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sexta-feira, abril 19, 2024

Tipós de parto

Autoria: Ari Luiz de Oliveira

Tipos de Parto

2005

INTRODUÇÃO

Atualmente as gestantes têm o conhecimento, a orientação de como possa vir a ser o seu parto e como se sentirá melhor, podendo a ver escolha. Essas orientações geralmente são realizadas durante o pré-natal por enfermeiras, médicos, dentre outros funcionários da saúde capacitados a esse trabalho.

Dessa forma, esse trabalho retratará os tipos de partos e alojamento a puérpera e ao recém-nascido, onde ambos poderão ter conforto nesse momento especial e de muitíssima importância.

Os esclarecimentos serão seguidos de pequenos comentários de especialista da área, com a finalidade de obtermos mais segurança dos benefícios citados; além de acrescentamos alguma curiosidade, técnicas e rotinas que compõe esses procedimentos.

Conhecimento traz segurança e qualidade, além de aumentar à auto – estima dos seres humanos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a mulher tem o direito de escolher como quer ter o filho. E já que não existe parto sem dor, a idéia é torná-lo menos traumático possível, para a mãe e para o bebê.

A escolha da técnica utilizada para o parto é tão importante quanto a decisão de ter um filho. Esta escolha deve obedecer a critérios médicos e, principalmente, ao desejo expressado pela gestante, pois a mulher precisa estar confiante na hora do parto. A informação detalhada sobre os tipos de parto, seus prós e contras, é a melhor aliada na hora da escolha.

Cesariana

Os motivos para optar por uma cesariana devem ser essencialmente, clínicos. A razão mais freqüente são a desproporção do tamanho do bebê em relação à pelve feminina, infecção herpética ativa, gestantes diabéticas, posição do bebê invertida e difícil, ou ainda, se o seu trabalho de parto não estiver progredindo normalmente.

Na cesariana, a barriga será coberta com um anti-séptico destinado a exterminar as bactérias e a anestesia será a epidural (em alguns casos a geral é necessária). A gestante tomará soro e uma sonda será introduzida na bexiga para esvaziá-la. Você não poderá acompanhar a cirurgia, já que uma tela será colocada na parte superior do seu corpo, impedindo sua visão. Uma incisão horizontal, de 15 a 20 cm, será feita acima dos pêlos púbicos, através da parede da sua barriga e então através do útero. Ao alcançar o bebê, o cirurgião irá tirá-lo suavemente. A equipe removerá a placenta e a examinará, assim como o seu bebê. O corte será fechado com pontos. O procedimento deve ser de aproximadamente 30 minutos, o parto leva em torno de 5 a 10 minutos e o fechamento do corte, em torno de 20 minutos.

É importante saber que como uma cirurgia, a recuperação em uma cesariana é lenta, e requer a internação por alguns dias. Será difícil rir, ficar em pé….

*Não se deve marcar a cesárea com antecedência!!

O parto cesárea quando bem indicado é a solução que salva a vida do bebê e/ou da mulher. Nessa situação, os riscos das complicações são minimizados pelos benefícios.

Motivos Reais para se fazer cesárea: não se deixe levar:

O diagnóstico da necessidade da cesárea não se dá por circulares de cordão ou tempo de parto.

Um parto pode demorar 48 horas.

O diagnóstico de sofrimento fetal se dá pelos batimentos cardíacos e de preferência pela análise do PH do sangue do bebê, o que não é muito usado no Brasil.

Então a gente usa mesmo os batimentos cardíacos.

INDICAÇÃO DE CESÁREA ANTES DO PARTO:

Placenta prévia: raro e claro
Herpes Genital com Lesão Ativa: raro e claro
Bebê em Posição Transversa: raro e claro
INDICAÇÃO DE CESÁREA DURANTE O TRABALHO DE PARTO:

Eclâmpsia: Raro e Claro
Prolapso de Cordão: Raro e Claro
Descolamento Prematuro da Placenta: Fácil de diagnosticar, raro de ocorrer
Desproporção Céfalo-Pélvica: Altamente discutível largamente usada de forma errada
Parada de Proporção: Altamente discutível largamente usada de forma errada
Sofrimento Fetal Agudo: Altamente discutível largamente usada de forma errada
NÃO É INDICAÇÃO DE CESÁREA

