tempo, conservar o maior número de espécies de sua variadíssima flora e fauna.Pesquisas a médio e longo prazo são essenciais para que possamos compreender o que acontece com as populações animais remanescentes nos cerrados. Paralelamente, várias espécies de gramíneas, principalmente como o capim-gordura, o capimjaraguá, a braquiária, estão invadindo estas unidades de conservação e substituindo rapidamente as espécies nativas do seu riquíssimo estrato herbáceo/subarbustivo.Dentro de alguns anos, ou décadas, estas unidades irão transformar-se em verdadeiros pastos de gordura, e terão perdido, assim, toda a sua enorme riqueza de espécies.Não se deve esquecer que o Cerrado, assim como a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira, precisa ser considerado, de fato e de direito, “Patrimônio Nacional” .

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