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sábado, março 23, 2024

Sistema Nervoso Central

Autoria: Patricia Zen

Sistema Nervoso Central

COMPONENTES CELULARES

Para suas atividades de comunicação a unidade funcional do sistema nervoso é o neurônio. O neurônio típico tem superfície receptiva constituída pelo corpo celular, ou soma, e vários dendritos, em forma de galhos que recebem sinapses ou conexões neurônio a neurônio. Seu axônio faz conexões sinápticas com outros neurônios ou com células efetoras. O sistema nervoso forma uma rede de comunicação por meio de circuitos neurais, constituídos por neurônios simpaticamente interconectados. A atividade neural é codificada por seqüências de potenciais de ação propagados ao longo dos axônios nos circuitos neurais. A informação codificada é passada de um neurônio para o próximo pela transmissão sináptica. Na transmissão sinaptica, os potenciais de ação que atingem a terminação pré-simnáptica geralmente liberam uma substância neurotransmissora que ou excita a célula pós-sináptica fazendo descarregar um ou mais potenciais de ação ou inibe a atividade da célula pós-sinaptica.

Os axônios não apenas transmitem informações nos circuitos neurais, mas também levam substâncias químicas em direção as terminações sinápticas pelo transporte axônio. Os outros elementos celulares do sistema nervoso são as neuroglias ou células de suporte. As células neurogliais, no SNC humano, excedem os neurônios em numero por uma ordem de grandeza, cerca de 10 células neurogliais e neurônios.

A neuroglia não participa diretamente na comunicação a curto prazo, através do sistema nervoso, mas fornece assistência importante nesta função. Por exemplo, alguns tipos de células neurogliais fornecem a muitos axônios a bainha de mielina, que acelera a condução dos potenciais de ação ao longo dos axônios. Esse aumento da velocidade de condução permite que alguns axônios se comuniquem rapidamente com outras células a uma distancia relativamente longa.

O SOMA

O soma contem o núcleo e o ncléolo do neurônio. Também possui um aparelho de biossintese bem desenvolvido para a fabricação dos constituintes de membrana, enzimas sintéticas e outras substanciam químicas necessárias as funções especializadas das células nervosas. O aparelho de biossíntese neuronal compreende os corpos de Nissl que são pilhas de retículo endoplasmático rugoso, e um aparelho de Golgi proeminente. O soma também contém numerosas mitocôndrias e elementos citoesqueléticos, inclusive neurofilamentos e microtúbulos. A liposuscina é um pigmento formado por componentes de membrana incompletamente degradados, acumulasse com a idade em alguns neurônios. Alguns grupos de neurônio no tronco encefálico.

DENTRITOS

São prolongamentos múltiplos e ramificados, com origem no corpo celular. Constituem as partes receptoras principais do neurônio. Isto é, a maior parte dos sinais que devem ser transmitidos ao neurônio chegam a ele diretamente pela superfície do corpo celular. Os dendritos de cada neurônio em geral recebem sinais de muitos milhões de pontos de contato com outros neurônios.

AXÔNIO

Cada neurônio possui um axônio. Essa parte do neurônio é chamada de fibra nervosa. Seu comprimento pode ser de apenas alguns melimetros, como acontece nos axônios dos neurônios pequenos do cérebro, ou pode atingir até um métro como no caso dos axônios que partem da medula para inervar os pés. Os axônios transmitem os sinais neurais para a célula seguinte no cérebro ou na medula espinhal, ou para músculos e glândulas nas regiões periféricas do corpo.

O ENCÉFALO E SUAS DIVISÕES

O encéfalo é aquela parte do sistema nervoso que fica localizada na caixa craniana.

O encéfalo é dividido em seis partes:

cérebro
diencéfalo
mesencéfalo
cerebelo
a ponte ou protuberância
o bulbo raquidiano, chamado comumente de bulbo.
A massa principal do encéfalo é representada pelo cérebro, e a segunda maior porção é o cerebelo.