Circular de cordão (não importa quantas)
Parto prolongado
Expulsivo prolongado
Pós-datismo (passou de 40 semanas)
Pressão Alta
Bacia “muito estreita”
Bebê “muito grande”
Cesárea anterior
Primigesta Senil
Primigesta Adolescente
HPV, verrugas genitais, miomas, cistos, duendes e elfos, etc.
DISCUTE-SE MAS NÃO HÁ PROVA DE QUE UMA CESÁREA ELETIVA SEJA MELHOR A LONGO PRAZO:

Bebê Sentado
Mais de uma cesárea anterior
Bacias deficientes (sem a tentativa de parto normal)
AIDS

Parto de Cócoras

O parto de cócoras durante praticamente toda a humanidade foi a forma de dar a luz mais utilizada e hoje, após um longo período de esquecimento entre a civilização moderna, volta a ser uma opção procurada.

No Brasil, deve-se a um trabalho pioneiro dos Drs. Moisés e Claudio Paciornik que, na década de 70, o estudaram em uma Comunidade Indígena do Paraná e introduziram a prática em seu hospital.

Segundo o Dr.Adailton Meira, Ginecologista e atual coordenador do REHUNA (Rede para Humanização do Parto e Nascimento), este procedimento traz diversas vantagens para mãe, pois facilita a liberação (saída) da cabeça e propicia um parto com menos intervenções, como o corte do perioneo além do fato da mãe sentir mais e participar do parto. No caso do Bebê, este também se beneficia, pois é mais rápido, e recebe melhor aporte de sangue.

Como é?

A parturiente pode ficar caminhando ou em baixo de um chuveiro ou deitada de lado durante o processo da dilatação. No momento chamado expulsivo, ela se posiciona de cócoras, usando como apoio uma cadeira ou cama apropriada para este procedimento ou também com o apoio do marido que serve como apoio físico e psicológico.

Parto em Casa

Algumas mulheres optam por um parto residencial por se sentirem mais seguras num ambiente conhecido. É importante saber que o seu médico só concordará com esta opção caso sua gestação tenha transcorrido sem problemas e se a possibilidade de parto normal for dominante. O especialista lhe dará uma lista de como preparar o local do parto e de coisas que precisará, tais como boa iluminação, mesinha com rodas na qual colocará seu equipamento, muitas toalhas macias.

O médico deverá ir previamente a sua residência para avaliar o local, a qualidade do leito. Os médicos tentam persuadir as pacientes que optam por este tipo de parto, alegando que se houver alguma complicação, principalmente com o bebê, haverá dificuldades para o socorro. Na verdade, você deve ponderar.

Parto Normal

Em intervalos de cinco a cinco minutos as contrações duram entre 60 e 90 segundos. Esta fase, chamada transição, é o momento que indica a chegada do bebê. O médico deve então, avaliar se o colo está totalmente dilatado. Após esta fase, você começa a sentir o desejo involuntário de “empurrar”. Quando a cabeça do bebê atinge o canal vaginal, a criança pressionará o períneo, fazendo também, pressão no reto. Durante cada contração, o bebê começa a aparecer na vagina e depois de alguns minutos sua cabeça já começa a aparecer.

Após esta fase, o nascimento é uma questão de minutos. Você deverá parar de “empurrar” e começar a respirar rapidamente, permitindo que o períneo se alargue. Na saída total da criança, uma grande quantidade de líquido.

Amniótico deve ser liberado. A placenta deve ser expelida em até meia hora após o parto.
Você poderá combinar, previamente, com o obstetra a ingestão do Syntociron, um hormônio artificial que imita a oxitocina e ajuda na contração do útero, além de ajudar a reduzir a perda de sangue.

A grande vantagem do parto normal é a rápida recuperação da mãe.

Parto Normal é Vantajoso Para a Mãe e Para o Bebê

As vantagens do parto normal são tantas que é difícil enumerá-las. Para o lado psicológico, a interação mãe-bebê é muito favorecida pelo parto natural, no qual os laços de ligação são potencializados, quando comparados a uma cesárea. O fato de o bebê poder mamar já na sala de parto e da mãe estar mais disposta à convivência inicial, sem as dores do corte na barriga, feito na cesárea, e com uma anestesia em geral que permite uma movimentação muito mais fácil e precoce, fazem com que o vínculo seja mais estreito nesta condição.

Do ponto de vista físico, no parto normal não há cicatriz aparente, a possibilidade de dores abdominais por aderências é infinitamente menor, assim como a chance de hemorragias e infecções. A recuperação pós-parto é praticamente imediata, podendo a mulher voltar ao seu afeito bem mais rápido. As complicações anestésicas são menores, pois a quantidade de anestésico não precisa ser tão grande.

