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sexta-feira, abril 26, 2024

COMUNISMO – MARXISMO CRÍTICA AO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

No transcurso da Revolução Francesa (1789) também surgiram alguns movimentos que defenderam idéias comunistas. Entre os mais importantes está o babuvista, que recebeu essa denominação porque seu líder foi o revolucionário François-Noêl Babeuf (1760-1797).

O comunismo de inspiração babuvista é essencialmente distributivo e prevê a instauração de uma administração que se encarregará de fiscalizar o trabalho, a produção e a divisão da riqueza. Babeuf defende que o Estado deve assumir o controle de toda a propriedade privada e dos bens, distribuindo-os igualitariamente.

No período imediatamente posterior à Revolução Francesa, surgiram outros movimentos que defendiam alguns ideais comunistas, mas todos eles tinham em comum a construção de uma nova ordem social comunista que deveria ser alcançada pacificamente. Entre os líderes mais importantes desses movimentos figuram Charles Fourier (1772-1837), Robert Owen (1771-1858) e Etienne Cabet (1788-1856).

Karl Marx
As concepções e os ideais comunistas formulados por Karl Marx representam, sem dúvida, o ponto culminante da mais contundente crítica da sociedade burguesa e do modo de produção capitalista. Marx se interessou pelo estudo minucioso do funcionamento do modo de produção capitalista e concebeu uma maneira de superá-lo a fim de estabelecer as bases de uma futura sociedade comunista.

No “Manifesto do Partido Comunista” (1848), Marx não apresenta nenhuma condenação moralista ou ética da burguesia. Ao contrário, ele se refere à burguesia como uma classe que desempenhou um importante papel na história ao suprimir o antigo modo de produção e dominação feudal.

A burguesia estabeleceu um mercado mundial, sob a égide das relações comerciais capitalistas, que acarretou a progressiva unificação dos povos. O capitalismo, por outro lado, permitiu o rápido e constante aperfeiçoamento dos instrumentos de produção.

Após exaltar os feitos históricos da classe burguesa, Marx concentra sua crítica nas conseqüências (ou males) das relações de produção capitalista. De acordo com Marx, o proletário não é considerado um escravo, mas sua condição de existência sob o capitalismo o transforma em indigente.

Proletariado, a classe revolucionária
Os trabalhadores sofrem a progressiva exclusão dos benefícios da enorme riqueza material que é produzida por eles mesmos, mas que fica concentrada nas mãos de uma minoria. Marx acreditava que o desenvolvimento cada vez maior das forças produtivas capitalistas geraria infindáveis crises econômicas e, conseqüentemente, conflitos sociais cada vez mais intensos, que levariam inevitavelmente à derrocada da ordem social burguesa.

No capitalismo, o proletariado é considerado por Marx a classe revolucionária. Ela deve desempenhar seu papel histórico de supressão da classe burguesa e a construção de uma ordem social igualitária, baseada no comunismo, isto é, uma sociedade em que inexista a propriedade privada e onde cada indivíduo trabalhe segundo suas capacidades e receba segundo suas necessidades.

O paradoxo da concepção marxista é que, segundo ela, uma sociedade comunista só poderia ser construída quando o modo de produção capitalista amadurecesse o suficiente a ponto de desenvolver ao máximo todas as forças produtivas.

Fonte: Uol
Autor: Renato

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