O diencéfalo, o mesencéfalo, a ponte e o bulbo, são absolutamente indispensáveis para a manutenção da função nervosa em verdade, muito mais importante do que qualquer outra massa equivalente do cérebro ou do cerebelo.

REFLEXOS E SINAPSES

Todas as informações são transmitidas, pelo SNC, sob a forma de potencias de ações nervosas, chamados, simplesmente de IMPULSO NERVOSO, por uma sucessão de neurônios, um após o outro.

Além disso, cada impulso pode ser bloqueado na sua transmissão de um neurônio para o próximo, pode ser alterado de um impulso único para impulsos repetitivos ou pode ser integrado com impulsos a partir de outros neurônios, para causar padrões altamente intrincados de impulsos em neurônios sucessivos. Todas essas funções podem ser classificadas como funções sinapticas dos neurônios.

TIPOS DE SINAPSES – QUÍMICAS E ELÉTRICAS

Há dois tipos principias de sinapses, a sinapse química e a sinapse elétrica.

Quase todas as sinapses usadas para transmissão de sinais no sistema nervoso central do ser humano são sinapses químicas. Nelas o primeiro neurônio secreta uma substância química chamada de neurotransmissor da sinapse e esse transmissor, atua sobre proteínas receptoras na membrana do próximo neurônio para excita-lo, inibi-lo ou para modificar a sua sensibilidade. Mais de 40 substâncias transmissoras foram descobertas até agora. Entre as mais conhecidas estão a acetilcolina, a norepinefrina, histamina, acido gama-aminobutírico, glicina, serotonina e o glutamato.

As sinapses elétricas, em comparação, são caracterizadas por canais abertos, diretos de líquidos que conduzem a eletricidade da célula para a próxima. A maioria deles é constituída por pequenas estruturas tubulares protéicas chamadas de junções abertas, ou comunicantes, que permitem o livre movimento de íons no interior de uma célula para o interior a próxima. Apenas algumas junções abertas foram encontradas no sistema nervoso central.no entanto, é por meio das junções abertas e de outras junções semelhantes, que os potenciais de ação são transmitidos de uma fibra muscular lisa para a próxima, no músculo visceral e de uma célula muscular cardíaca para a próxima no músculo cardíaco.

CONDUÇÃO EM MÃO ÚNICA NAS SINAPSES QUIMICAS

As sinapses químicas têm uma característica extraordinariamente importante que as torna altamente desejáveis como forma de transmissão dos sinais no sistema nervoso. Elas sempre transmitem os sinais, em direção única é, do neurônio que secreta a substância transmissora chamado de neurônio pré-sináptico, para o neurônio sobre o qual o transmissor atua, chamado neurônio pós-sináptico. Esse é o princípio da condução em mão única, nas sinapses químicas, é bastante diferente da transmissão por meio de sinapses elétricas, que usualmente podem transmitir sinais em qualquer direção.

O mecanismo de transmissão em mão única, ele permite que os sinais sejam dirigidos para objetivos específicos, essa transmissão específica dos sinais para as áreas discretas é altamente focalizada, tanto no sistema nervoso, quanto nas terminações dos nervos periféricos, que permite ao sistema nervoso desempenhar as milhares de funções, da sensação, do controle motor, da memória entre outras.

TERMINAÇÕES PRÉ-SINAPTICAS

Os estudos por microscopia eletrônica das terminações pré-sinápticas mostram que elas têm formas anatômicas variadas, mas a maioria se assemelha a pequenas dilatações redondas, ou ovóides, e portanto, são chamadas de botões terminais, pós terminais ou botões sinápticos.