As Dores do Parto Normal

Após o parto normal, apesar da recuperação rápida, a mamãe sentirá alguns incômodos característicos desta fase. A dor no períneo, por exemplo, pode ser intensa, principalmente ao sentar. Para aliviar a sensação, o ideal é sentar-se apoiada em dois travesseiros nas costas. Sentar em uma toalha retorcida em formato de roda, pode ser útil também.

A pressão causada no piso pélvico quando a mulher tosse ou gargalha pode causar incômodo e, até mesmo, a sensação de que os pontos estão arrebentando. Neste caso, procure contrair os músculos do períneo quando for assuar o nariz, espirrar, tossir ou rir

Atenção com as Dores no Baixo-Ventre

O parto normal apresenta um alto índice de boa recuperação da parturiente e mostra-se seguro, quando indicado e acompanhado por um profissional capacitado. Entretanto, alguns sinais após o parto normal devem ser levados à sério, pois podem sinalizar problemas. Dores intensas no baixo-ventre, por exemplo, podem indicar que ocorreu laceração nos tecidos e distensão da musculatura, podendo inclusive, comprometer os tendões.

Bebês grandes, falta de corte no períneo, demora para o nascimento, o que obriga a mulher a fazer mais força podem ser fatores causadores da dor no baixo-ventre. Quando comprovado o problema de inflamação, há necessidade de um tratamento específico, utilizando desde medicamentos antiinflamatórios até fisioterapia. Os antibióticos são indicados para a parametrite, infecção que atinge o tecido ao lado do útero.

Os especialistas recomendam que a paciente procure, o mais breve possível, um médico que possa avaliar o caso.

Curiosidade

Parto na água, mais uma opção para a gestante.

Cláudia Nascimento

O parto na água, surgido na década de 70, ainda é pouco difundido no Brasil, mas algumas mulheres têm optado por esse tipo de parto, pelos benefícios que pode proporcionar à mãe e ao bebê. Durante o trabalho de parto a gestante é colocada numa banheira que pode ser plástica ou de hidromassagem, com água na temperatura de 36 –37 ºC, cobrindo a barriga.

A parturiente poderá ficar na água durante as contrações, sair para ter o bebê ou permanecer nela, até que o bebê nasça.

“Além do relaxamento produzido pela água quente, o alívio de seu peso que diminui ao entrar na água, facilita a movimentação e a descida do bebê na pelve. O maior benefício para a gestante é o efeito analgésico da água sobre as contrações”, explica o Dr. Adailton Salvatore Meira, ginecologista e obstetra.

O parto na água promove também a participação do pai no instante do nascimento – ele pode entrar na banheira, sentar-se atrás da mãe, servindo de apoio para suas costas e ao mesmo tempo, transmitir-lhe carinho e confiança. Segundo o Dr. Meira são realizados em sua clínica, de dois a três partos na água por mês e também na casa da gestante, quando a gravidez é de baixo risco. “Atualmente em São Paulo, o Hospital Albert Einstein, já conta com uma banheira, não propriamente para parto, mas usada durante as contrações”, informa.

Na Austrália, Estados Unidos, Japão, Alemanha e outros países, há hospitais e “centros de nascimento”, onde a prática do parto na água é bastante comum. “Há um movimento internacional para o aumento de partos na água. Assim que mais hospitais abrirem suas portas para um parto não ortodoxo e, portanto, mais fisiológico, talvez, mais e mais casais possam ter acesso a esse tipo de parto”, finaliza o Dr. Meira.

Fórceps

Quando a mãe não consegue “empurrar” o bebê ou em casos em que a criança está sentada, é prematura ou tem uma cabeça maior do que a dilatação da vagina da mãe é utilizada o fórceps, um processo no qual o aparelho é encaixado na cabeça do bebê, após a episiotomia na mãe, e puxado delicadamente pelo médico.

Parto em Gestantes HIV Positivo

Apesar de toda a movimentação da comunidade médica mundial em prol do parto normal, em alguns casos específicos esta prática não é recomendada. Este é o caso de gestante soro positivas – portadora do vírus da AIDS -, nas quais a cesariana é mais recomendável.

Segundo especialistas, há evidências de que a cesariana diminui os riscos de infecção para o bebê, porém, pesquisadores salientam que a cirurgia não é recomendada em partos de mulheres com baixa taxa de vírus no sangue, já que a diminuição do risco é automática neste caso. Um outro caso em que a cesariana é contra indicada é para mulheres com o sistema imune debilitado. Neste caso o risco concentra-se em complicações pós-operatória na mãe.

