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domingo, setembro 29, 2024

Infância e Ludicidade

SUMÁRIO

Introdução
Educação Infantil – Metodologia e Procedimentos / Educação Infantil – Fundamentos
A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica
Temas Transversais: Como utilizá-los na prática educativa?
Metodologia do ensino da Literatura Infantil
Considerações Finais
Referências

1. Introdução

O presente estágio propõe uma aproximação, entendimento, sobre educação Infantil, de modo a nos possibilitar como estudantes o contato com o trabalho profissional em diferentes atividades.

Na atualidade a educação infantil está adquirindo uma crescente importância perante os teóricos e também profissionais dessa área, os mesmos buscam possibilitar desenvolvimento integral das crianças, de forma significativa e para isso levam em consideração as contribuições e benefícios das múltiplas linguagens.

Falaremos sobre jogo, literatura infantil e temas transversais. Uma vez que, tanto na infância como na adolescência e também na fase adulta é muito mais agradável e prazeroso realizar o aprendizado através de ações lúdicas: brincadeiras, recreações e jogos. A literatura estabelece relações com a realidade, mostram outras visões de mundo, outros mundos. Vamos falar sobre inclusão, ao fazermos a atividade aplica a prática do livro Temas Transversais.

A Educação Especial marca o lugar da diferença, ao conviver com limitações humanas mais evidentes ou menos claras. Atuando em escolas comuns e especiais.

Alunos, professores, técnicos, especialistas, pais, e comunidade, todos devem assumir o desafio da descoberta e a superação de limites, construindo novas competências referenciadas no paradigma da escola inclusiva.

Mais detalhes, sobre educação infantil, no decorrer do trabalho.

Educação Infantil – Metodologia e Procedimentos

Educação Infantil – Fundamentos

CD Coleção Gira Mundo,

Toda criança necessita de atenção, amor, carinho e respeito, essa é a primeira base para formar um cidadão apto a viver bem em sociedade. Essa relação deve existir entre todos os funcionários da escola e entre as crianças também.

Depois vem o processo de socialização, que também é muito importante. Através do qual as crianças deverão aprender a respeitar o seu próximo, a cooperar com todos, a cumprir com as suas responsabilidades, que são de acordo com a sua faixa etária.

E para isso o professor tem que realizar um trabalho diário desde o primeiro momento em que as crianças chegam à escola até o momento em que vão embora, além do apoio didático e dos temas transversais, que auxiliam bastante para conscientização das crianças. E por último, e não menos importante o processo de aprendizagem.

O ponto de partida é oferecer um ambiente onde as crianças tenham oportunidade de se deparar com muitos desafios, informações, noções da sua própria realidade, para que assim possam construir o seu próprio conhecimento de forma prazerosa, favorecendo seu desenvolvimento integral.

As crianças da educação infantil estão em fase de grandes descobertas e por isso necessitam de muitas novidades para explorarem e desenvolverem esse processo de aprendizado de forma saudável e produtiva.

Após as leituras de nossos livros didáticos, dos textos no AVA e do CD coleção gira mundo, destacamos a finalidade da educação infantil por etapas como: Mini-Maternal (1 ano a completar 2 anos): Nessa fase as crianças estão em processo de grandes descobertas. Portanto cabe a escola saciar todas essas necessidades, através de brincadeiras, vídeos, histórias, músicas e projetos, tudo voltado para a sua faixa etária.

Dessa forma a criança poderá desenvolver a imaginação, a expressão corporal e oral, entre outras habilidades.

O professor deverá ministrar as atividades incentivando novos desafios e visando sempre o lúdico, assim a criança terá a oportunidade de realizar grandes descobertas. Maternal I (2 anos a completar 3 anos): As crianças buscam sempre novos conhecimentos. O professor tem a função de atrair a atenção das crianças, e para isso dispõem de métodos que proporcionem desafios, conhecimentos, através de brincadeiras, jogos, histórias, artes musicais, entre outros entretenimentos. Assim a criança terá a oportunidade de construir noções da realidade em que vive e enriquecer seu conhecimento.

Maternal II (3 anos a completar 4): A criança dessa faixa etária está iniciando seu processo de autonomia e relacionamento social ativo. Portanto o trabalho com essa fase deve ser voltado ao reconhecimento por parte do aluno de sua capacidade de pensar e agir por si só. Através de jogos e brincadeiras de faz-de-conta, os conteúdos deverão ser apresentados aos alunos em forma de questionamento e desafios para exercitarem suas habilidades e gerar novos conhecimentos. A necessidade de brincar da criança será reconhecida e a ênfase maior do processo de ensino aprendizagem será dada ao aspecto lúdico.