As terminações pré-sinápticas, elas são separadas da soma neural, pós-sinaptico por uma fenda sináptica, que tem largura aproximadamente de 200 a 300 angntrons. A terminação tem duas estruturas internas importantes para a função excitatória ou inibitória da sinapse, as vesículas de transmissão e as mitocôndrias. As vesículas de transmissor contêm a substância transmissora que, quando liberada na fenda sináptica, excita, ou inibe o neurônio pós-sinaptico.

Excita se a membrana neural contiver receptores excitatórios, e inibe se a membrana contiver receptores inibitórios. As mitocôndrias fornecem trifosfato de adenosina, que dá a energia para sintetizar novas substancias transmissoras.

Quando um potencias de ação se espalha sobre a terminação pré-sináptica, a despolarização da membrana faz com que um número pequeno de vesículas se esvazie na fenda. O transmissor liberado, por sua vez provoca alterações imediatas das características de permeabilidade da membrana neural pós-sináptica, e isso leva a excitação ou a inibição do neurônio pós-sináptico, dependendo das características dos receptores desse neurônio.

MECANISMOS PELO QUAL OS POTENCIAIS DE AÇÃO CAUSAM A LIBERAÇÃO DO TRANSMISSOR PELAS TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS – O PAPEL DOS ÍONS CÁLCIO

A membrana celular que cobre as terminações pré-sinápticas, chamada de membrana pré-sináptica, contem grande número de canais de cálcio controlados pela voltagem. Essa membrana é bem diferente das outras áreas da fibra nervosa, que contem número muito menor desses canais. Quando o potencial de ação despolariza a terminação, os canais se abrem e permitem que grande número de íons cálcio flua para dentro da terminação. A quantidade de substância transmissora que é então, liberada na fenda sináptica está relacionada diretamente com o número de íon cálcio que entra na terminação. O mecanismo exato pelo qual os íons cálcio causam essa liberação não é conhecido mas acredita-se que seja o seguinte:

Quando os íons cálcio entra na terminação pré-sináptica, acredita-se eles se fixem a moléculas protéicas especiais na superfície interna da membrana pré-sináptica, chamada sítio de liberação e se abram, através da membrana, para o exterior pelo processo chamado exocitose. Algumas vesículas, usualmente liberam seu transmissor dentro da fenda, após cada potencial de ação isolado. Para as vesículas que armazenam o neuro transmissor acetilcolina, entre 2000 e 10000 moléculas de acetilcolina estão presentes em cada vesícula, e há vesículas suficientes, n a terminação pré-sinápticas, para transmitir desde algumas centenas até mais de 10000 potencias de ação.

RECEPTORES SENSORIAIS

Algumas terminações nervosas sensoriais na pele e nos tecidos profundos do corpo nada mais são que finas ramificações filamentosas, chamadas de terminações nervosas livres, enquanto outras são terminações sensoriais especializadas, que só respondem a tipos especiais de estímulo.

TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES

Detectam as sensações de tato grosseiro, pressão profunda, de dor, de calor, de frio. Essas sensações ocasionalmente podem ficar misturadas entre si, pelo fato de que as vias nervosas dessas terminações possuem numerosas interconexões e as próprias terminações não são inteiramente específicas para os diversos tipos de sensações. Por exemplo, o frio ou o calor intenso, podem dar origem a uma sensação de dor, como também a pressão muito acentuada.

Apesar do fato de as terminações nervosas livres só transmitirem sensações grosseiras elas são de longe o tipo mais comum de terminação nervosa. Elas realizam as funções mais gerais de sensação. As funções específicas, como a discriminação de diferenças muito discretas entre graus de tato, são deixadas para os receptores mais especializados.

RECEPTORES TÁCTEIS ESPECIALIZADOS

Alguns nervos sensoriais possuem terminações especializadas, chamadas de receptores sensoriais. Os receptores que detectam o tato, a pressão, o estiramento de outros tipos de deformação da pele ou de tecidos profundos, são chamados de receptores tácteis.

