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quinta-feira, dezembro 12, 2024

ENFERMAGEM E GÊNERO

Florence Nightingale

Em seus primórdios tinha estreita relação com a maternidade, e era exclusivamente feita por mulheres. Desta “seleção exclusivamente para mulheres”, a enfermagem prosseguiu, de novo pelas mulheres que exerciam a profissão mais antiga do mundo, prostituição, alargando a prestação de cuidados ao sexo masculino, dos moribundos da guerra. Eram escolhidas as prostitutas por estas conhecerem melhor que as outras mulheres o corpo dos homens, em todas as suas vertentes, íntima também e como forma de reintegração destas à sociedade. A enfermagem moderna, com a suas bases de rigor técnico e científico, começou a se desenvolver no século XIX, através de Florence Nightingale, que estruturou seu modelo de assistência depois de ter trabalhado no cuidado de soldados durante a guerra da Criméia. a sua assistência baseada em fatos observáveis prestou valiosos contribuição na recuperação dos moribundos, e iniciou uma nova vaga do conhecimento em enfermagem, através do caráter científico que lhe impunha.

Caracteriza-se por efetuação de refistos clínicos, dando origem à implementação do, ainda atual, e mundialmente adaptado, processo clínico do doente.

A North American Nursing Association- NANDA, define Enfermagem como o diagnóstico e tratamento de respostas humanas a problemas reais e ou potenciais de saúde. (NANDA)

A enfermagem tem atualmente uma linguagem própria, constantemente atualizada e editada pelo Conselho Internacional de Enfermeiras (ICN), designada por Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE). Esta classificação guia os enfermeiros na formulação de diagnósticos de enfermagem, planejamento das intervenções e avaliação dos resultados sensíveis aos cuidados de enfermagem.

Existe também a NANDA, um manual padronizado de diagnósticos de enfermagem, da North American Nursing Diagnosis Association, no qual os diagnósticos reais e de risco são listados com suas características definidoras e seus fatores relacionados.

Portanto, a enfermagem é um trabalho de perfeita ordem com responsáveis a serviço da saúde, implementando, desenvolvendo, coordenando serviços, havendo até certas e determinadas classes profissionais que lhe atribuem , com desdém, a manipulação dos serviços de saúde dado o elevado número de profissionais que se verificam, e pelo brilhantismo superior com que projetam novas configurações de políticas de saúde, com principal ênfase nas políticas de promoção da saúde. destaca-se neste campo, a implementação de programas de vacinação que nasceram da enfermagem comunitária do arquipélago dos açores, implementada por enfermeiros açorianos e que rapidamente se estendeu ao portugal continental.

Há pontos de vista discordantes na literatura. Sustenta-se, por exemplo, que muito antes de Nightingale a enfermagem já se tornara um exercício profissional. O caso da Inglaterra seria o mais revelador, por sugerir a existência de categorias numerosas de cuidadores e cuidadoras desde muito cedo no século XX, como as atendentes particulares para enfermos de famílias mais abastadas e os auxiliares (quase sempre homens) de médicos em hospitais, que ajudavam com curativos, sangrias e banhos, no preparo e administração de poções, na aplicação de ventosas etc. Um texto que pode gerar interpretações nessa direção é o de Dingwall, Rafferty e Webster (1988).2 No entanto esses mesmos autores levantam as pistas para uma visão contrária, ao indicarem que as atendentes, ou private duty nurses, ocupavam um espaço bastante marginal nos lares ingleses, ao passo que os auxiliares nos hospitais dedicavam-se apenas a tarefas rotineiras.

Nos hospitais, como nos espaços privados, “havia muito pouco conteúdo técnico” nas atividades exercidas pelos cuidadores, em geral provenientes das classes populares, sem acesso aos bens da cultura.

Fonte: não me lembro de onde tirei Enfermagem – Mulheres são maioria entre formandas, porém 3 homens se destacam.

Das 39 formandas do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp de 2006, três se destacam: Edson, Rafael e Rodrigo. Mesmo sendo a enfermagem uma profissão caracterizada pela presença feminina, a paixão pela profissão não impediu os três de seguirem essa carreira.

Para Edson Fernando Fuim, quem determinou a sua escolha foi o tio, enfermeiro. “Eu também pretendia fisioterapia, mas passei na Unicamp e resolvi fazer enfermagem”, disse, relatando que a convivência com tantas mulheres foi difícil no começo, principalmente com relação à forma de pensar e também ao preconceito por parte dos amigos.

Entretanto, isso lhe valeu mudanças na forma de ver o mundo e uma convivência muito intensa. “Tenho um carinho muito grande por elas e sei que a recíproca é a mesma”, comentou, durante os abraços recebidos durante a solenidade de descerramento do painel de fotos dos formandos de 2006, ocorrido hoje (29) pela manhã na Enfermagem.