Parto X Diabetes

Em casos de gestantes diabéticas, o parto, a menos que se suspeite que o feto esteja em perigo, não deve ser induzido antes do termo. A cesárea, segundo o especialista em Ginecologia e Obstetrícia da Associação Médica Brasileira, Dr. Evaldo Rodrigues Júnior, deve ser praticada quando for verificada pelo médico a ausência de condições para indução, capacidade pélvica questionável (bacia estreita), macrossomia fetal (4 kg), histórico de perdas fetais pela via vaginal, cesáreas anteriores e provas funcionais, indicando baixas reservas ueroplacentárias de oxigênio e sofrimento fetal.

Caso contrário será permitido a via vaginal (parto normal). A anestesia eletiva é de condução, dando-se preferência à anestesia peridural? Salienta o médico. Além disso, segundo especialista, o parto deve ser acompanhado por um neonatologista e, se possível, em ambiente que disponha de recursos para cuidados intensivos ao recém-nascido.

ALOJAMENTO CONJUNTO

Definição

ALOJAMENTO CONJUNTO é um sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Tal sistema possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde da binômia mãe e filho.

NORMAS

1. O Alojamento Conjunto deve ser iniciado na sala de parto.

2. A amamentação do recém-nascido deve ser praticada em regime de livre demanda, isto é, sem horários fixos.

3. É contra-indicado o uso de bicos.

4. É contra-indicado o uso de outros alimentos ou líquidos além do leite materno, exceto em casos clinicamente indicados.

5. É proibida a distribuição de bicos, mamadeiras, propagandas e amostras de substitutos do leite materno (resolução n° 31/92 – CNS).

6. O aleitamento materno cruzado está contra-indicado.

7. A puérpera deve ser continuamente apoiada e informada, durante sua internação, sobre aspectos relacionados ao aleitamento materno.

8. Os horários de visitas para os pais devem ser flexíveis e com maior duração.

9. No momento da alta, a mãe deve ser orientada sobre a importância da amamentação e agendada o retorno precoce para ambos, nos primeiros 7 a 10 dias.

ROTINAS

1. A puérpera e o recém-nascido devem ser levados da sala de parto diretamente para o Alojamento Conjunto, ficando a criança ao lado da mãe, supervisionados por pessoal treinado, sendo que os recém-nascidos só devem ser afastados da mãe para os procedimentos hospitalares por no máximo 1 hora.

2. A equipe de saúde deverá informar à mãe que o bebê deverá ser colocado para mamar sem qualquer restrição quanto à freqüência ou duração das mamadas.

3. A equipe de saúde deverá informar às mães que no Alojamento Conjunto não é permitido nenhum tipo de bico artificial ou chupeta, bem como as conseqüências do seu uso.

4. A equipe de saúde deverá informar às mães que não está sendo oferecido água, solução glicosada, chá, fórmulas lácteas ou outros alimentos ao seu bebê amamentado ao seio, a não ser por indicação médica.

5. Não haverá nenhuma propaganda de alimentos infantis ou outros líquidos, mamadeiras e bicos afixados ou distribuídos às mães ou funcionárias do Alojamento Conjunto.

6. Durante a permanência das mães no Alojamento Conjunto, a equipe de saúde deverá reforçar as orientações sobre a amamentação, salientando a contra-indicação e conseqüências da amamentação cruzada.

7. As puerperais receberão apoio e orientações principalmente sobre:

a. Importância da amamentação sob livre demanda.

b. Como assegurar uma quantidade suficiente de leite.

c. Posição adequada para a pega da aréola.

A equipe deverá identificar as puerperais que por algum motivo não estão estimuladas a amamentar e dedicar-lhes especial atenção.

8. A participação dos pais e familiares no processo de amamentação será estimulada através da flexibilidade no horário de visitas e de reuniões educativas diárias no período da tarde.

9. Deverá constar da rotina de alta:

a. Orientação para procurar, em caso de qualquer dificuldade na amamentação, o Banco de Leite Humano, Puericultura ou o próprio Alojamento Conjunto.

b. Encaminhamento da criança ao centro de saúde mais próximo de sua residência ou à Puericultura do próprio Hospital, entregando cartão da criança devidamente preenchido.

c. Agendamento para a consulta de enfermagem puerperal no prazo de 7 a 10 dias.

UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA E DE RISCO INTERMEDIÁRIO NEONATAL

NORMAS

1. Os recém-nascidos internados, assim que apresentarem maturidade e bom estado geral, serão estimulados a iniciar a sucção ao seio.

2. As mães serão estimuladas e orientadas a ordenhar o leite a partir de 6 horas pós-parto.

3. Será estimulada a presença da mãe na unidade o máximo de tempo enquanto seu filho estiver internado.

4. Os recém-nascidos receberão preferencialmente leite da própria mãe.

5. É contra-indicado o uso de bicos, chupetas, mamadeiras ou chucas, exceto em situações especiais a critério médico.

6. No momento da alta, a mãe será orientada sobre a importância da manutenção do aleitamento exclusivo.

ROTINAS

1. A orientação da ordenha será feita pelos componentes das unidades de internação e do Banco de Leite Humano e a ordenha será realizada a cada 2 ou 3 horas/dia.

2. O leite ordenhado será pasteurizado e repassado ao recém-nascido. Quando possível, o leite poderá ser repassado sem pasteurização, e quando necessário também será ofertado leite humano pasteurizado de mães com recém-nascidos de idade gestacional semelhante.

3. A sucção ao seio será iniciada assim que o estado geral permitir, sendo que os prematuros iniciarão sucção a partir de 32 a 34 semanas de idade gestacional. A participação da fonoaudióloga na estimulação à sucção deverá ser requisitada.

4. No processo de relactação, as mães dos recém-nascidos internados, especialmente dos prematuros, deverão ser permanentemente orientadas e supervisionadas.

5. Quando iniciar a oferta de leite via oral para complementação do aleitamento ao seio, esta será feita utilizando o copo. Neste momento, especial atenção deve ser dada à curva de peso e à ocorrência de apnéias.

6. Na alta hospitalar será enfatizada a importância do aleitamento materno exclusivo. Os prematuros deverão ter retorno precoce (de preferência na primeira semana) para reavaliação da lactação.

TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO

1. Lavar as mãos com água e sabão.

2. Limpar o mamilo e aréola com água.

3. Acomodar-se em posição confortável.

4. Massagear a mama, com movimentos circulares pequenos, iniciando da aréola para sua base, pressionando os seios galactóforos, facilitando a descida do leite.

5. Fazer a expressão do mamilo certificando-se da presença do leite e então colocar o bebê para sugar.

6. Oferecer o seio à criança e verificar se ela abocanhou toda a aréola.

7. Oferecer as duas mamas alternadamente, iniciando pela última da mamada anterior.

8. Ao término da mamada interromper a sucção colocando o dedo mínimo no canto da boca do bebê e afastar seu rosto com o auxílio dos dedos.

9. Deixar o bebê no colo, de pé ou de bruço, para facilitar a eructação e evitar a bronco aspiração.

10. Deitar o bebê em decúbito lateral direito e colocar travesseiro nas suas laterais para impedir que mude de posição para o decúbito ventral.

11. É recomendação, até os seis meses de idade, evitar a posição de decúbito ventral (barriga para baixo) e uso de travesseiros como profilaxia da síndrome de morte súbita.

ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO

1. O leite ordenhado e colhido com higiene adequada mantém a sua validade por 24 horas, quando guardado na geladeira.

2. No congelador, até 7 dias e no freezer até 1 mês, desde que o congelamento seja imediato.

3. Evitar o aquecimento do leite à temperatura superior a 36ºC. Amornar o leite colocando-o em banho maria com água morna.

4. Uma vez descongelado não pode ser recongelado novamente

CONCLUSÃO

É satisfatório quando se faz um trabalho realizado à base de pesquisas, e nos faz felizes quando temos a chance de transmitir esses conhecimentos a outras pessoas.

Tudo fica mais real, quando se torna uma verdadeira corrente de transmissão de conhecimento, e isso faz bem a todos. E a saúde agradece. Esse ensinamento já nasce com cada ser humano, porque é o dom de Deus e essência para os Humanos. A alma pede conforto e segurança aquela gera aquela que dá luz, e o corpo obedece.

Assim, cada parto realizado com sucesso desperta um novo sorriso, porque cada parto é uma nova pessoa.

BIBLIOGRAFIA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Lawrence & Lawrence. Pediatr. C. N. Amer. 48 (1): 235-51, 2.001.

SAUDE DA MULHER/TERRA

CANTINHO DO BEBE;

Unifesp

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