Receptor de ponta expandida, encontrado na maioria das regiões do corpo, é capaz de dar resposta prolongada ao tato, e a pressão muito discreto sobre a pele.

Receptor tátil do pêlo, formado por fibras nervosas enroladas em torno da raiz de cada pêlo do corpo, é estimulada por qualquer deformação desse pêlo.

Corpúsculo de Pacini, encontrado na profundidade dos tecidos, corresponde à compreensão e ao estiramento rápido ou a qualquer deformação rápida do tecido, entretanto o sinal que é transmitido pelo corpúsculo de Pacini dura apenas pequenas frações de segundos.

Corpúsculo de Meissner, que é um receptor especializado na ponta dos dedos e dos lábios que nos permite a discriminação da textura precisa e de outros detalhes finos do objeto que tocamos.

Corpúsculo de Krause, encontrado em número não muito grande nos órgãos sexuais e que por conseguinte, podem estar relacionados a algumas das sensações sexuais.

Órgão terminal de Ruffini que detecta o estiramento dos tecidos e da cápsula das articulações que determina o grau de angulação dessas articulações.

MECANISMO DE EXCITAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS ESPECIALIZADOS

Cada tipo de receptor sensorial, possui um tipo de estimulo que lhe é adequado. Em geral, os receptores táteis são estimulados por alguns tipos de deformação da fibra nervosa.

Quando o exterior desses receptores é comprimido, ocorre curvatura da ponta da fibra nervosa ou essa fibra nervosa é estio que momentaneamente aumenta a permeabilidade da membrana dessa fibra, permitindo o influxo de íons sódio para o seu interior. Isso por sua vez, produz fluxo de corrente entre o ponto de permeabilidade aumentada na membrana da fibra, no interior do corpúsculo, e o primeiro nodo de Ranvier, a certa distância na fibra, fora do corpúsculo. Esse fluxo de corrente gera voltagem através da membrana celular nesse nodo, o potencial gerador. Esse potencial gerador produz séries de potenciais de ação em sucessão enquanto perdurar.

A adaptação ocorre em grau muito maior para determinadas sensações do que para outras. Por exemplo a sensação de tato leve e de alguns tipos de pressão adaptam-se dentro de poucos segundos e em alguns casos. Isso permite que a pessoa sinta um objeto quando a toca inicialmente, mas deixando de senti-lo logo depois.

Se não fosse pela rápida adaptação dos receptores do tato leve, uma pessoa nunca deixaria de ter intensas sensações táteis de todas as áreas corporais em contato com os objetos tais como o assento de uma cadeira, seus sapatos e até mesmo sua roupa, essas sensações permaneceriam bombardeando o cérebro a tal ponto que a pessoa dificilmente conseguiria pensar em qualquer outra coisa. O valor da adaptação rápida da maior parte das sensações é obvia.

As sensações de dor e alguns tipos de propriocepções adaptam-se muito lentamente ou muito pouco. As sensações de dor são produzidas quando está ocorrendo lesão tecidual.

Enquanto essa lesão avisada de sua ocorrência, de modo a poder tomar as medidas cabíveis para remoção da causa da lesão.

TIPOS DE DOR

A sensação de dor merece um comentário especial por representar um papel especialmente importante na proteção de nosso corpo, dando notícias de praticamente todos os tipos de processos lesivos.

todas as enfermidades do corpo causam dor. A capacidade de diagnosticar diferentes doenças dependem em grande parte do conhecimento do médico sobre as várias formas de dor.

O PROPÓSITO DA DOR

A dor é um mecanismo de proteção do corpo, ocorre sempre que os tecidos estão sendo lesados e faz com que a pessoa aja para remover o estímulo doloroso. Mesmo uma atividade simples como sentar, pode causar destruição dos tecidos devido a falta de fluxo sanguíneo na are da pele, pode se tornar doloroso. A pessoa que perde a sensibilidade, como após lesão da medula espinhal, deixa de sentir dor e portanto, não muda de posição. Isso logo resulta em ulceração das áreas da pressão

DOR RÁPIDA E DOR LENTA

A dor é classificada em dois diferentes tipos, a dor rápida e a dor lenta. A dor rápida é sentida em 0,1 segundo ou mais e depois aumenta vagarosamente por muitos segundos, e as vezes minutos.