Rafael Silva Marconato, também concorda que estudar com muitas mulheres é uma experiência difícil, porém o aprenzidado profissional e pessoal é “indescritível”.

“As mulheres são mais sensíveis e a competitividade entre elas é maior”, disse, lembrando que só tem coisas positivas desse período e que os laços de amizade formados serão eternos.

Já Rodrigo Veronesi Thomazin, por ter viajado durante alguns meses no ano passado e perdido algumas matérias, não irá se “formar” com essa turma, devendo estudar por mais um semestre. “Somente irei me graduar no meio do ano que vem, mas a minha foto está lá, junto com as garotas”, informou, contando que por vezes os três se reuniam para dar força “uns para os outros” contra as idéias mirabolantes das mulheres. “Elas são muito criativas”, confidenciou.

O evento teve também a participação do diretor-associado da FCM, Gil Guerra Jr., da coordenadora do curso de Enfermagem, Izilda Esmênia Muglia, do coordenador de graduação da Enfermagem, José Luiz Tatagiba Lamas e de diversos docentes e funcionários e alunos da Enfermagem.

Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/noticias/vernot.php?vernot=8

O sexo das profissões?

Ao escolher carreira, jovens derrubam tabus pela própria vontade

Por Lilian Burgardt

Pedagogia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem. Em sua opinião, quem mais opta por este tipo de curso no vestibular: os meninos ou as meninas? E quanto à Engenharia Elétrica, Mecânica, Ciências da Computação e Mecatrônica? Serão eles, ou elas? Ainda que a emancipação da mulher, decorrente das pressões sociais e das mudanças culturais, tenha garantido seu ingresso e amplo acesso ao meio acadêmico e profissional, áreas ligadas ao “cuidar” continuam sendo majoritariamente ocupadas pela força feminina, enquanto as que exigem raciocínio rápido e preciso permanecem atreladas ao sexo masculino.

Colocando desta forma até parece que mulher não pensa e homem não sente, mas é mais ou menos assim que a sociedade dividia homens e mulheres a fim de manter um equilíbrio: razão e emoção. Quem nunca ouviu falar que os homens são racionais e as mulheres emotivas? “É uma forma encontrada pela sociedade, desde os tempos mais primórdios, para estabelecer os papéis dos diferentes indivíduos na sociedade. Com a emancipação da mulher, o quer era refletido apenas nas atividades domésticas, se estendeu para o meio profissional”, explica a antropóloga da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), Gilse Rodrigues.

Segundo a antropóloga, a divisão razão e emoção vem reforçar o imaginário de que o homem é a figura forte e a mulher a sensível, pólos determinantes para o sucesso de ideais como, por exemplo, a família, tão valorizada pelas camadas sociais dominantes na antigüidade, representada majoritariamente – ainda que não exclusivamente – pela igreja e seus dogmas. “O que cabe ao homem e a mulher são tarefas que sofrem influência cultural e de organização social. Mesmo as sociedades mais primitivas e tribais estabelecem os mesmos papéis para ambos os sexos”, lembra Gilse.

No entanto, aquilo que, para as feministas, pode remeter a anos de opressão e marginalidade, hoje, frente aos tempos modernos, também é entrave para a liberação masculina, o que não permite que ELES se desvencilhem de rótulos pré-estabelecidos e ampliem suas escolhas profissionais como, ao invés de partir para a Engenharia Mecatrônica, optar pela Fonoaudiologia.

Para Gilse, na maioria das vezes, as escolhas são inconscientes, ou seja, o jovem não pensa na pressão social, cultural, tampouco na possibilidade de prover uma família ao escolher a carreira de professor, ou a de médico cirurgião. O que acontece, porém, é que a cultura masculina (e aí, de novo, por causa da influência social) direciona o jovem para carreiras que têm prestígio e, portanto, poder. Historicamente, posições ocupadas por homens. Enquanto as mulheres, sempre doutrinadas ao cuidar e “ridicularizadas” ao ousar penetrar no universo masculino das Ciências Exatas, são condicionadas a carreiras ligadas à área de Humanas (influenciadas pela emoção) e essencialmente ao cuidar do outro.

Pode até parecer uma provocação: “afinal, escolhi Enfermagem porque não consigo me desvencilhar do papel que a sociedade atribuiu a mim como mulher?” Nem sempre. Segundo a antropóloga, a questão é: você se identifica com sua profissão? Já imaginou fazer outro curso ou apostar em outra carreira que só não foi levada adiante pela possibilidade de enfrentar um ambiente hostil e, por vezes, ser penalizada por sua sexualidade? “O jovem no período pré-vestibular deve se perguntar: o que sou e o que quero deve ser o reflexo do que a sociedade espera, ou de meus desejos?”, diz ela. Essa “tal sociedade” é muitas vezes representada pela pressão dos pais, a opinião dos amigos e a estranheza dos colegas de outro sexo quando virem você na sala de aula ou no trabalho, diz a antropóloga.