Jardim I (4 anos a completar 5): Com quatro anos, as crianças elaboram, interpretam e conferem novos significados aos elementos da realidade que vivenciam e têm a oportunidade de experimentar e expressar sua forma particular de compreender o mundo social em que vivem. Nesse ambiente, a criança deve ser incentivada a falar, e relatar experiências, exercitando sua linguagem. E em constante interação com o educador, ela poderá aperfeiçoar seu conhecimento sobre a linguagem oral e ampliar seu vocabulário.

Jardim II (5 anos a completar 6): As crianças dessa fase ampliam com êxito o conhecimento sobre si, sobre o meio em que vivem e sobre o processo de alfabetização. Cabe ao professor oferecer um espaço aberto para os alunos explorarem de forma satisfatória suas competências e habilidades. O conteúdo deverá proporcionar exatamente a prática de tudo isso. O lúdico continua a fazer parte da grade curricular, através da apostila das datas comemorativas e dos projetos também.

Pré: Na última fase da educação infantil, as crianças encontram-se mais preparadas, tanto no aspecto emocional, como também no social, além de já possuírem uma bagagem de conhecimentos gerais bastante diversificados. O educador deve dar ênfase no processo de alfabetização e socialização, complementando com brincadeiras, histórias, jogos, teatros, músicas, etc, pois ambos proporcionam desafios, estimulam a imaginação, ampliam o vocabulário, além de enriquecer o conhecimento da criança.

A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica

Escolhemos a concepção do lúdico como recreação e lazer, assim elaboramos o jogo abaixo para crianças de 6 anos.

Começou a Chover

Objetivos: Desenvolve a atenção; integração; imaginação.

Organização: Pedir que as crianças se espalhem numa determinada área. Depois é só pedir que cada uma desenhe um círculo ao redor dos pés (não colado aos pés, mas grande, em volta); estas serão as casas. Deve haver uma “casa” a menos que o total de participantes (ou seja, não desenhe um círculo ao redor dos seus próprios pés).

Desenvolvimento: Começando a brincadeira: o professor sai andando pelo pátio, contando uma história qualquer e as crianças devem segui-lo fazendo gestos e movimentos de acordo com a história. Procure se afastar das “casas” enquanto anda. Num determinado momento diga “Então, começou a chover!” As crianças devem então procurar a “casa” mais próxima e aí ficar. Quem ficar sem “casa” sai do jogo, apaga-se uma casa cada vez que um participante sair, então novamente o professor começa a contar outra história. Ganha quem ficar por último sem casa.

Espaço: Pátio da escola

Durante a infância, mas especificamente entre os 6 e 8 anos de idade, a educação é de fundamental importância para o ser, pois é justamente nesta fase que se consolidam os hábitos, atitudes,valores e esquemas mentais que delineiam e direcionam a constituição da personalidade. O convívio social e o desenvolvimento de habilidades motoras são extremamente importantes para o crescimento físico e a evolução moral e espiritual da criança.

Quando se aplica um jogo recreativo, produz-se nos jogadores uma excitação mental agradável. Ele deve, também, garantir e manter a espontaneidade dos participantes fixando-se o conceito de que o mais importante não é ganhar ou perder e, sim, participar.

Os jogos, quando utilizados de maneira correta e consciente, são muito eficientes para a fixação, a introdução e a transmissão do conhecimento de forma a atraente, motivadora e participativa.

Temas Transversais: Como utilizá-los na prática educativa?

Ao fazermos a brincadeira de olhos vendados, com as crianças da sala da qual estagiamos, turma de 4anos, as mesmas acharam muito divertido, atravessarem a sala sem vê, alguns conseguiram chegar do outro lado, mas, saíram de cima da linha feita com durex colorido. Outros acabaram virando pra direita ou esquerda outros seguiram em frente e foram para o lado errado, apenas Cinco de doze alunos fizeram o percurso certo.

Partindo do pressuposto de que as brincadeiras infantis não são inatas, ou seja, necessitam de aprendizagem, consideramos como algo insubstituível que o educador de infância ou o professor, numa atitude persistente e contínua, os jogos, na sua versão pedagogicamente correta, para que as crianças possam vivenciar emoções e experiências estruturantes da sua forma de agir sobre o envolvimento.

A criança, nesta faixa etária, aprende noções tão fundamentais para a vida em comum como a cooperação com os outros ou o respeito pelas regras. A brincadeira de olhos vendados tem por objetivo a formação de caráter e a futura adaptação social da criança.

De acordo com Laura Montes em seu Livro Temas Transversal, como educadores para ensinarmos quem não enxerga, devemos aprender e ensinar nossos alunos a desenvolverem a disponibilidade de aprender, quando a interação exigir. Os preconceitos precisam ser diminuídos, e todos podem se sentir preparados para interagir com todos.