A dor rápida também é descrita por muitos nomes alternativos, como dor cortante, dor em pontada e dor aguda, dor elétrica e outras. Estes tipos de dor são sentidos quando uma agulha é enfiada na pele ou quando é agudamente é sentida quando a pele é submetida a um choque elétrico. A dor cortante, rápida não é sentida na maior parte dos tecidos profundos do corpo.

A dor lenta também é conhecida por muitos outros nomes como dor lenta em queimação, dor contínua, dor latejante, dor nauseante e dor crônica. Estes tipos de dor são associados a destruição dos tecidos. Pode-se levar ao sofrimento prolongado insuportável e ocorrer tanto na pele como em quase todos os tecidos ou órgãos profundos.

OS RECEPTORES DA DOR E SUA ESTIMULAÇÃO

Todos os receptores da dor são terminações nervosas livres. Os receptores da dor na pele e em outros tecidos são todos terminações nervosas livres. Estão amplamente dispersos nas camadas superficiais da pele também em certos tecidos internos, como o periósteo, as paredes arteriais, as superfícies articulares e a foice. A maior parte dos outros tecidos profundos não são extensamente supridos por terminações de dor, mas, de qualquer lesão maior ainda se pode somar para causar o tipo de lenta, crônica, contínua nessas áreas.

Três tipos diferentes de estímulos excitam os receptores da dor: mecanismos térmicos e químicos. A dor pode ser provocada por múltiplos tipos de estímulos. Estes são classificados como mecânicos, térmicos e estímulos dolorosos químicos.

Algumas substâncias químicas que excitam o tipo de dor química incluem a bradicinina, serotonina, histamina, íons, potássio, ácidos e enzimas proteolíticas. As substâncias químicas são importantes estimulando o tipo de dor intensa que ocorre após a lesão dos tecidos.

DOR REFERIDA

Com freqüência as pessoas sentem dor em uma parte do corpo consideravelmente distante dos tecidos que causam a dor. Esta dor chama-se referida, a dor é iniciada num dos órgãos viscerais e referida a uma área na superfície do corpo.

MECANISMO

DA DOR REFERIDA

Quando as fibras nervosas viscerais são estimuladas os sinais da dor a partir das vísceras são então conduzidos por alguns dos mesmos neurônios que conduzem sinais de dor da pele e a pessoa tem a impressão que as sensações realmente se originam na própria pele.

DOR VISCERAL

É a dor a partir de diferentes vísceras do abdômen e do peito, é um dos poucos critérios que podem ser usados para diagnosticar a inflamação visceral, doenças ou distúrbios. Em geral as vísceras não tem receptores sensoriais para outras modalidade de sensação além da dor. A dor visceral também difere da dor superficial em vários aspectos importantes. A diferença mais importante entre a dor superficial e a dor visceral é que tipos de lesões maiores localizadas na vísceras raramente causam dor acentuada.

CEFALÉIA

As cefaléias são na verdade dor referida, a superfície da cabeça a partir das estruturas profundas. Muitas cefaléias resultam de estímulos dolorosos que surgem dentro do crânio, mas outras resultam da dor que surge fora dele, como é o caso dos seios nasais.

ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL

As fibras nervosas sensoriais penetram na medula espinhal pelas raízes dorsais, ai chegando pelos nervos espinhais. Algumas dessas fibras terminam quase que após sua entrada na substancia cinzenta da medula, próximo ao ponto de chegada, onde iniciam atividade local nos circuitos neurais da própria medula. É essa atividade que produz as contrações musculares dos reflexos medulares.