Infiltrada no universo masculino

A estudante de Ciências da Computação, Flávia Cristina Medeiros, venceu estes medos e preconceitos e levou adiante seu sonho de ingressar na faculdade de Ciências da Computação. No começo, ela diz, foi difícil. “Quando falava que fazia Ciências da Computação as pessoas me perguntavam: mas por que não Direito? Aliás, não sei porque essa cisma com Direito. Direito, por acaso, é profissão só de mulher?”, brinca.

Na faculdade, também não foi fácil. Flávia precisou encarar uma sala com 60 meninos e só oito meninas. Depois, quebrar o gelo e mostrar a que veio. Mais tarde, provar que estava ali para aprender e não para brincar. “O maior problema é se firmar com seriedade e ser respeitada como estudante. Os homens ainda acham que meninas têm mais dificuldade e que Exatas não é coisa de mulher,” diz. Flávia, que além de mulher é loira, também reclama de algumas piadinhas em sala. Segundo ela, os próprios professores “forçam a barra” quando uma pergunta boba vem de mulher. “Se é o menino que faz a pergunta eles ‘zoam’ um pouco, mas logo passa. Agora, se é mulher e loira ainda por cima…”, diz Flávia.

Será mesmo que os homens têm esse preconceito com as mulheres na área de Exatas? Segundo o diretor da escola de Engenharia da Mauá (Centro Universitário Mauá), Mário Cavaleiro Fernandes Garrote, nos últimos anos houve um crescimento exponencial de alunos nos cursos de Exatas na instituição, o que ele considera muito positivo. “As meninas agora ingressam nesta área com força e, ao contrário do que pregam por aí, elas levam muito jeito para a área. São dedicadas e persistentes. Acho que, em boa parte dos casos, se saem até melhor do que os homens”, compara o professor.

Garrote lembra que nos seus tempos de faculdade, os alunos brincavam que as mulheres de Engenharia eram muito feias, brincadeiras que ele credita à disparidade no número de estudantes em sala. “Naquela época, eram duas alunas ou três, no máximo. Aí é claro que elas viram o foco da brincadeira, mas agora, como a proporção é maior e tende a crescer, logo logo isso tudo será deixado de lado,” diz.

Para se ter uma idéia, na Mauá a proporção de homens e mulheres nos cursos de Exatas é a seguinte: no período diurno, há maior incidência de meninas nos cursos, fato atribuído a questão segurança no campus e a existência do curso de Engenharia de Alimentos. Este, o mais procurado por mulheres com 84% de alunas, contra o curso de Mecânica, com apenas 4%.

No período noturno, em que não há o curso de Engenharia de Alimentos, as meninas “migram” para a Química, com 52% de alunas, contra o 4% das meninas em Engenharia Eletrônica e em Controle e Automação. “Nestas áreas, apesar do curso ter um viés de engenharia automotiva, ou seja, de pensar o produto, predomina a visão limitada de que a mulher vai sujar a mão de graxa e vestir o macacão azul da oficina, o que afasta as estudantes”, conclui Garrote.

Apesar das diferenças, fazer parte da minoria também tem lá suas vantagens. Segundo Flávia, ela já saiu na frente em disputa por estágios porque os recrutadores queriam diversificar a equipe e, muitas vezes, somar o “olhar feminino” à uma equipe composta por homens para refinar o trabalho. “Alguns recrutadores enxergam vantagens em contratar mulheres para determinados projetos porque elas têm mais atenção aos detalhes, além de serem mais tolerantes, o que também facilita o trabalho em equipe”, acredita ela.

Ele do lado delas

Se do lado deles, homens e mulheres vivem às turras ao tentar ocupar o mesmo lugar no espaço, do lado delas, parece que a aceitação é bem mais tranqüila. É o que conta o estudante do curso de Nutrição da Uninove (Universidade Nove de Julho), Sérgio Luiz Oliveira Jacinto, 30 anos. Na sala de aula, as meninas são simpáticas e atenciosas, o que facilitou para que o estudante se integrasse. As piadinhas que ouviu quando escolheu o curso partiram dos amigos, que, agora, mudaram de idéia. “Antes eles diziam: ‘hummm, curso de menina’, essas coisas. Agora que sou exclusivo entre as mulheres eles até me chamam de sortudo”, brinca.