Metodologia do ensino da Literatura Infantil

De acordo com as entrevistas feitas com as crianças Gabriela, Natália e Gabriel, essas são as histórias que eles gostam muito. (Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Os Três porquinhos.). Cada uma tem um jeitinho muito especial de falar o que sentem quando estão ouvindo, ou lendo algumas dessas narrativas, parecem que elas estão vivendo dentro da história, emoção é o que não falta, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho, Gabriela nos falou que” toda vez que ela escuta essa história dá vontade de chorar por que no final o lobo come a vovó e depois o caçador abre a barriga do lobo e tira a vovó de lá, ela nos falou que tudo isso é emocionante.”

Uma boa história para elas é o que mexe com sonho, fantasias, alegria, suspense, medo, emoção. Assim como em Branca de Neve, quando tem que fugir do caçador e na hora em que a bruxa entrega a maçã envenenada, “dá uma ansiedade, angustia é como se eu estivesse no lugar dela.” (Natália).

Com relação aos Três Porquinhos, Gabriel nos respondeu que, “gostou muito quando cada um construiu sua casa, mas ficou triste quando o lobo a derrubou se sentiu muito feliz porque o irmãozinho chamado Tijolota, ajudou os outros dois que o Lobo havia derrubado a casa, juntos conseguirem derrotar o Lobo.”

Comparando com o que estudamos, os relatos das crianças estão de acordo com o que lemos. Pois, a literatura desenvolve bastante o pensamento da criança, muda seu modo de falar e se comportar.

Segundo Marta Morais em Metodologia do Ensino de Literatura infantil, a literatura com finalidade utilitária constrói no entendimento das crianças a noção de que ler é buscar confirmações do já percebido, é reafirmar, é reproduzir sem participar. Temos, assim, a arte transformada em ferramenta. No entanto, a literatura propõe um texto diferenciado, cuja finalidade é mais recusa do utilitário e de proposta de pensamento divergente. ‘’ A riqueza polissêmica da literatura é um campo de plena liberdade para o leitor. Daí provém o próprio prazer da leitura, uma vez que ela mobiliza mais intensa e inteiramente a consciência do leitor, sem obrigá-lo a manter-se nas amarras do cotidiano.

Na visão de FRITZEN (1999, p.9) “É nos momentos de maior desinibição, de relax, de desconcentração, oferecidos pelos jogos e brincadeiras, que as pessoas se desbloqueiam se descontraem, e se realiza uma proximidade maior, uma melhor integração”.

Apesar de o jogo ser uma atividade espontânea nas crianças, isso não significa que o professor não necessite ter uma atitude ativa sobre ela, inclusive, uma atitude de observação que lhe permitirá conhecer muito sobre as crianças com quem trabalha.

Considerações Finais

Esta atividade nos permitiu o estudo sobre a educação infantil, a qual não deve ser responsabilidade somente da escola, deve ser compartilhada com a família.

O lúdico não pode ser abolido de nenhuma fase da educação infantil, pois através das brincadeiras, as crianças manifestam seus sentimentos e constroem um aprendizado saudável. Seja ela deficiente ou não.

A Educação Especial marca o lugar da diferença, ao conviver com limitações humanas mais evidentes ou menos claras. Atuando em escolas comuns e especiais.

A sala de aula da educação infantil deve ser um espaço visualmente limpo, claro, permitindo que as crianças sintam-se à vontade para desenvolver suas capacidades de criar e imaginar, bem como, interagir e serem capazes de exercer uma série de atividades.

O brincar aparece reafirmado como uma estratégia que possibilita a aproximação entre as crianças, constituindo-se em espaços de produção de cultura nos quais podem experimentar pertencimento. A inclusão revela-se como um processo dinâmico que se dá no cotidiano e no qual as interações entre as crianças desempenham um papel fundamental, compreender o outro.

REFERÊNCIAS

Barbosa, Laura Monte Serrat- Temas Transversais: Como utilizá-los na prática educativa? Curitiba: Ibpex, 2007, 147p.

Costa, Marta Morais da – Metodologia do ensino da Literatura Infantil, Curitiba: Ibpex, 2007, 171p.

Fritzen, S. J. Jogos dirigidos para grupos recreação e aulas de Educação Física. 25. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1999

Rau, Maria Cristina Trois Dorneles – A ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica, Curitiba: Ibpex, 2007, 164p.

TEXTOS BASE:

CD. MÍDIA – Educação Infantil. Coleção Gira Mundo – Sistema de Ensino. UNINTER. Editora: IBPEX, Curitiba, 2008.

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