Além das fibras nervosas que terminam na medula espinhal, outras ascendem pela medula, carregando sinais para o encéfalo

SISTEMA DORSAL

Serve para a transmissão de sinais sensoriais para o encéfalo. A maior parte dos sinais transmitidos por esse sistema tem origem nos receptores táteis especializados que excitam as fibras mielínicas mais calibrosas. Após essas fibras terem chegado á medula espinhal por meio das raízes posteriores dos nervos espinhais, cada fibra imediatamente se divide em dois ramos. Um desses ramos determina em substancias cinzentas medular loca, provocando atividades medular local e reflexos medulares. O outro ramo dirigi-se para cima passando pelas colunas brancas dorsais e ascende até os níveis mais inferiores do bulbo raquidiano, terminando nos núcleos das colunas dorsais. São nesses núcleos que ocorre a primeira sinapse dessas vias sensoriais. Os neurônios dos núcleos das colunas dorsais emitem axônios que cruzam imediatamente para o lado oposto do bulbo. Em seguida ascendem pelo tronco cerebral em uma coluna de fibral chamada de lemnisco medial, para terminar no complexo ventro basal do tálamo, uma área talâmica situada na região ventral posterior lateral. A esse nível as fibras formam sinapses com outros neurônios que enviam suas fibras pela cápsula interna para terminar no cérebro, a nível do córtex cerebral, no córtex somestésico, localizado nos dois primeiros centímetros do córtex parietal por trás do sulco central.

Dessa forma a via sensorial dorsal desde a periferia até o córtex cerebral é formada por três neurônios. Esses neurônios são chamados de neurônios de primeira ordem de segunda e terceira ordem. O neurônio de primeira ordem é a fibra nervosa periférica desde o receptor penetrando na medula e ascendendo até o núcleo da coluna dorsal no bulbo. O neurônio da segunda ordem está localizado no núcleo da raiz dorsal e envia seu axônio até o complexo ventrobasal do tálamo do lado oposto. E o neurônio de terceira ordem tem origem no tálamo e termina no córtex somestésico.

O SISTEMA ESPINOTALÂMICO

Este sistema espinotalâmico de transmissão as fibras nervosas sensoriais periféricas são muito delgados, geralmente amielínicas e a maioria de suas terminações são terminações nervosas livres ou pequenos receptores especializados. Após essas fibras terem penetrado na medula espinhal pelas raízes dorsais terminam quase que imediatamente nas pontas posteriores da substância cinzenta medular. Ai fazem sinapses com vários e sucessivos neurônios e o último da série emite seu axônio para o lado oposto da medula, por onde ascende pelo tronco cerebral até o tálamo. Algumas dessas fibras ascendem pelas colunas brancas ventrais e outras pela parte anterior das colunas brancas laterais. Pela via espinotalâmica possui dois componentes, o ventral e o lateral.

As fibras espinotalámicas ramificam_se muitas vezes quando chegam ao tronco cerebral, alguns desses ramos terminando na substância reticular de todo o tronco cerebral, enquanto outros juntam-se ao lemnisco medial para finalmente terminarem o tálamo. Algumas das fibras que chegam ao tálamo terminam no complexo ventrobasal, junto com as fibras do sistema sensorial dorso mas outras penetram mais profundamente no tálamo indo atingir os núcleos intralaminares, dispersos por todas as partes medianas do tálamo.

HIPOTALAMO

O hipotálamo é a pequena porção do diencéfalo que se localiza abaixo do tálamo e acima da hipófise, a glândula-mestre do corpo.

CONEXÕES AFERENTES E EFERENTES DO HIPOTÁLAMO

A maioria das fibras não são mielinizadas, muitas conectam o hipotálamo ao sistema límbico. Existem também conexões importantes entre o hipotálamo núcleo no tegmento do mesencéfalo ponte e cérebro posterior

Neurônios que secretam norepinefrina e tem seus corpos celulares no cérebro postertermainam em muitas partes diferentes do hipotálamo. Neurônios para ventriculares que secretam ocitocina e vasopressina projetam-se para o cérebro posterior para medula espinhal.