Sérgio escolheu Nutrição por amor ao esporte. Queria fazer Educação Física, mas a pouca oferta de trabalho e a má remuneração o fizeram mudar de planos. Hoje, prestes a se formar, ele pretende direcionar os conhecimentos em Nutrição para a área esportiva. “Todo mundo pensa que fazer Nutrição é coisa para menino gay. Fazer um curso considerado de menina tem esse problema, mas eu não sou gay e não ligo para esse preconceito porque estou feliz com minha carreira e tenho planos para o futuro ligados ao esporte, área que gosto”, diz.

Fazer um curso de menina, aliás, pode ser bem menos traumático se as universidades estiverem preparadas para lidar com essa diversidade de escolhas. Na FATEC-SP (Faculdade Tecnológica de São Paulo), por exemplo, o curso de Automação de Escritórios, popularmente conhecido como Secretariado Executivo, é majoritariamente composto por alunas, mas um ou outro aluno faz parte da turma. Apesar de a instituição ser composta – quase que em sua maioria – por cursos de Mecânica e Mecatrônica, onde predominam homens, o preconceito não passa de uma série de piadinhas com os “bixos” no começo do ano letivo.

“Aqui nunca ouvi falar de nenhum tipo de briga, ou perseguição com os estudantes homens do curso de Automação de Escritórios. Muito pelo contrário, os meninos fazem parte da turma dos garotos de outros cursos”, ressalta o coordenador do curso, José Miguel Centurin Filho. E mais, para ele, o preconceito está muito mais atrelado à falta de informação em relação às atividades desempenhadas pelo profissional de automação de escritórios, do que ao fato o curso ser mais procurado por meninas. “O que é uma grande bobagem. Este aluno, aliás, deveria ser considerado privilegiado”, brinca.

Fonte: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14621

O ensino de Enfermagem no Brasil

A origem da Enfermagem é freqüentemente associada ao cristianismo, pela preocupação desinteressada com o próximo, denotando caridade. Porém, o tipo de cuidado prestado aos enfermos seria uma característica da natureza humana, remontando a períodos anteriores à Era Cristã (Martín et alii, 1997).

Nesse passado remoto, em civilizações não-cristãs mais recentes, entre os indígenas que habitavam o Brasil quando da chegada dos colonizadores europeus ou os africanos trazidos como escravos no período colonial, as práticas de cuidar da saúde eram exercidas predominantemente por homens, nas figuras dos pajés e curandeiros (Medeiros; Tipple e Munari, 1999).

A imagem que a sociedade tem da enfermeira −mulher devotada ao atendimento de seus semelhantes que sofrem −se consolida com a religiosidade cristã. Essa imagem se manteve por muitos séculos, até que a cultura ocidental transformada pelo cientificismo, que vai substituindo os dogmas e as crenças pelo conhecimento que o homem adquire através da pesquisa, da cognição e da correlação de saberes.

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/modulo05.pdf

Considerações finais

O desafio de romper o esquema binário, em que o masculino e o feminino se constroem na oposição um ao outro, tem sido desafiante para o movimento feminista, que se propõe a desmontar um esquema construído numa lógica patriarcal que dificulta a percepção e construção de mundo de outras formas. Algumas das estudiosas do feminismo, a exemplo de Joan Scott, se apropriam de teorizações pós-estruturalistas da desconstrução, como a de Derrida – para o qual o pensamento ocidental vem operando na base de princípios expressados pela hierarquização de pares opostos – para pensar as relações de gênero.

A proposta de desconstrução é, pois, a de desmontar a lógica das oposições binárias do pensamento tradicional, evidenciando que estas são históricas e socialmente construídas, e rejeitar o caráter fixo e permanente da oposição binária de uma historicização genuína em termos de diferença sexual, dando visibilidade aos sujeitos diferentes. A descontrução da polaridade masculino/feminino poderá ser útil para desmontar a lógica binária que rege outros pares de conceitos a ela articulados, tais como público/privado produção/reprodução, cultura/natureza etc. No processo de desconstrução, é necessário atentar para o fato de que o oposto da igualdade é a desigualdade, ao invés da diferença. Ao lado da proposta de desconstrução, está a de construir a lógica da diferença como elemento positivo, pautado na identidade e sem a desigualdade, considerando a diferença dos termos, mas mostrando que um está presente no outro, e portanto, ambos podem ser equivalentes.

As diferenças entre homens e mulheres, ao se afirmarem, rompem a unidade, impossibilitando a existência de uma identidade masculina e de uma outra identidade feminina. Elementos como classe, etnia, religião, idade etc. atravessam a pretensa unidade de cada elemento do par, transformando em múltiplo o sujeito masculino ou feminino pensado no singular.

Fonte: http://www.fundaj.gov.br/tpd/113.html

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