Os neurônios que secretam epinefrina, tem seus corpos celulares no cérebro e terminam no hipotálamo ventral. Há um sistema intra-hipotalâmico de neurônios que secretamdopamina, com os corpos celulares no núcleo arqueado e as terminações próximas ou a nível dos capilares que formam os vasos portas na eminência mediana. Os neurônios que secretam serotonina projetam-se para o hipotálamo a partir dos núcleos da rafe.

FUNÇÃO HIPOTALÂMICA

As principais funções do hipotálamo é o reflexo visceral bastante simples, outras incluem reações emocionais e comportamentais complexa, entretanto todas envolvem uma resposta especifica para um estimulo em particular.

PAPEL DO HIPOTALAMO

A regulação hipotalámica do apetite pelo alimento depende primeiramente da interaçção de duas um centro da fome no núcleo da base do feixe medial do prosencéfalo, na junção com as fibras pálido-hipotalâmicas e um centro da saciedade medial no núcleo ventromedial. Estimulação do centro da fome em animais conscientes evoca o comportamento alimentar, e sua destruição causa anorexia grave e fatal em animais sadios. Estimulação do núcleo ventromedial causa interrupção da alimentação enquanto lesões dessa região provocam hiperfagia, e se a oferta de alimento for abundante a síndrome da obesidade hipotalâmica. A destruição do centro da fome em ratos com lesão da saciedade causa anorexia, o que indica que o centro da fome está cronicamente ativo, e sua atividade é transitoriamente inibida pela atividade do centro da saciedade, após a ingestão de alimento.

SISTEMA NERVOSO SIMPATICO E PARASSIMPATICO

O sistema nervoso autônomo possui dois componentes distintos, o simpático e o parassimpático. As diferenças entre os dois componentes são as seguintes:

Primeiro as distribuições anatômicas das fibras nervosas dos dois componentes são distintas. Segundo os efeitos estimulantes desses dois componentes são muitas vezes antagônicos uns aos outros. Terceiro os principais tipos de substancias transmissoras hormonais secretadas pelas terminações neurais desses componentes são em geral diferentes nos dois sistemas.

ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

A cadeia simpática situa-se a cada lado da medula e com os órgãos. Periodicamente ao longo de cada cadeia existem pequenas dilatações bulbosas, os gânglios simpáticos, onde ficam os corpos celulares neurais. Existe um gânglio simpático para cada segmento medular torácico e lombar, mas existem apenas três gânglios simpáticos cervicais e apenas dois a três gânglios simpáticos sacrais muito pequenos as fibras simpáticas se dispersam a partir dos gânglios simpáticos para todas as vísceras do corpo.

ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO

As fibras desse sistema têm origem principalmente em algumas fibras que tem origem no terceiro, no sétimo e no nono par craniano e também em vários segmentos sacrais da medula espinhal.

Pelo nevo vago passam as fibras parassimpáticas que vão para o coração, para os pulmões e para quase todos os órgãos do abdômen. Os outros nervos cranianos carregam fibras parassimpáticas para a cabeça, enquanto as fibras sacrais inervam a bexiga urinária, a parte inferior do cólon e do reto. Entretanto como 70% de todas as fibras parassimpáticado corpo passam pelos nervos vagos, a maioria dos fisiologistas ao comentar o sistema, pensam de modo quase automático.

NEURONIOS PRÉ E PÓS GANGLIONARES

A membrana celular que cobre as terminações simpáticas e chamadas de membranas pré-sináptica, contem grande número de canais de cálcio controladas pela voltagem. Isto é bem diferente das outras áreas da fibra nervosa, que contém muito pouco desses canais.quando um potencial de ação despolariza a terminação esses canais de cálcio se abrem e permitem que grande número dos íons cálcio fluam para a germinação. A quantidade de substancias transmissoras que são liberadas para a fenda sináptica esta diretamente relacionada com o número de íons cálcio que entra na terminação. O mecanismo preciso pelo qual os íons de cálcio causam essa liberação não é conhecido, mas acredita-se que seje o seguinte:

Quando os íons cálcio entram na terminação pré-simpática acredita-se que estes se fixem a moléculas de proteínas nas superfícies internas da membrana pré-sináptica, chamadaaas de sítios de liberação. Isto faz com que vesículas de transmissor na vizinhança local se fixem a membrana, esse fundam a esta e finalmente se abram para o exterior pelo processo chamado exocitose. Usualmente algumas vesículas liberam seu transmissor dentro da fenda após cada potencial de ação isolado. Para as vesículas que armazenam o neurotransmissor acetilcolina estão presentes em cada vesícula, e há vesículas em números suficientes na terminação pré-sináptica para transmitir desde algumas centenas até mais de 10.000 potenciais de ação.

AÇÃO DA SUBSTÂNCIA TRANSMISSORA SOBRE O NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO – A FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS RECEPTORAS

Ao nível da sinapse, a membrana do neurônio pós sináptico contem grande número de proteínas receptoras. Estes receptores tem dois componentes importantes, um componente de fixação que se protrai da membrana para dentro da fenda sináptica, se fixa ao neurotransmissor da terminação pré-sináptica e um componente ionóforo que atravessa toda a membrana para o interior do neurônio pós sináptico. O ionóforo, pertence a um dentre de dois tipos, um canal iônico que permite a passagem de tipos específicos de íons através do canal ou um ativador de segundo mensageiro, que não é um canal iônico mas se protrai para o citoplasma celular e ativa uma ou mais substancia dentro do neurônio pós-sináptico. Essas substancias por sua vez servem como segundos mensageiros, para alterar funções celulares específicas.

FIBRAS NERVOSAS ADRENÉRGICAS E COLINÉRGICAS

Uma das diferenças entre os nervos simpático e parassimpático é a de que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas secretam na imensa maioria das situações, substancias transmissoras hormonais diferentes. Os neurônios pós ganglionares do sistema parassimpático secretam acetilcolina, motivo de serem chamadas colinérgicas. Os do sistema nervoso simpáticosecretam em sua maioria o norepinefrina, portanto a maior parte dos neurônios do sistema simpático pode ser adrenérgico.

EFEITOS EXCITATÓRIOS E INIBITÓRIOS DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS HORMONAIS

Tanto a acetilcolina quanto a norepinefrina possuem a capacidade de excitar alguns órgãos internos ao mesmo tempo que inibem outros. Freqüentemente se um desses hormônios excita um órgão o seu oposto inibe, mas isso não é regra absoluta.

TÔNUS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO

Os impulsos normalmente são transmitidos de uma forma contínua por fibras do sistema simpático e parassimpático. Isso porque ocorra um certo grau de estimulação continua das estruturas internas que constituem o tônus simpático ou tônus parassimpático. Esse tônus permite que a estimulação nervosa exerça controle positivo ou negativo sobre uma estrutura. Isso é, pelo aumento do número de impulsos acimado valor normal, o efeito da estimulação fica incrementado por outro lado se esse número é diminuído até do normal o efeito dessa estimulação fica reduzido. Como exemplo se as fibras simpáticas vasoconstrutoras para os vasos sanguíneos estivessem nas condições normais, inativas, seria apenas possível para a regulação simpática provocar sua contração, mas nunca sua dilatação, devido ao tônus de existência continua, os vasos sanguíneos estão parcialmente contraídos de modo que as fibras simpáticas podem contrair ainda mais ou podem fazer com que se dilatem em função do aumento e da diminuição da estimulação.

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